19 de julho de 2010 AUSTRáLIA

Com os olhos já em 2020

De 4 a 7 de julho, cerca de 35 leigos maristas, representando um esforço conjunto das atividades maristas e das empresas da região, estiveram reunidos em Brisbane para a Conferência dos parceiros leigos maristas da Oceania. Os participantes eram provenientes das províncias de Melbourne, da Nova Zelândia e de Sydney, além do distrito da Melanésia, com os trabalhos sendo dirigidos pelo presidente da comissão de parceria da Oceania, Alan Parker, diretor da iniciativa de parceria Champagnat na Nova Zelândia.

Estiveram também participando dos trabalhos dois representantes do órgão do laicato junto à administração geral, Tony Clarke, da coordenação da pastoral marista de Sydney, e Anna Sarrate, professora primária na escola dos Irmãos Maristas em Pamplona, na Espanha, que expuseram sobre suas atividades. A partir de setembro, Tony e Anna, juntamente com o Ir. Javier Espinosa, assumirão como codiretores do órgão do laicato.

A conferência, originalmente planejada para se realizar em 2009, mas adiada em conseqüência da gripe H1N1 que ameaçou a região naquele momento, faz parte de um conjunto de atividades regionais reunindo representantes das quatro unidades administrativas. Seus participantes se reunirão ao longo dos próximos meses para discutirem sobre os caminhos a serem seguidos pelos irmãos e leigos maristas no período que antecede aos Capítulos provinciais, que se realizarão em Sydney no próximo mês de dezembro. A assembléia regional já se realizou em maio e outras assembléias provinciais ou de distrito estão programadas.

A região marista da Oceania é única sob vários aspectos, especialmente no que se refere à geografia e pelo número de países representados. Geograficamente é uma das maiores, com mais de três mil quilômetros de distância entre as comunidades maristas de Perth e Kiribati, por exemplo, localizadas em dois pontos extremos da região. São necessárias oito horas de avião para ir de uma à outra. Quando os membros da cada unidade administrativa se reúnem sob suas bandeiras nacionais, ficam demonstradas a riqueza cultural e a diversidade existentes no grupo, e a necessidade de serem respeitadas as histórias e as tradições próprias a cada um. Na sala de conferências ficam expostas as 15 bandeiras representando os países e as tradições culturais das unidades administrativas da Oceania, onde os maristas têm suas escolas ou missões.

A conferência foi aberta pelo Ir. Julian Casey, provincial de Melbourne, representando o Colégio dos superiores (três provinciais e o dirigente do distrito), que atuou como um observador. Ele focalizou quatro questões principais:

 Como os leigos maristas veem a sua missão?
 Como os leigos maristas veem seu compromisso com a vida e a missão maristas?
 Como podemos descrever a espiritualidade do leigo marista?
 O que os leigos maristas buscam atualmente?

Para dar uma resposta a essas questões, os participantes partilharam suas histórias e apostolados representando todos os aspectos da vida e da missão maristas, além de suas visões pessoais sobre o carisma de Champagnat. Através desse processo, assimilaram o significado da importância de serem maristas, de como se comprometerem com a espiritualidade marista na atualidade e como vêem sua atuação no futuro.

O documento intitulado Em torno da mesma mesa: a vocação dos leigos maristas de Champagnat foi a fonte de inspiração dos trabalhos desenvolvidos na conferência.

Vários participantes já tinham estado presentes em outras experiências de formação marista, como a Assembléia internacional sobre a missão, de Mendes, no Brasil, a experiência de formação conjunta em St-Paul-Trois-Châteaux, na França, e o Capítulo geral realizado na Casa geral em Roma, além da experiência de formação conjunta da província de Sydney, em Mittagong, na Austrália. Eles expuseram que se tratava de uma profunda experiência de formação e suas histórias enriqueceram as discussões durante a conferência.

A maior contribuição da conferência foi conseguir reunir seus participantes para meditarem sobre o tema Sonhando o futuro. Os participantes apresentaram suas respostas a partir de sete argumentos: vocação, missão, vivência do carisma, formação, partilhando a vida (comunidade), corresponsabilidade e diversidade. Uma das maiores tarefas da conferência foi o de desenvolver as definições e princípios sobre esses assuntos, estabelecendo um programa das ações adequadas e desejadas para cada um deles. Detalhes e comentários sobre todas essas propostas serão apresentados em outras publicações.

Marie Dorrington, educadora proveniente de Adelaide e com experiência do ideal marista, auxiliou na organização do encontro e habilmente guiou os participantes na obtenção de um consenso através das inúmeras contribuições.

Resumindo e concluindo a conferência, o Ir. Julian observou que o encontro será uma significante contribuição para a vida marista na Oceania e um encorajamento para que os seus participantes continuem o discernimento e o diálogo quando retornarem para suas casas e através de toda a região. Segundo ele ainda, os participantes e as pessoas que partilharam essas jornadas de reflexão sobre como levar adiante o carisma receberam entusiasmo e confirmação para seus trabalhos através da conferência.

Foi uma feliz coincidência que o encerramento do encontro tenha ocorrido no dia da celebração da independência das Ilhas Salomão e também da festa litúrgica do beato To Rot, mártir, que são referências importantes na Oceania.
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7 de julho de 2010

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