10 de setembro de 2005 SRI LANKA

O aniversário de Maria

<272>A Conferência celebra a festa do nascimento de Maria

Hoje, a liturgia celebra a natividade de Maria, nossa Boa Mãe. O folheto editado para a oração traz o título: ?O aniversário de Maria?. Desde as belas praias do Índico soou nesta manhã um hino de saudação e gratidão àquela que ?tudo fez entre nós?. Um gesto de agradecimento proveniente de raças, línguas e rostos de variadas cores, porém unânimes em seu sentir. Cumpre-se uma vez mais, e agora no espírito marista, aquela profecia que ela mesma anunciara: ?Todas as raças me chamarão bem-aventurada?.

Os irmãos aqui reunidos cantaram com alegria ?Feliz aniversário, querida Maria, feliz aniversário!?. Para muitos deles, hoje também é aniversário da sua ?tomada de hábito religioso?, ou da sua ?primeira profissão religiosa?. Nossos parabéns também a esses Irmãos. O irmão Real Fournier celebrou mais um ano de vida. Seu aniversário nos enche de alegria porque vemo-lo crescer em idade e em graça diante de Deus e da comunidade. Nestes dias, ele está colaborando com a Conferência como tradutor. Na saudação escrita pelos irmãos encontramos frases cheias de afeto fraterno, como estas: ?Que o Senhor continue lhe abençoando com muitos anos de vida?. Ou ainda: ?Que dia após dia continue sendo presença viva de Jesus entre nós?.

Mensagens enviadas

Antes de iniciar os trabalhos do dia, o irmão Luís Sobrado leu as mensagens enviadas à Conferência por pessoas ligadas aos irmãos. Destacamos aquelas enviadas pela Irmã Judth Moore, Superiora Geral das Irmãs Missionárias da Sociedade de Maria ? SMSM – , e pelo irmão Álvaro Rodriguez, Superior Geral dos Irmãos das Escolas Cristãs e atual Presidente da União dos Superiores gerais ? FSC –

Estudo dos apelos três e quatro

Os irmãos continuam a reflexão sobre a vitalidade do Instituto a partir dos cinco apelos, iniciada no dia de ontem. Hoje, a ênfase foi colocada sobre os apelos 3 e 4, que fazem referência aos leigos maristas, à missão e à solidariedade.

As respostas ao questionário enviado aos Provinciais pela Comissão preparatória da Conferência dizem que, no Instituto, com relação ao terceiro apelo, existe um acordo total de todas as Províncias e regiões quanto à importância dos leigos para a nossa vitalidade.
De maneira geral, há também um consenso de todas as Províncias e de todas as regiões no que se refere à presença dos leigos em nossas obras no mundo marista. Há, com certeza, certas nuanças quando lemos as respostas das regiões maristas, não diretamente relacionadas ao princípio da colaboração e da partilha do carisma e da missão (aceito por todos), mas em relação ao número real de leigos participantes em nossas estruturas, tanto no aspecto individual como no dos grupos.

Essa apreciação global do que acontece no Instituto tem matizes próprios em cada continente. Na América Latina é mais patente a presença dos leigos maristas em nossas obras e na sociedade do que na África, considerando que a África não tem condições econômicas que facilitem esse trabalho.

O desenvolvimento das Fraternidades Maristas é mais limitado na Ásia do que na Europa. Entretanto, na Europa, assistimos a um certo envelhecimento dos membros de nossas Fraternidades.

O quarto apelo se relaciona com a missão e a solidariedade. Sobre esse ponto, tampouco há dúvidas: nossa missão deve estar intimamente ligada à solidariedade. A solidariedade deve estar no coração de nossa missão. Esse princípio está explícito nas 31 respostas dadas, mesmo que haja algumas nuanças. A insistência mais forte sobre o tema da Missão e Solidariedade vem da América Latina.

Uma das realizações mais valorizadas pelos Provinciais e Superiores de Distrito são os programas de formação para irmãos e leigos, mesmo considerando os gastos que representam. Também é significativo o interesse que alguns leigos têm manifestado pelos escritos do irmão Superior Geral. Alguns sinais mostram que no Instituto os irmãos estão buscando viver uma dinâmica de crescimento humano e de conversão, estão abertos às propostas de novos modelos de comunidade, tendo havido, pois, um crescimento no âmbito da solidariedade.

Gerar vida entre irmãos e leigos

Os trabalhos da tarde começaram com as seguintes perguntas:

1. O que é que dá vitalidade e é importante para irmãos e leigos?
2. O que existe em sua Unidade Administrativa que considera como gerador de vida e é importante para irmãos e leigos?

O irmão Superior Geral pediu a todos os participantes que esse dia fosse vivido em clima de silêncio e interiorização. O primeiro gesto comunitário vivido pela comunidade nesse sentido foi tomar o café da manhã em silêncio. Em seguida, a oração , durante a qual foi celebrada a festa da Virgem Maria.

Esse mesmo critério de reflexão contemplativa foi seguido pelos irmãos nos trabalhos da tarde. O seu resultado foi partilhado em grupos por região.

A segunda parte dos trabalhos da tarde foi animada pelo irmão Superior Geral a partir de uma reflexão sobre ?O Provincial como pastor?. Iniciou, como faz habitualmente, com uma pequena história: Um homem que queria ser ferreiro. Possuía todos os instrumentos, mas faltava-lhe o fogo que faz os metais serem maleáveis. O fogo da paixão na liderança vem de Deus, disse ele aos Provinciais. Em seguida, ele animou seus irmãos Provinciais e Superiores de Distritos para se abrirem ao Espírito Santo, porque está vivo em nossas vidas e tem a ver com o que somos agora.

Em sua intervenção, o irmão Seán destacou três funções do Superior: Manter viva a esperança, dizer sempre a verdade, mesmo que não possa dizê-la toda ou toda de uma vez e, brindar continuamente ânimo e esperança.

Sua proposta tocou a sensibilidade dos participantes, que reagiram com comentários e contribuições pessoais enriquecedoras. A reflexão sobre a responsabilidade pastoral dos Irmãos Provinciais e Superiores de Distrito ocupou um longo espaço de tempo, indo até à celebração da missa. As palavras mais ouvidas foram: diálogo, acompanhamento, misericórdia, perdão e presença.

Maria no centro da jornada e da vida

<272a>Iniciamos o dia cantando à Boa Mãe e o concluímos com a celebração eucarística em sua honra. Todos os irmãos renovaram sua consagração a Maria com as mesmas palavras com que a fez tantas vezes Marcelino Champagnat. O irmão Superior Geral repetiu o mesmo gesto que fazia Marcelino com seus irmãos em l?Hermitage. Confiava-os a Maria escrevendo seus nomes em um papel. Esse papel, ele o introduzia em uma caixa de metal em forma de coração e a colocava sobre o pescoço da estátua de Maria. Esse mesmo gesto, o repetiu o irmão durante a missa dessa tarde: colocou dentro de um envelope os nomes de todos os irmãos presentes à Conferência. E assim eles puderam ir descansar, pois estavam entregues em boas mãos.

Durante a noite, depois de concluída a pequena e fraternal homenagem preparada para o irmão Real, houve um tempo de adoração ao Santíssimo para quem o desejasse.

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