Carta de Marcelino – 027

Marcellin Champagnat

1833

Fournas era uma senhora solteira benfeitora da obra de caridade que Champagnat fundara em lHermitage, em favor de anciãos sem recursos. (cf. Vida de M.J.B.Ch. Edição do Bicentenário, p. 481)
O Irmão Balko, nos seus estudos sobre a vida do Fundador, não afirma como certo que o Padre Champagnat tenha construído uma pequena residência à parte, em vez de abrigar esses anciãos na própria casa dos Irmãos. Quanto a este pormenor, ficamos sem uma informação positiva. O teor da carta sugere que se trata de construção à parte.
Com a quantia de sete a oito mil francos, como diz Champagnat à benfeitora, era possível construir uma casinha modesta. Mas, como termina esperando pela resposta da senhora Fournas, resposta que não possuímos, persiste a dúvida quanto à existência da tal casa dos anciãos, alguns dentre eles atacados de doenças incuráveis.

Mademoiselle,
Estamos na estação mais bonita do ano. Já é tempo de providenciar um local para continuar a obra magnífica que começou. Estaremos de coração aberto para ajudar. Há porém um entrave à nossa boa vontade: a carência de recursos e de local apropriado. Nossa casa aumenta em pessoal, o que nos obriga a escolher, para tal obra, um lugar independente. Isso demanda uma despesa de sete ou oito mil francos, sem os quais seríamos obrigados a desistir desta boa obra, na qual vamos trabalhar, sem contudo negligenciar nosso fim principal.
Aguardo sua resposta.
Estamos contentes com o menino Lucas.

Edição: Marcelino Champagnat. Cartas - SIMAR, São Paulo, 1997

fonte: Daprès un brouillon, AFM, 132,3 bis, p. 51

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