2020-06-04 BRAZIL

O que podemos aprender com Marcelino Champagnat e a crise de 1826?

A crise é uma espécie de marca humana. Um momento que pode ser encarado como essencial na dinâmica do crescimento pessoal e espiritual. Nos mais variados contextos, todas as pessoas passam por crises ao longo de suas trajetórias. E o que realmente importa não é uma vida livre de desafios ou de dúvidas, mas sim a maneira como essas fases são enfrentadas.

Esse é um dos ensinamentos compartilhados pelo e-book Marcelino Champagnat e a crise de 1826, elaborado por Angelo Ricordi, especialista do Memorial Marista. Embora considere a pluralidade de sentidos que envolve o conceito de crise, nesse material ela é apresentada como oportunidade de purificação.

Uma crise em diversas frentes

O arquivo faz um resgate histórico de um período inegavelmente desafiador para a vida e a obra de Marcelino Champagnat. O apresenta a partir de diferentes aspectos: saúde, finanças, liderança, solidão, perda de prestígio e, por fim, deserção de alguns dos seus primeiros discípulos.

“O empenho rigoroso assumido na construção de l’Hermitage, somado às viagens cansativas que realizou, por volta da festa de Todos os Santos, às escolas dos Irmãos, levou o fundador a um verdadeiro colapso físico e mental”, escreve Ricordi, sobre a época que antecedeu um dos anos mais difíceis para o fundador do Instituto Marista.

Certamente, outra questão que precisou ser trabalhada por Champagnat foi a sociabilidade. “Tinha necessidade de estar com os Irmãos, sobretudo nos recreios e momentos comunitários. Contudo, no auge da crise de 1826 sentiu a solidão do abandono dos seus confrades sacerdotes. Diante de uma comunidade que crescia de forma consistente, encontrava-se sozinho para a administração e acompanhamento espiritual de todos”, destaca a publicação.

Verdadeira purificação

Além dos efeitos individuais da crise, Marcelino precisou lidar com a desconfiança e a desesperança de outras pessoas que tomaram conhecimento da situação. Mas apesar dos dias difíceis, os momentos de silêncio o ajudaram a se reconectar com sua fé inabalável no amor de Deus e na intercessão de Maria. O motivaram a continuar agindo e dando suporte aos outros Irmãos, contando também com a solidariedade de apoiadores da missão.

De acordo com Angelo Ricordi, essa foi uma fase de verdadeira purificação. “Podemos deduzir que, apesar dos seus efeitos duradouros, a crise de 1826 não paralisou a ação e o desenvolvimento do Instituto Marista”, analisa.

Quer saber como São Marcelino vislumbrou o futuro a partir desta grande crise? Acesse esta página e baixe o e-book, uma produção da Província Marista Brasil Centro-Sul, do Grupo Marista e da Casa L’Hermitage

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