10 de junho de 2014 ESPANHA

Irmãos Formadores para um Mundo Novo

Dizíamos em nossa crônica de março que nossa formação é a chuva suave e permanente que impregna nossas vidas e as converte pouco a pouco em “húmus” fértil que gera vida. Queremos partilhar com nossos irmãos e amigos os meses de continuidade de abril e maio.

Começamos o mês com Carmen Barba, leiga, com a oficina “Os novos paradigmas”. Refletimos então sobre as grandes transformações experimentadas pela humanidade. E tomamos consciência dos novos paradigmas que deveremos viver. São eles: a consciência maravilhada do assombro, a memória agradecida de nossa própria história, a experiência de Deus cultivada cotidianamente, as relações de amizade e confiança, ser pessoas profundamente alegres e com senso de humor, capazes de nos colocar no lugar dos mais negligenciados e nos deixar acompanhar. 

Contamos também com a presença do Pe. Bonifácio, Claretiano, biblista e teólogo, que conduziu nossos pensamentos na reflexão sobre “Jesus em nossas vidas”. Sua elevada teologia e criatividade de pensamento nos levaram a dialogar sobre o lugar que ocupa a pessoa de Jesus em nossas vidas. Aprendemos o valor da identidade cristã e o seguimento de Jesus, como tarefa permanente, como é o Deus de Jesus e em que consiste o seguimento do Jesus da fé, do Jesus da esperança, do Jesus do amor.

A presença do Ir. Fernando Arriero, Marista, nos impregnou de “espiritualidade bíblica”. De modo familiar, acolhedor e profundo, aprendemos sobre as Escrituras, como precioso canal da Palavra de Deus, a história da humanidade e das Sagradas Escrituras, a inspiração, o Pentateuco, a linha da história bíblica, a necessária interioridade na meditação das Escrituras, os salmos, a geografia da Palestina, a sabedoria, os profetas, o Novo Testamento, São Paulo, os Evangelhos Sinóticos. 

O Pe. Vitório, Jesuíta brasileiro, continuou nossa formação com a “pedagogia da Vocação”, refletindo conosco sobre os ‘nós’ da relação formador-formando, a ação formativa e seus agentes, a formação como processo de humanização, a transparência no processo formativo, o formador no trato com os formandos e as relações construtivas e, finalmente, o modo de tratar casos difíceis e de conflitos. Demo-nos conta então que a formação merece muita humanidade e muita sabedoria.

Estivemos duas semanas com nossos queridos Irmãos Emili e Joe (Superior e Vigário geral). A melhor lição que eles nos deram foi a partilha, a acolhida, a fraternidade e a visão global da Congregação. Com eles nos sentimos felizes, sabendo que Champagnat está conosco. Acertaram a programação de suas apresentações em semanas distintas partilharam conosco diversos temas: a pessoa do Fundador, o formador como líder, o formador como mestre espiritual, a imagem pessoal de Deus, o formador para o mundo de hoje, os processos de formação, nossas percepções, conhecimento pessoal e notícias e informações sobre a Congregação. 

Nossos queridos Irmãos insistiram conosco sobre a importância da espiritualidade em nossa vida marista. Meditamos e tivemos tempos pessoais de interiorização e de diálogo com os Irmãos Emili e Joe.

Finalmente, partilhamos duas semanas com o Ir. Patrício Pino, Marista. Foi nosso facilitador no estudo sobre o Patrimônio Marista, especialmente as Cartas de Champagnat e outros arquivos históricos. Trabalhamos intensamente na reflexão sobre as cartas, os documentos do CEPAM e elaboramos algumas dimensões formativas que desenvolvemos estudando esses documentos, dando-nos conta de como os escritos de Champagnat apresentam características formativas muito válidas para nossa missão.

Agradecemos imensamente essas pessoas que nos ajudam em nossa formação. Fazem com que cada dia essas águas vivas estejam mais próximas de nós. Como a corça em busca das águas vivas, assim também nossos passos se dirigem agora a L’Hermitage. Lá nos encontraremos com nossos Irmãos de língua inglesa que fazem o mesmo curso em Manziana. Ficaremos ali três semanas, vivendo a presença do nosso Fundador. Nesses dias, ele será nosso Fundador. E nós, seus Irmãos.

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