Centenário do Bulletin de l?Institut
A saída de nossos Irmãos da França, no fim do século XIX e começo do século XX – dispersados pelas mais diversas regiões do mundo – aumentou a distância geográfica de muitos deles em relação à Casa geral. Por isso, em vários Capítulos gerais, sentiu-se a necessidade e manifestou-se o desejo de criar um instrumento de comunicação periódica que servisse de vínculo comum, entre todos os membros do Instituto.
A Circular do Irmão Estratônico, em 11 de novembro de 1908, anuncia sua criação: ?No dia 1° de janeiro, começará a publicação de nossa revista de família, com o nome de ?Bulletin de l?Institut des Petits Frères de Marie??. E, pouco depois, considerava ser este um objetivo ambicioso: ?Será a crônica oficial do Instituto, o fiel guardião de nossas tradições, de nosso espírito, de nossos trabalhos e de tudo o que de interessante acontece entre nós, de modo que, se mais tarde, assim o espero, for empreendido o trabalho de escrever a história da Congregação, os encarregados de escrevê-la possam encontrar em suas páginas todo o necessário para torná-la completa e instrutiva?.
Hoje, ao abrirmos suas ricas páginas, observamos a variedade e a riqueza dos conteúdos, a adaptação que os irmãos encarregados de imprimi-las fizeram para lançar mão das melhores técnicas gráficas. É interessante observar o cuidado com que apresentam a primeira página, impressa em cor alternativa ao preto, a combinação das primeiras fotos, ou mesmo, a primeira página em quatro cores. Perlustrando os conteúdos que oferece a edição digital do índice dos 31 volumes, é observável a variedade dos temas, os conteúdos de vida espiritual, de pedagogia ou de história das casas, obras e Províncias, de estatísticas e mapas. A informação através de fotografias permitiu que, nos arquivos gerais de Roma, se conserve importante material gráfico utilizado para confeccionar as páginas do Boletim.
Em sua história centenária, foram editados 222 números que ocupam as prateleiras de nossas bibliotecas, encadernados em 31 volumes. O volume 31 encerra os números publicados de 1978 a 1984. Em 1962, alterou-se o formato para uma apresentação maior do que aquela proposta, desde o primeiro número. Iniciou-se a publicação nas quatro línguas oficiais do Instituto, embora paulatinamente. Desde novembro-dezembro de 1972 até junho de 1985, editou-se um noticiário marista mimiografado, com o nome de FMS. Nesses 13 anos, foram publicados 60 números. Em nome da Comissão do Patrimônio, o Irmão Louis Richard foi encarregado de informatizar a coleção dos Boletins (Bulletin de l?Institut) para disponibilizá-los na página web. Está atualmente no nº35, Tomo IV.
Em l986, o Conselho geral nomeou uma ?Comissão de Publicações e comunicação?, integrada pelos Irmãos Yves Thénoz, Secretário geral; Richard Dunleavy, Conselheiro geral; Jean Dumortier, editor de ?Presence mariste?; Ignácio Pérez, Diretor da ?Editora Luis Vives? e Antonio Sancamillo, da Itália, para definir as características da informação que o Conselho geral deveria enviar ao Instituto. Concluídos os trabalhos, decidiu-se publicar um nova revista periódica que fosse uma síntese e meio-termo entre as considerações ou trabalhos amplos e profundos do Boletim e um noticiário marista. Surgiu assim ?F.M.S. Mensagem? que, atualmente, dá continuidade ao ?Bulletin de l?Institut?.
Após três anos de pouca informação, em janeiro de 1988, apareceu o primeiro número de ?FMS Ecos? que circulou até 1999. A partir desse ano, apareceu outra publicação, orientada prioritariamente aos leigos, com o nome de ?ECOS Maristas?; conheceu 49 números, sendo suspensa sua publicação em 2005. A difusão de notícias mediante a página web, exigiu outras políticas de comunicação no Instituto. Hoje, ?Notícias Maristas?, semanalmente oferece os destaques do mundo marista.
Este aniversário traz satisfação porque a iniciativa, tomada um dia pelo Conselho geral, para responder a necessidades concretas do Instituto, evoluiu, lançando mão das novas tecnologias de comunicação, surgidas no correr dos anos.
As palavras que o Papa dirigiu aos dirigentes e técnicos da Rádio Vaticano e do Centro Televisivo Vaticano, antes do Natal de 2008, podem ser aplicadas à realidade de nosso Instituto: ?A internet convoca hoje para uma integração sempre crescente da comunicação escrita, sonora e visual, e desafia, portanto, a ampliar e intensificar as formas de colaboração, entre os meios de comunicação que estão ao serviço da Santa Sé?. E, em nosso Instituto, ao serviço do Instituto. Os que prestam o serviço de informação ao Instituto sentem-se confortados com as palavras de encorajamento que o pontífice dirigia a seus colaboradores, no Vaticano. ?Não os assuste a modesta realidade de vossa estrutura frente ao tamanho das tarefas. Muitas pessoas, graças a vosso trabalho, sentem-se mais próximas ao coração da Igreja?. E do Instituto, acrescentamos nós.