Experiências maristas de atendimento à população migrante
Querétaro foi catalogada como uma das cidades mais seguras do México, com um dos PIBs mais altos do país e em crescimento econômico. Estando no centro do território, muitos migrantes cruzam Querétaro todos os dias pela estrada de ferro. A maioria dos migrantes são homens de 18 a 41 anos. A metade vem de Honduras, o resto de El Salvador, Guatemala, Nicarágua e do próprio México.
Como resposta à situação migratória na cidade, em 2014 fundou-se o Centro de Apoio Marista ao Migrante (CAMMI), no campus da Universidade Marista de Querétaro. Este Centro tem a missão de despertar a consciência social mediante ações que beneficiem os migrantes e convidem a sociedade civil a somar forças para conseguir melhores condições para eles.
Entre os serviços que presta, estão: banho, roupas, lavagem das roupas, chamadas telefônicas, remédios, orientação legal, informações sobre pousadas e restaurantes de baixo custo.
Em 2015, o CAMMI deu ajuda a mais de 600 pessoas. Nos meses de janeiro a novembro de 2016, foram atendidas 450 migrantes.
A maior preocupação do CAMMI, em relação aos migrantes, a partir de casos já acompanhados, é que sejam respeitados os protocolos de atenção e de encaminhamento.
O CAMMI acompanhou casos com a finalidade de vigiar sobre os processos em andamento e nas detenções feitas pelo Instituto Nacional de Migração (INM). É fundamental tornar público que o INM está violando as leis federais nas seguintes circunstâncias: estão levando os migrantes diretamente para um centro migratório, não lhes dão alternativas à detenção, não se lhes dá a conhecer seus direitos, não lhes é informado se podem ser candidatos a serem reconhecidos como refugiados, não são colocados em contato com os familiares, a atenção médica e sanitária é condicionada por sua situação migratória, não se lhes dá acesso à educação durante sua permanência no país e lhes é negado o direito a ter um documento de identidade.