24 de setembro de 2005 SRI LANKA

Os caminhos da missão para o Instituto

A missão marista
<291hspace=5 vspace=5 align=right>Este dia foi consagrado integralmente à missão. A oração da manhã relembrou Maria e o apostolado marista, assim como os grandes sinais dos tempos que o irmão Superior Geral tem assinalado no decorrer da Conferência. São sinais que indicam os caminhos da missão para o Instituto.
A coordenação dos trabalhos de hoje ficou sob a responsabilidade da Comissão de missão, presidida pelo irmão Emili Turú. Também fazem parte da mesma os irmãos Pedro Herreros (leigos), Dominick Pujia (BIS) e Juan Miguel Anaya (secretário).
Como motivação, foi feita uma projeção com rostos de crianças das nossas obras educativas. ?Foi para elas que o Padre Champagnat nos fundou, e por elas existimos?, disse o irmão Emili. E concluiu exortando os irmãos a assumirem com audácia o desafio que a missão lhes apresenta.

Ao serviço das crianças e jovens excluídos
Os objetivos propostos para o dia de trabalho foram: 1) Aprofundar o sentido do urgente apelo do XX Capítulo Geral, para que o Instituto se comprometa mais no serviço com as crianças e jovens pobres e excluídos. 2) Oferecer uma visão do Conselho Geral nessa área, assim como sua reflexão sobre o avanço feito pelo Instituto nesses últimos anos. 3) Partilhar sobre o caminho percorrido pelas Províncias, especialmente assinalando as realizações significativas, de maneira que os participantes da Conferência se ajudem a planejar o futuro. 4) Apresentar aos Provinciais e Superiores de Distrito as novas iniciativas em âmbito internacional: a defesa e promoção dos direitos da criança ante as Nações unidas e a Assembléia internacional de missão, a fim de colher ecos e sugestões.
Na primeira parte da manhã foi retomada a proposta do 20º Capítulo Geral: ?Avançar juntos, irmãos e leigos, de maneira resoluta e manifesta, aproximando-nos mais das crianças e jovens mais pobres e excluídos, mediante novos caminhos de educação, de evangelização e de solidariedade?. (Escolhamos a vida, n.31)
Os irmãos refletiram em grupos sobre como colocaram em prática em suas Unidades Administrativas essa recomendação. Do que foi exposto, destacamos as experiências mais significativas:
Foram enfatizadas as seguintes experiências: do Brasil Centro Norte, que anima 42 obras sociais; do México Central, que anima, há 40 anos, os centros de extensão entre os indígenas de Chiapas e Guerrero, e a do Rio Grande do Sul, onde há mais de 120 irmãos ou leigos que participam em organismos oficiais em que se tomam decisões importantes. Igualmente, foi apresentado o projeto desenvolvido na Índia para atender pessoas com AIDS.

Assembléia Internacional de Missão Marista
Dando continuidade, o irmão Juan Miguel Anaya apresentou o projeto da Assembléia internacional de missão marista, que será realizada em Mendes (Brasil) de 3 a 12 de setembro de 2007.
A realização dessa Assembléia responde aos desejos expressos pelos membros do XX Capítulo Geral. Esse evento, tal como apresentado pela Comissão preparatória da Assembléia, quer ser a expressão de ?um novo passo na vida do Instituto Marista, que oferece aos irmãos e leigos a oportunidade de refletir juntos, em igualdade de condições, a respeito da missão do Instituto no presente e para o futuro, assim como sobre sua própria identidade?.
Será, por outro lado, um momento importante, além do que nos parece que todo o processo poderá ser também uma excelente oportunidade para impulsionar o que já está sendo realizado nas Províncias e Distritos.
O irmão Seán, em sua circular de convocação à Conferencia, recordava que, mesmo sendo um Instituto internacional, nem sempre tem atuado como tal. Agora se oferece aos irmãos e leigos uma oportunidade de viver a experiência de comunhão internacional, sentindo-se parte ativa de um corpo que supera as fronteiras de cada Unidade Administrativa. Não pretendemos que seja somente um acontecimento histórico na vida do nosso Instituto, mas que suscite um processo que traga vida em abundância a todas as pessoas implicadas na missão marista.
A Assembléia internacional traz como slogan: ?Um coração, uma missão.? O logotipo foi criado na Faculdade marista de Fortaleza (Brasil).

Caminho percorrido na preparação da Assembléia
O vigésimo (20º) Capítulo Geral pediu ao Conselho Geral:?Criar as estruturas que considerar necessárias para apoiar, em âmbito de Instituto, a missão partilhada entre Irmãos e Leigos e o serviço educativo evangelizador das crianças e jovens mais pobres e excluídos: a efetivação de fóruns internacionais de missão Marista? (Escolhamos a vida, 48.6)
Os planos de trabalho das Comissões de Missão e Leigos do Conselho Geral incluíram, entre as atividades propostas, a realização de uma Assembléia Internacional de Missão Marista, e sugeriram como data o ano de 2007.
A Comissão de Missão enviou às Províncias e Distritos, e a alguns irmãos, um questionário sobre o plano de ação previsto. O referido questionário incluía perguntas sobre a possível realização da Assembléia. As respostas recebidas foram majoritariamente favoráveis à sua realização e deram numerosas sugestões sobre a metodologia, temática e participantes…
Em junho de 2004, o Conselho Geral aprovou que a referida Assembléia fosse realizada em setembro de 2007, e nomeou uma Comissão responsável para a sua preparação, composta por: Ir. Alphonse Balombe (R. D. Congo); Sr. Chema Pérez Soba (España); Sra. Dilma Alves Rodrigues (Brasil); Sra. Erica Pegorer (Australia); Ir. John Y Tan (Filipinas) e, por parte da Administração Geral, os irmãos Juan Miguel Anaya, Michael Flanigan, Pedro Herreros e Emili Turú. A comissão teve sua primeira reunião em dezembro de 2004. O Conselho Geral aprovou, em janeiro de 2005, as propostas de trabalho elaboradas naquela reunião.
No início de fevereiro de 2005, aconteceu uma reunião com alguns irmãos, bons comunicadores e com experiência em preparação de material para dinâmicas, para elaborar os materiais com os quais se fará a animação das reuniões na fase local.

Objetivos
Favorecer, em todo o Instituto, processos de diálogo e compromisso entre os protagonistas da Missão marista, de maneira que contribuam para:
* Uma releitura da Missão Marista a partir da vida de Champagnat, levando-se em conta sua paixão em anunciar a Boa Nova, seu desejo de enviar-nos para estar entre os jovens, particularmente os mais necessitados, sua busca de discernimento constante que os faz adaptar-se às necessidades do meio em constante processo de mudança.
* Clarificar e aprofundar o que entendemos por vocação marista: o que é próprio e o que é comum a irmãos e leigos etc.
* Promover uma maior co-responsabilidade entre aqueles que compartilham da Missão marista, especialmente oferecendo estruturas, modelos etc. que a favoreçam.
* Um maior conhecimento e valorização da diversidade de expressões em que se encarna a Missão marista no mundo de hoje, assim como da sua internacionalidade como uma força que deve ser levada em conta.

Etapas da Assembléia
A Assembléia acontecerá através de um processo composto de três etapas ou fases: local, provincial e internacional. O calendário com as etapas local e provincial será definido por cada Província, de acordo com suas próprias possibilidades e necessidades. O calendário previsto é o seguinte:
Janeiro de 2005 – Início das fases local e provincial.
Dezembro de 2006 ? Fim da fase provincial. Envio a Roma de uma síntese. Eleição dos representantes de cada Província.
De janeiro a agosto de 2007 ? Possível encontro regional. Preparação para os participantes.
Setembro de 2007 – A Assembléia internacional.

Fase local
Para a fase local, recomenda-se compor grupos mistos (Irmãos e Leigos), abertos à participação de pessoas provenientes de áreas diversas, porém identificadas com o carisma marista (escola, educação não-formal, fraternidades, animação pastoral, etc.): podem ser formados grupos específicos para a preparação, aproveitando, para isso, os grupos já existentes na Província.
Os grupos devem ser compostos por pessoas que desejem participar do processo: a participação é livre.
A Comissão oferecerá materiais elaborados para a preparação e a realização das reuniões, quando locais. A página web do Instituto será utilizada para que os grupos possam se conhecer, trocar experiências, debater?

Fase provincial

É a própria Província que decide como realizar esta fase. Em alguns lugares a geografia pode favorecer encontros nacionais ou regionais. A fase em si mesma, pode consistir em um único encontro de um ou mais dias, ou mesmo em um processo de vários meses.
Dependendo do que cada Província decida, é mais conveniente que participem na fase provincial os representantes dos grupos da fase local, ou propor uma fase provincial com todos os participantes da fase local que desejem participar.
Ao final da fase provincial, deve ser enviada à Comissão preparatória da Assembléia uma síntese onde conste: o espírito com que foi vivenciado o processo na Província; o que a Província deseja transmitir à Assembléia nestas duas áreas: as convicções comuns, que viriam a ser como um ?credo? da Província sobre os temas tratados; as recomendações ou sugestões que, segundo se deseja, sejam estudadas pela Assembléia Internacional.
Cada Província elege o número indicado de irmãos e leigos para participar da Assembléia Internacional.
Para poder ser escolhido como membro da Assembléia Internacional e representar a Província, é necessário que a pessoa, além de ter participado das fases local e provincial do seu lugar de origem, participe da missão marista e se sinta representante da sua realidade provincial mais do que da sua obra local. Este perfil, no entanto, continua sendo muito amplo, uma vez que, na fase local, poderão participar todos aqueles que o desejem.
Durante o processo de eleição/nomeação, é importante assegurar a representatividade das áreas de atividades (escola, educação não-formal, fraternidades, animação pastoral…) através das quais os leigos participam da vida e missão maristas, e com um número suficiente de homens e mulheres.

Fase internacional
A Assembléia será realizada em Mendes, Brasil, de 3 a 12 de setembro de 2007. Uma das razões para se ter escolhido esse país, é porque nessa região do mundo marista se realizam os 60% das atividades apostólicas, e o Brasil representa mais de 30% das mesmas.
A Assembléia quer ser uma ocasião de partilhar a vida dos participantes e celebrar juntos o chamado de Deus à missão marista. Não tem como objetivo a elaboração de um documento, ainda que não se descarte a possibilidade de redação de algum tipo de mensagem, ou apresente algumas conclusões para o próximo Capítulo Geral. Espera-se que o evento seja uma ocasião propícia para apresentar experiências significativas da missão marista e partilhar convicções, orações e sentimentos em comum.

Reações dos irmãos da Conferência
Os irmãos tiveram a oportunidade de expressar seu parecer com relação a esse projeto. A satisfação em relação à preparação e pela clareza da exposição foi generalizada. Foi manifestada a inquietação quanto aos custos que implicaria cada Província ou Distrito. Porém, o envio de duas ou três pessoas à Assembléia parece ser possível para qualquer Unidade Administrativa.

Missão e solidariedade: un fogo que abrasa e consome
O irmão Dominick Pujia, responsável pelo BIS, apresentou por sua vez o projeto de colaboração com a Franciscans International.
A representação ante-organismos internacionais de educação e solidariedade se enquadra dentro das atividades e objetivos do Secretariado Internacional de Solidariedade (BIS).

Plano estratégico do BIS
Em 2004, um Comitê especial convocado pelo Conselho Geral realizou uma avaliação de todos os programas e atividades do BIS . Ao final, fez 37 recomendações, elogiou o trabalho do BIS na coordenação e organização de projetos, ao mesmo tempo em que encorajou o Conselho Geral e o BIS a desenvolver diretrizes nas áreas da educação, comunicação, trabalho em rede, animação e defesa dos direitos humanos. Através do BIS, o Instituto estabelece uma presença frente aos organismos relevantes das Nações Unidas para promover a defesa dos direitos das crianças e jovens em nome do Instituto. Isso se concretizará através de uma parceria com Franciscans International (FI), organização não-governamental (ONG) da Família Franciscana, com ?status consultivo geral? ante as Nações Unidas (Conselho Econômico e Social – ECOSOC). Esta presença marista é vista como uma nova missão pastoral em nome de todo o Instituto.

Onde estamos situados dentro da ONU
Nosso trabalho em Genebra tem como missão empenhar-nos em favor das crianças, especialmente, as desassistidas. Ele situa-se dentro da Convenção sobre os Direitos da Criança e do Comitê que defende esses direitos, em sintonia com a Franciscans International (FI), que tem presença oficial.

A FI
<291ahspace=5 vspace=5 align=right>A Fraciscans International é uma ONG com status consultivo diante das Nações Unidas, patrocinada pela Conferência da Família Franciscana (OFM, OFM CAP, OFM CONV. TOR, OFS. IFC-TOR). Aspira pôr em prática o ideal franciscano em escala internacional (Fóruns internacionais da ONU).
Fiéis ao carisma de São Francisco e ao seu amor pelos pobres, a FI orienta seu trabalho na ONU em quatro âmbitos: desenvolvimento, direitos humanos, trabalho pela paz e ecologia.

Termos da colaboração
FI oferecerá um escritório em Genebra, credenciais e acesso aos órgãos de tratados, conferências e fóruns da ONU, acesso aos profissionais e os serviços da FI, incluindo juristas, material gráfico, publicações para formação e comunicações. Assistência na solicitação das credenciais ECOSOC e alojamento na Casa de acolhida Franciscana.
Os maristas contribuirão com seu amplo conhecimento do mundo das crianças e da educação; um membro colaborador trabalhará com a FI e outros dos seus associados nas declarações e atividades relacionadas aos Direitos Humanos; apoio econômico para a manutenção do escritório.

Estratégia para a colaboração marista
– Complementar o trabalho que já está sendo realizado nas Unidades Administrativas nessa área.
– Sob a direção do BIS e com a orientação e o apoio profissional da Franciscans International (FI), nosso Delegado marista na ONU para a defesa dos direitos das crianças trabalhará em Genebra e em parceria com as Unidades Administrativas.

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