Messagem do Ir. Ernesto, Superior Geral

O Departamento de Comunicações, em nome da Administração Geral do Instituto, pediu a um artista que preparasse um cartão de Natal. Ele foi feito por Dom Ruberval Monteiro da Silva, beneditino, professor em St. Anselmo, Roma, onde ele ensina arte, linguagem simbólica e liturgia. Dom Ruberval compartilha conosco a explicação da imagem.

A inspiração se baseia nos presépios mais antigos, que consistiam apenas na magedoura em forma de altar, a Criança em uma faixa, como as usadas também para os mortos, junto com o boi e o burro. Essa imagem é encontrada em sarcófagos a partir do século IV. A citação explícita vem do apócrifo Pseudo-Mateus (XIV, 1) onde se lê:

“Três dias após o nascimento de NSJC, a mãe abençoada saiu da caverna, entrou num estábulo e deitou a criança numa manjedoura, onde o boi e o burro o adoravam. Então se cumpriu o que o profeta Isaías havia dito: “O boi conhecia seu dono, e o burro a manjedoura de seu mestre”. Os próprios animais o seguravam no peito e o adoravam. Então se cumpriu o que o profeta Habacuque havia dito, nas palavras: ‘serás conhecido no meio de dois animais’. José e Maria permaneceram no mesmo lugar por três dias.”

Também em Isaías 1,3 encontramos:
O boi conhece seu proprietário e o burro o berço de seu dono, mas Israel não sabe, meu povo não entende.

Os animais seriam os primeiros a adorar o Senhor e, depois, os jovens pastores, os pobres de Israel.

Os jovens foram acrescentados ao presépio porque o carisma marista consiste precisamente em conduzi-los a Cristo, guiados pela estrela que é Maria. De certa forma, aprendemos com os olhos simples, tanto dos jovens quanto dos humildes animais, a reconhecer Aquele que nos alimenta com Ele mesmo.