12 de setembro de 2005 SRI LANKA

Plano estratégico para um projeto de missão ad gentes

<274.jpg alt=VII Conferência Geral - 09 de setembro >A missão ?ad gentes?
Toda a atenção dos trabalhos deste dia foi centrada no tema da missão. Já pela manhã, o livreto preparado para as orações do dia, o qual trouxe como título ?Evangelização missionária?, nos indicava já em que direção deveria dirigir nossa reflexão.
A reflexão foi direcionada no sentido de aprofundar a visão dos líderes maristas sobre a natureza da missão ?ad gentes?, cuja importância é decisiva para o Reino de Deus, para a Igreja, para o mundo e para nosso Instituto.
Os trabalhos da manhã começaram com uma motivação feita pelo Superior Geral, quando começou dizendo que a missão ?ad gentes? quer dizer a evangelização daqueles povos que ainda não ouviram falar de Jesus de Nazaré e da sua Boa Nova, e que ela está profundamente relacionada com a vitalidade do Instituto. Recordou, depois, a frase de João Paulo II no Documento ?Vita Consacrata? segundo a qual as congregações ?têm uma bela história não somente para recordar, como também para construir?. O Instituto construirá essa bela história se tiver a coragem para fazê-lo.
Continuando, o irmão Seán fez uma breve síntese da história do Instituto desde o Concílio Vaticano II até nossos dias, na qual destacou as políticas da nossa Congregação em relação à missão ?ad gentes?.

A missão ?ad gentes? no Instituto
A missão ?ad gentes? faz parte da historia do Instituto. Champagnat quis ser missionário, e ele mesmo enviou os primeiros irmãos missionários. Um dos momentos importantes mais importante do Instituto, em relação às missões, foi vivido em 1903, quando cerca de 900 irmãos saíram da França. O Instituto deve reconhecer o esforço daqueles irmãos que partiram para outras terras sem terem sido preparados para ser missionários, sem conhecer o idioma do lugar para onde iam, porém estavam cheios de ânimo, de uma grande e audaciosa atitude de fé.

O Instituto criou a Obra São Francisco Xavier, que funcionou nas casas de Glugliasco e Bairo, para preparar os missionários. Em 1967 houve outra mudança de orientação. A Casa geral descentralizou a responsabilidade de fomentar a missão ?ad gentes?, transferindo-a para as Províncias. O dinamismo dessa fórmula foi diminuindo, e com o tempo começou a existir uma lista de nomes que ficava à disposição do irmão Superior Geral, que enviava esses irmãos aonde considerasse oportuno. Durante o XIX Capítulo Geral, a missão ?ad gentes? ganhou novo impulso sob os princípios da solidariedade e colaboração internacional. A partir do XX Capítulo Geral, está aberta a possibilidade de se escrever um novo capítulo da nossa história missionária.

Pautas para um novo capítulo na história missionária marista
A situação atual dos maristas com relação à missão ?ad gentes? no Instituto tem antecedentes imediatos. A partir da leitura da estatística abaixo, pode-se tentar aprender alguma lição do que aconteceu entre nós.

Ano Missionários Idade média
1989
553
51,37
1990
556
52,20
1991
563
52,80
1992
566
53,63
1993
569
54,45
1994
571
55,34
1995
574
56,15
1996
575
57,09
1997
576
59,04
1998
576
59,04
1999
576
60,04
2000
577
60,98
2001
583
61,60
2002
588
62,28
2003
595
62,82
2004
596
63,76

Com esses dados em mãos, podemos afirmar:
a. Que as Províncias fizeram um bom trabalho em sua missão ?ad gentes?, continuando e abrindo novas presenças missionárias depois que fecharam as Casas internacionais para as missões.
b. Que, com o passar do tempo, as Províncias encontrarão dificuldades para enviar irmãos com menos de 50 anos para os projetos de missão ?ad gentes.
c. Que o Instituto tem, no entanto, condições de revitalizar essa importante dimensão de sua missão e vida.
d. Que, mesmo havendo diminuído o número de irmãos em todo Instituto, não diminuiu o de missionários, ainda que composto por irmãos mais idosos.

Projeto para a missão ?ad gentes?
O irmão Luís Sobrado, Vigário geral, expôs as linhas mestras de um plano operativo para enviar em missão um número significativo de irmãos durante os próximos anos, tendo a Ásia como prioridade, mas também as Províncias maristas com necessidade; assim como favorecer a internacionalidade de projetos ?ad gentes? das Províncias.
O projeto prevê a formação apropriada para os candidatos, tendo o inglês como idioma comum para os participantes, por ser a língua mais utilizada como meio de comunicação na Ásia e também o segundo idioma mais conhecido pelos irmãos do Instituto com menos de 40 anos.
O lugar onde se realizará a formação poderá ser Manilha, pela sua proximidade com o continente asiático, e onde existe uma forte presença católica. Porém não se excluem outros lugares como Sri Lanka ou Roma.
Depois da exposição, os irmãos partilharam suas reações em pequenos grupos de três ou quatro. Em seguida, dedicaram dois momentos para analisar a viabilidade do projeto: o primeiro, em grupos por regiões; o segundo, todos juntos.
O projeto foi muito bem acolhido em sua globalidade, mesmo tendo havido vários questionamentos sobre sua realização, assim como sobre os prazos para sua aplicação.

Termina a primeira semana de trabalho da Conferência
O irmão Seán fez uma pequena reflexão dando por encerrada a primeira semana de trabalhos da Conferência. Fizemos um trabalho formidável – disse ele. E motivou os irmãos para continuarem empenhados no trabalho como serviço de amor aos irmãos e ao Instituto. Assim como Marcelino foi um homem de grande constância porque acreditava no que fazia, um sonhador que trabalhou com determinação para tornar realidade os seus sonhos, assim temos que ser nós, hoje. <274a.jpg alt=VII Conferência Geral - 09 de setembro hspace=5 vspace=5 align=right>No coração da nossa vida deve haver uma paixão pelo Reino e um retrato do Fundador. Perseveremos em nosso trabalho!

Recepção dos aspirantes maristas
Os aspirantes maristas do Sri Lanka, acompanhados de seus formadores, os irmãos Nicholas e Sandalal, estiveram presentes à Conferência no dia de hoje. Participaram com os demais irmãos da Eucaristia e, em seguida, do jantar. Antes de partirem, usando vistosos trajes típicos, interpretaram duas belas canções e uma dança.

Morte do pai do irmão Provincial do Canadá
O irmão Réal Cloutier, Provincial do Canadá, recebeu a dolorosa notícia do falecimento do seu pai, aos 94 anos. Agricultor e muito conhecido entre seus concidadãos por seu caráter dócil e conciliador, gerou 12 filhos, entre os quais Réal, o primogênito. No momento de sua morte, deixou descendência de 45 netos.

ANTERIOR

Aprofundar o sentido da vida em Deus...

PRÓXIMO

Conclusão da primeira semana de atividades d...