28 de fevereiro de 2019 CASA GERAL

Impedir que as crianças se tornem vítimas de qualquer abuso psicológico e físico

“Faço um sentido apelo à luta total contra os abusos de menores, tanto no campo sexual como noutros campos, por parte de todas as autoridades e dos indivíduos, porque se trata de crimes abomináveis que devem ser cancelados da face da terra: pedem isto mesmo as muitas vítimas escondidas nas famílias e em vários setores das nossas sociedades.” Esse foi o apelo do Papa Francisco, durante o discurso na celebração eucarística, no dia 25 de fevereiro, durante o encontro sobre a proteção das crianças na Igreja, no Vaticano.

“Irmãos e irmãs: na ira justificada das pessoas, a Igreja vê o reflexo da ira de Deus, traído e esbofeteado por estes consagrados desonestos.”, exclamou o Papa, diante de 190 participantes, entre os quais estavam o Superior Geral, Ir. Ernesto Sánchez, membro do conselho executivo da União dos Superiores Gerais (USG), e Ir. Emili Turú, atual secretário geral da mesma entidade.

O Papa Francisco afirmou que “chegou a hora de colaborarmos, juntos, para erradicar tal brutalidade do corpo da nossa humanidade, adotando todas as medidas necessárias já em vigor a nível internacional e a nível eclesial”, e, nesse sentido, disse que “a Igreja não poupará esforços fazendo tudo o que for necessário para entregar à justiça toda a pessoa que tenha cometido tais delitos”.

O Papa destacou ainda a necessidade de “proteger os pequeninos e impedir que caiam vítimas de qualquer abuso psicológico e físico”. Além disso, reiterou “a firme vontade de prosseguir, com toda a força, pelo caminho da purificação. A Igreja (…) questionar-se-á como proteger as crianças; como evitar tais calamidades, como tratar e reintegrar as vítimas; como reforçar a formação nos seminários”. Também sublinhou “as exigências da seleção e formação dos candidatos ao sacerdócio, de acompanhar as pessoas abusadas de eforçar e verificar as diretrizes das Conferências Episcopais: ou seja, reafirmar a necessidade da unidade dos Bispos na aplicação de parâmetros que tenham valor de normas e não apenas de diretrizes. Normas, não somente diretrizes”.

Durante sua intervenção, o Vigário de Cristo disse que “o objetivo da Igreja será ouvir, tutelar, proteger e tratar os menores abusados, explorados e esquecidos, onde quer que estejam. Para alcançar este objetivo, a Igreja deve elevar-se acima de todas as polémicas ideológicas e as políticas jornalísticas que frequentemente instrumentalizam, por vários interesses, os próprios dramas vividos pelos pequeninos.”

Consluindo seu discurso, o Pontífice agradeceu “a todos os sacerdotes e aos consagrados que servem o Senhor com total fidelidade e se sentem desonrados e desacreditados pelos vergonhosos comportamentos dalguns dos seus confrades”. E, finalmente, destacou “a importância de dever transformar este mal em oportunidade de purificação”.

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