Carta a Marcelino

Sr. Antoine Bertholey

1838-12-23

A escola de Mornant tinha sido assumida em 1826. As instalações eram exíguas e pobres, o que não impedia a boa atuação dos Irmãos. O Pe. Champagnat precisou interferir apenas quando os pagamentos começaram a faltar. Para a comunidade de três Irmãos o valor estipulado era de 1.200 francos por ano. A comunidade de Mornant entregava apenas 900 francos. O Fundador reclamou: ?Aquilo que cobramos é muito pouco, insuficiente para cobrir as despesas com alimentação e vestuário. Por isso não podemos deixar de exigir esse mínimo contratado?. Nestes termos, escreveu tanto ao pároco Pe. Joseph-Marie Venet, quanto ao prefeito Antoine Bertholey (Lettres, doc. 225 e 230). Aqui temos a resposta do prefeito. Pretende regularizar a questão financeira e diz que vai impedir a evasão escolar:não permitir que meninos se dirijam a professores clandestinos, em vez matricular-se na escola autorizada.

Mornant, 23 de dezembro de 1838.

Senhor superior:

Se não respondi antes à carta com que me honrastes, no pertinente à insuficiência do pagamento dos nossos bons Irmãos, é porque quis conhecer a causa da diminuição do valor das retribuições mensais dos alunos que freqüentam a escola. Soube que existiam na comuna escolas clandestinas, freqüentadas por mais de vinte alunos; tomei as medidas para que esse abuso cessasse.

Ocupo-me ativamente em conseguir do governo a autorização de aceitar uma pequena renda anual e perpétua, feita em favor da escola dos Irmãos; espera-se, ademais, todos os dias, uma subvenção que pedi ao sr. chefe departamental para a nossa escola de meninos.

Podeis, sr. superior, contar com o meu zelo em assegurar aos nossos Irmãos os meios condignos de existência.

Tenho a honra de ser, sr. superior, o vosso muito humilde e muito obediente servidor, BERTHOLEY, prefeito.

Edição: S. Marcelino Champagnat: Cartas recebidas. Ivo Strobino e Virgílio Balestro (org.) Ed. Champagnat, 2002

fonte: AFM 129.60

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