25 de março de 2015 ZIMBáBUE

Milhares celebram aniversário de Maristas e Jesuítas, incluindo Mugabe

Mais de 5.000 pessoas se reuniram no prestigioso Colégio St. Francis Xavier de Kutama, em Zimbábue, para celebrar a chegada dos jesuítas há um século e dos maristas há 75 anos.

O presidente do país, Robert Mugabe, que frequentou o colégio quando tinha 14 anos, também participou, falando aos participantes, no dia 22 de março.

Ele elogiou aos jesuítas e maristas dizendo que os estudantes são “modelados em dignidade, bons princípios e se tornam bons trabalhadores de Zimbábue”, conforme noticiou a agência de notícias NewsdzeZimbabwe.

O colégio se encontra em zona rural, no distrito de Zvimba. A cidade mais próxima é Chegutu, que se encontra a 120 quilômetros a sudeste da capital, Harare.

A escola – só para meninos – faz parte do Kutama Mission, originalmente uma missão católica dirigida por jesuítas mas agora dirigida pelos Irmãos Maristas. 

O Ir. James Langlois, do Colégio St. Francis Xavier, disse que “os resustados são os melhores do país e ao mesmo tempo temos fama de boa disciplina.”

“Tenho confiança para o futuro”, acrescentou em uma entrevista com o escritório de comunicações da Casa Geral. “Vejo o nosso setor como um pequeno remanescente, mas existe unidade, empenho sincero e entusiamo no trabalho com a juventude”.

A Sociedade de Jesus celebrou 100 anos de presença, enquanto que os maristas ali estão há 75 anos.

Os Jesuítas chegaram em Zimbábue em 1914. Por causa da dificuldade em encontrar pessoal leigo para a equipe escolar, o Bispo de Harare arrumou de maneira tal que os Irmãos Maristas viessem para ajudá-los, 15 anos depois.

“A celebração do centenário e dos 75 aos estavam previstas para o ano passado, mas por diferentes razões as festas foram remarcadas ao menos três vezes”, disse o Ir. Mario Colussi, secretário da Província da África Austral.

O dia da celebração, 22 de março, começou às 10 da manhã com a missa, no cancha esportiva do Colégio, onde foram armadas tendas.

A eucaristia foi celebrada pelo Bispo de Chinhoyi, Dom Dieter B. Scholz. O bispo, jesuíta, abençoou, na ocasião, novas salas de aula e também uma nova imagem de Marcelino Champagnat, no pátio da escola.

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O precedente e atual diretores, Irmãos Bernard Chirombe e Jacob Mutingwende, assim como o provincial, Ir. Joe Walton, dirigiram suas palavras aos participantes. E, depois do almoço, os estudantes animaram a festa.

Atualmente, em Zimbábue, estão 11 Irmãos Maristas, que vivem em 4 comunidades. Eles trabalham em 3 escolas em regiões rurais de Dete, Kutama e Nyanga, com cerca de 2.000 estudantes, no total.

Os Jesuítas, em 1914, foram os primeiros missionários católicos a chegar no país, antes conhecido como Colônia Britânica da Rodésia Austral. Abriram várias instituições, inclusive uma escola de treinamento para professores.

“Visto que não estava funcionando bem, no final da década de 30, os Irmãos Maristas do Canadá foram convidados a fazer parte da equipe da escola, com acordos muito convenientes”, disse o Ir. Mario Colussi, numa entrevista no último dia 20.

“Um grupo de Irmãos Maristas, que estudavam em Londres e eram destinados a trabalhar em Lesotho, foram ao invés enviados para Kutama”, ele acrescentou.

Começaram a ensinar em Zimbábue em 1939, na escola jesuíta para professores St. Francis Xavier, tornando-se assim os primeiros maristas a chegar no país.

“Por isso, 2014 significou também 75 anos da presença marista na nação e a celebração desse mês é, na verdade, uma dupla celebração”, disse o Ir. Colussi.

Os irmãos começaram então a construção do Colégio St. Francis Xavier de Kutama, inclusive fazendo eles mesmos os tijolos que seriam usados na construção.

O Ir. Mario Colussi afirmou que, mesmo se a “colaboração foi frutífera em diversas modos”, existem outros desafios como a saída dos jovens irmãos, antes de fazer a profissão perpétua.

“Outra dificuldade é a falta de recursos financeiros”, disse ele. “É uma batalha contínua para conseguir sobreviver economicamente nas comunidades, nas escolas e também na Província como um todo”.

Clique aqui para saber mais sobre a história dos maristas no Zimbábue.

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