29 de novembro de 2012 REP. DEM. DO CONGO

Esta não é uma época de guerras, mas de colaboração

 

"Estamos indignados e chocados ao ver como a guerra desencadeada, há alguns meses, no leste da República Democrática do Congo está se espalhando, causando um novo drama humano", afirma o comunicado enviado à Agência Fides, com a assinatura dos "Bispos Presidentes das Conferências Episcopais da África e Presidentes das Caritas africanas", reunidos em Kinshasa para um encontro sobre a missão e a identidade da Caritas. O encontro, que teve a participação de bispos provenientes de 34 países africanos, foi realizado de 20 a 22 de novembro de 2012.

A ofensiva no Kivu do Norte, da parte do grupo guerrilheiro M23, que culminou com a conquista de sua capital, Goma, é explicada dessa forma pelos bispos africanos: "Milhares de homens, mulheres e crianças, vítimas de violência, de uma guerra que lhes foi imposta, estão perplexos e foram jogados mais uma vez na profunda miséria, em Goma e seus arredores. Estão à mercê do clima, da fome, de estupros e todos os tipos de violência, incluindo o recrutamento de crianças. Trata-se de uma ofensa à dignidade dessas pessoas como seres humanos e filhos de Deus".

Os Bispos reafirmam a sua convicção "de que a nossa não é mais a época de guerras nem conquistas do território, mas de colaboração", e denunciam "a exploração ilegal de recursos naturais, que é a principal causa dessa guerra". Por essa razão, os signatários do documento pedem à ONU, à União Africana, à União Europeia e aos Governos da RDC e países "envolvidos de alguma forma na guerra", além das multinacionais do setor de mineração, para encontrar "uma solução justa e concertada, para colocar um fim definitivo ao sofrimento da população civil no leste da RDC, evitando de jogá-la no desespero e na violência".

O Ir. Emili Turú, Superior geral, esteve várias vezes em contato com nossos Irmãos de Bobandana, cidade que, presumivelmente, está entre os objetivos dos rebeldes. Por ora, os Irmãos estão bem, embora preocupados com a situação instável da região. Os alunos internos puderam ser enviados para suas famílias, esperando que a situação melhore.

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