20 de junho de 2006 GRéCIA

Animadas pelo Núncio apostólico da Grécia e por três padres ortodoxos

Cada ano, desde a canonização do nosso Fundador em 1999, todos os membros de nossas duas comunidades educativas da Grécia festejam juntas São Marcelino. Cada vez temos a ocasião de aprofundar, seja um dos aspectos da personalidade, do projeto educativo ou da espiritualidade de Champagnat, seja refletir sobre apelos dos últimos Capítulos gerais ou atividades do Movimento da Família Marista.

Este ano, com a festa de aniversário de cinqüenta anos de vida religiosa de quatro irmãos, a Assembléia de 2007 que tem como lema ?UM CORAÇÃO, UMA MISSÃO?, e a participação cada vez mais ativa dos leigos maristas, nós quisemos destacar mais particularmente nossa vocação comum de ?ampliar a tenda?, e nos deixar ?conduzir pelo Espírito Santo?. Depois de uma apresentação simbólica da missão do irmão ou do leigo e de uma celebração ecumênica, animada pelo Núncio Apostólico da Grécia e por três padres ortodoxos, e antes da entrega dos pergaminhos com a bênção do Santo Padre aos quatro irmãos jubilares, um antigo aluno e pai de dois alunos deu o seguinte testemunho:

?É difícil para mim expressar em algumas linhas minha experiência escolar de 42 anos atrás, e suas repercussões em minha vida familiar, profissional e social. No entanto, o que eu recebi de 1965 a 1976 e as pessoas que conheci continuam a me acompanhar e me enviar mensagens. Sinto ainda hoje as vibrações de aluno e de adolescente que eu era naquela época.

Naquele tempo eu não sabia o que era um irmão, mas compreendi desde o início que me encontrava perto de pessoas que prestavam atenção a mim, que me protegiam, que me escutavam, que se interessavam por mim e que me inspiravam confiança e segurança. Avançando em idade, adquiri a convicção que o importante não era ser o primeiro da classe, mas aspirar estar entre os primeiros. Ser o primeiro supõe sacrifícios e concessões, que algumas vezes colocam em perigo os verdadeiros valores e seus próprios limites. Aspirar estar entre os primeiros significa uma continuidade de esforços, significa fixar objetivos segundo as próprias possibilidades, significa trabalhar em equipe e ser solidário.

A presença dos irmãos nos permitia descobrir nossas possibilidades e nossos limites, assumir nossos sucessos e fracassos e de superar nossas dificuldades. Sem barulho e discretamente os irmãos moldavam nossa alma de criança e de adolescente nos fazendo compreender que cada um é único e que ele pode ter seu lugar na comunidade humana, e que para cada um de nós existe um espaço para ser e agir. Nessa comunidade escolar, o irmão, o responsável de disciplina se tornava pouco depois o coordenador de toda sorte de atividades, sejam esportivas, sejam festivas, sejam culturais ou recreativas. Do curso de francês, ele passava para a coordenação de todo um nível escolar ou se ocupava da organização de uma excursão. Agora, tendo me tornado adulto, essa sucessão de funções me inspira ainda, e me serve de modelo. Compreendo agora quanto foi sábia a escolha das três violetas como emblema dos irmãos e dos antigos alunos e de todo marista. Simbolizando a simplicidade, a humildade e a modéstia, sinais distintivos de Panaya (Maria), do espírito de família, da infância, elas exalam um perfume sem que percebamos.
Com os irmãos nós nos sentíamos como numa segunda família. Nós lhes falávamos no plural, mas em nós vibrava o singular, o familiar. Sem hesitação nós lhes confiávamos nossos problemas pessoas e nossos sonhos de criança e de adolescente. E agora, adultos e pais de família, continuamos a lhes confiar o que temos de mais precioso, nossos próprios filhos.

Nós lhes expressamos, queridos irmãos, nosso profundo reconhecimento. Seus exemplos e seu testemunho que iluminaram nosso passado, continuam a iluminar nosso presente e continuarão a iluminar nosso futuro na pessoa de nossos filhos?. Michel Séfériadis.

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