Os Irmãos atuavam na escola de S. Symphorien desde 1827. Naquela ocasião tinham sido acolhidos pelo Pe. Romain Dorzat, pároco local até 1831. Autor desta carta é o Pe. François Bois, que substituiu o Pe. Dorzat na direção da paróquia. A carta faz algumas referências ao Ir. Barthélemy, diretor da escola. Trata-se de Barthélemy Badart, que foi o quinto Irmão do Instituto, recebido em La Valla em 1819. Era Irmão simples e piedoso, mas de pouca instrução; o seu diploma de professor tinha sido ?retocado?, passando do terceiro grau (nível inferior), para o segundo grau (nível médio), o que lhe permitia ser considerado diretor em alguns estabelecimentos, com direito ao pagamento que os municípios davam aos mestres-escolas oficiais. O Ir. Barthélemy foi o fundador da escola de S. Symphorien, em 1827, e nela retornou, como diretor, pelo menos outras duas vezes.

St. Symphorien-dOzon,
12 de outubro de 1837.

Senhor:

O nosso bom Irmão curou-se enfim do seu mal-estar. Partem um e outro, amanhã, para lHermitage. Ficamos satisfeitos, a mais não poder, acerca do exame literário com o qual terminou o ano escolar. Primeiramente, o Irmão Barthélemy teve o pensamento de nada fazer e confesso que fui da sua opinião; mas, em verdade, ambos nos enganaríamos em persistir nessa idéia; os nossos alunos menores deram-nos muito prazer pela sua postura e segurança; é justiça que lhes prestaram mesmo aqueles dos assistentes que são os menos favoráveis à obra.

O Irmão Barthélemy falar-vos-á de um legado de mil francos feito à escola pela senhorita Lombard, falecida há algumas semanas; dir-vos-á também que estamos decididos e prontos para construí-la em outro local, no curso do ano que vem. O sr. Lombard, há pouco nomeado par de França, prometeu-nos obter algum recurso dos ministros, para esse assunto. Rogamo-vos, sr. superior, que conteis com o nosso zelo.

Sou, senhor, com o mais profundo respeito, o vosso muito humilde e obediente servidor, F. BOIS, pároco-arcipreste.

Edição: S. Marcelino Champagnat: Cartas recebidas. Ivo Strobino e Virgílio Balestro (org.) Ed. Champagnat, 2002

fonte: AFM 129.38