Carta a Marcelino

Sr. Doos

1839-01-15

Em cartas anteriores já vimos como o Pe. Dorzat, pároco em Roches de Condrieu, pelo fato de manter bom relacionamento com as autoridades civis de Vienne e de Grenoble, oferecia os seus préstimos ao Pe. Champagnat na questão dos diplomas dos Irmãos (Cartas nº 169, 171 e 174). Em duas delas há referências ao sr. Dooz, subprefeito departamental de Vienne, com autoridade para nomear o mestre-escola comunal e para autorizar o funcionamento do pensionato previsto para a escola de Roches de Condrieu. Nesta carta o sr. Dooz lamenta não ter estado em casa, quando um Irmão aí se apresentou. Relembra que será preciso aguardar o momento favorável para nomear um dos Irmãos como mestre-escola, pois o professor comunal anterior, leigo, ainda não havia dado a sua demissão. O Irmão que recorreu ao sr. Dooz, presume-se, foi o Ir. Victor, primeiro diretor da escola.

Vienne, 15 de janeiro de 1839.

Senhor:

Estava ausente, quando o Irmão portador da vossa carta se apresentou na minha casa. Lamentei não tê-lo visto; teria tido muita satisfação em conhecê-lo.

Enquanto o professor comunal de Roches não tiver dado a sua demissão, não podemos expor-nos a uma destituição. O Irmão não poderá ter nem o título de professor comunal nem os benefícios a ele ligados. Acho, porém, que o vosso estabelecimento prosperará, apesar da concorrência que poderá encontrar, porquanto está formado sob os auspícios da junta paroquial e tem o assentimento das autoridades administrativas. Vê-lo-ei com prazer expandir a instrução e propagar os princípios da sã moral no meio das nossas populações.

Aceitai, senhor, a expressão da minha especial consideração, DOOZ
Auditor do Conselho de Estado, subprefeito departamental, em Vienne.

Edição: S. Marcelino Champagnat: Cartas recebidas. Ivo Strobino e Virgílio Balestro (org.) Ed. Champagnat, 2002

fonte: AFM 129.63

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