5 de setembro de 2005 SRI LANKA

Uma nova linguagem para a mesma responsabilidade

O lugar da reunião

O lugar da reunião desta convocatória não será Roma, nem mesmo a Europa, mas a Ásia. A VII Conferência geral acontecerá no Sri Lanka, também conhecido como ?Pérola do oceano Índico?, para aproximar todos os irmãos desta porção da humanidade, às vezes tão desconhecida por muitos de nós. Para esta Conferência segue-se o critério com o qual se organizou a V Conferência de Veranópolis (Brasil), acontecida pela primeira vez fora de Roma.

<263.jpg alt=VII Conferência Geral - Sri Lanka >A VI Conferência geral estava programada para ser realizada em Nairobi, no continente Africano. Mas os acontecimentos políticos não ofereciam garantias mínimas de segurança, e novamente os irmãos foram obrigados a realizá-la em Roma. Apesar da mudança de lugar, manteve-se o logotipo preparado para a Conferência, o qual continha elementos africanos e já figuravam nas informações escritas que foram enviadas durante a preparação da mesma. A convocação para a Ásia retoma, pois, o critério de que o lugar da reunião e seu contexto sejam parte do discurso das Conferências.

A missão ad gentes como plano de fundo

A VII Conferencia geral se realizará na Ásia, o maior continente da terra, sob o signo da missão ad gentes. Foi na Ásia onde Deus, desde o princípio, revelou e realizou seu projeto de salvação. Jesus de Nazaré, o Salvador, que se encarnou como asiático, que nasceu nessa pequena porção da Ásia ocidental, que conheceu e amou essa terra, no entanto, não é conhecido. A presença dos cristãos no continente asiático habitado por cerca de dois terços da população mundial, é uma minoria considerada freqüentemente como estrangeira ou representantes de potências estrangeiras. Mas são, ao mesmo tempo, promessa e esperança. Atualmente o número dos maristas neste continente é um pequeno grão de mostarda, uma presença insignificante, porém viva.

A missão ad gentes para a qual a Igreja nos convoca a ?ir e ensinar a todas as nações?, segundo a sensibilidade do irmão Superior geral, ?foi sendo descuidada progressivamente nesses últimos anos?, em nosso Instituto. ?Houve uma diminuição do espírito missionário? o qual ?necessita se fortalecer? e ?merece a atenção da Conferência geral?. O irmão Seán acrescenta ainda em sua carta que sua próxima circular abordará sobre ?a missão, as obras dos Irmãozinhos de Maria e os João Batista Montagne de hoje?.

Não haverá leigos convidados

Durante os últimos dois Capítulos gerais e na Conferência geral de 1997, participaram um pequeno grupo de leigos e leigas como observadores e assessores. Porém, o irmão Superior geral decidiu ?não convidar um grupo de leigos para a próxima Conferência geral?. Está consciente de que ?a participação dos leigos nesses encontros foi uma boa iniciativa, mas hoje temos necessidade de algo mais?.

Este trabalho com os leigos percorreu outros caminhos promovidos pelo Conselho geral a partir do mandato capitular, com o objetivo de propor ?uma nova linguagem? e suscitar ?novas estruturas?, através das quais seja possível propor ?uma representação mais eficaz? do que aquelas enviadas pelos irmãos Provinciais e seus Conselhos, mesmo sendo na qualidade de ?convidados?.

Nas ocasiões anteriores em que os leigos estiveram presentes, devido a natureza da reunião do Capítulo geral e da Conferência geral ?e às disposições das Constituições e Estatutos marista, a participação deles foi bastante limitada?.

Levando-se em conta essa situação, foi solicitado outro tipo de contato, como o primeiro encontro da Comissão preparatória da Assembléia Internacional de irmãos e leigos sobre a missão, a qual está prevista para 2007. Este encontro aconteceu em Roma, na Casa geral, entre os dias 1 a 6 de dezembro. Outro contato foi realizado em junho de 2005, entre ?consultores leigos?, e a Comissão Internacional do Laicato, cujo objetivo foi escutar os leigos maristas que trabalham na animação, para conhecer seus desejos e necessidades de apoio e pedir seu parecer sobre como podemos caminhar juntos.

<263a.jpg alt=VII Conferência Geral - Sri Lanka hspace=5 vspace=5 align=right>Esperamos que a médio prazo a presença dos leigos nas obras maristas não seja valorizada somente como ?um elemento positivo?, como consta nas notícias de eventos anteriores, mas como participação com um protagonismo próprio partilhado com os irmãos.

Uma nova linguagem para a mesma responsabilidade

A linguagem do irmão Seán Sammon tem sido nova desde a sua primeira intervenção escrita que conhecemos. Nova em sua forma e em seus conteúdos. A carta circular de convocação à VII Conferência geral, que não está dirigida exclusivamente aos Superiores ou aos irmãos, pois que sua saudação se estende a todos quanto amam o carisma de Marcelino, nos propõe um duplo objetivo: ?Uma liderança que gera vida? e ?Suscitar a vitalidade do carisma e da missão marista, hoje?. Duas propostas endereçadas a todos nós, embora que no texto a ênfase da responsabilidade recaia sobre os superiores, chamados neste documento de ?líderes?. Esta, no meu modo de ver, é uma novidade concomitante com a Conferência, pois não é a linguagem que usam as Constituições e Estatutos.

O irmão Superior geral ao descrever em sua carta circular sobre ?a missão dos líderes do Instituto marista, o faz em dimensão de fé, como uma escolha do Espírito Santo ?para ser um guia?. ?Se és Provincial, Superior de Distrito ou Superior de Comunidade ? e deveria acrescentar: Superior geral, Conselheiro geral, etc. ? Deus te escolheu para ser um guia que ?tem a habilidade para conseguir com que os outros façam o que tem que ser feito, e o façam com prazer?. Uma pergunta que me suscita esta reflexão é: o que é que os outros (que não são líderes?) não querem fazer? Conseguir com que façam e o façam com prazer são dois objetivos para uma ?missão do coração?, que se traduz em ?transmitir uma visão de futuro aos irmãos e leigos? e em ?oferecer-lhes misericórdia e atenção solícita?, ?confortá-los? e ?encorajá-los?.

Com a promessa dos Provinciais e Superiores de Distrito de ?levar no coração o espírito da caridade?, o irmão Superior geral espera encontrar-se com seus irmãos no Sri Lanka, no desejo de que o ?encontro nos dê mais razões para crer no novo amanhecer que desponta para o Instituto e sua missão?.

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