Irmão Francisco – Quadros do Ir. Ángel Ignacio Martínez

Ir. Francisco

1 – Ir. Francisco em l’Hermitage com jovens

Medidas: 50 x 35 cm. Vertical
Materiais: Cartolina para óleo sobre tábua
Cores: A óleo. Complementares matizados e secundários com branco

Ir. Francisco de pé, em três quartos à esquerda, olhando para uns jovens transportados no espaço e tempo. Eles vestem moletom de “Colégio Marista” e camisetas de diversas organizações juvenis maristas.

Os três jovens, em cores de tendência quente, emolduram o personagem central em forma de triângulo invertido aberto.
Os demais, em forma ovulada e da esquerda para a direita, emolduram o personagem central, fechando a cena.
O edifício representa l’Hermitage, recém-construído. Também se vê o riacho Gier.
A paisagem com o céu é inventada. Há árvores de época, abetos diversos, ciprestes, castanheiras e árvores ribeirinhas de diversas cores…
Também há arbustos com flores, roseiras e outras plantas de jardim.

A paisagem do fundo representa a campina francesa, que se perde até o horizonte. A estação, verão-outono.

Nesta época, o impressionismo francês está na moda, apesar de que os clássicos o critiquem.

Este quadro tem influência de Camille Pissarro, Claude Monet e Sisley.

2 – Ir. Francisco em seu horto-jardim de l’Hermitage

Medidas: 50 x 32 cm. Vertical
Materiais: Cartolina para óleo sobre tábua
Cores: A óleo. Complementários matizados e secundários com branco

Quadro com o Ir. Francisco em uma paisagem de horto-jardim durante o verão em l’Hermitage. Ele está de pé, pensando, em posição de três quartos à direita. Carrega consigo um vaso e um regador. Vê-se parte de um edifício: l’Hermitage. Ao redor do edifício, diversas árvores de diferentes cores: abetos, tuias, ciprestes… No jardim abundam árvores próprias com arbustos floridos, flores de diversas tonalidades, lírios amarelos, salgueiro…

Há vários testemunhos escritos que nos indicam que o Ir. Francisco tinha um jardim onde cultivava plantas medicinais com as quais preparava remédios.

No primeiro plano, abaixo, vê-se ervas medicinais que serviam para curar enfermidades populares: da esquerda para a direita: lavanda (cura a ansiedade, a má digestão…); alecrim (é antioxidante, diurético…); orégano (bom para o sistema digestivo, catarros e dores de garganta); menta (alivia transtornos digestivos, gripe e resfriados); sálvia (antisséptico e anti-inflamatório).

Abaixo, à esquerda: valeriana (sonífero natural); dente de leão (previne enfermidades do coração, controla diabetes); camomila (melhora o sistema digestivo); menta (já citada); calêndula (antisséptico, alivia problemas digestivos e menstruais). Este quadro tem influência de Camille Pissarro, Claude Monet e sisley.

3 – H. Francisco preparando remédios com plantas

Medidas: 50 x 32 cm. Vertical
Materiais: Cartolina para óleo sobre tábua
Cores: A óleo. Complementários matizados e secundários com banco

Cena interior com personagem: Ir. Francisco em três quartos à direita, com frascos à mão, manejando líquidos para fazer remédios. Pensando.

A luz entra pela esquerda; janela e luz de frente de outra janela. Encontramos elementos típicos de uma farmácia do século XIX. Jarras, garrafas, frascos, almofarizes, lamparina a petróleo, biblioteca e armários para guardar instrumentos típicos. Também há uma planta natural na janela e outra, já seca, na parede.

No primeiro plano: mesa com acessórios, diversas garrafas, frascos com produtos para preparar camomila, valeriana e tília, livro de consulta aberto e outros elementos.

Nos livros sobre o Ir. Francisco encontramos muitos testemunhos relacionados com este tema; “Um tema que não cessará de apaixoná-lo será a farmacêutica. Aprende a preparar remédios; isso lhe permitirá exercer a função de enfermeiro durante uma boa parte de sua vida.

Conserva-se um livro dele de 848 páginas, onde foram recolhidos o nome de muitas enfermidades, seu diagnóstico e tratamento: um conjunto impressionante que pode servir a um investigador para conhecer a ciência da época. A medicina da época não era fácil: ele buscava a eficácia. O enfermeiro se aperfeiçoa pouco a pouco, fabrica unguentos e até uma bebida composta de nove plantas misturadas com aguardente.” (Ir. Gabriel Michel, Um herói humilde: Irmão Francisco, 24).

4 – Ir. Francisco visitando uma menina enferma

Medidas: 50 x 32 cm. Vertical
Materiais: Cartolina para óleo sobre tábua
Cores: A óleo. Complementários matizados e secundários com branco

Cena imagina em uma casa francesa do século XIX. Há uma figura principal, o Ir. Francisco. O acompanham membros de uma família de meninos órfãos com sua avó. A menina menor está enferma, com cólera. Francisco a visita levando alguns de seus remédios. Ano possível: 1832. Nos diz a história que “na primavera de 1832, algo aterrador desencadeou uma grande crise que sacudiria as bases de toda a França. Essa catástrofe bacteriana tinha nome próprio e era conhecida como cólera.” (Wikipedia).

O quarto é uma peça com cama e cozinha juntas. Os elementos são característicos como armário, utensílios de mesa e cozinha, lamparina a petróleo, chaminé… Destaca-se a cama, licença tomada de Van Gogh de seu quadro “O quarto”, desenhado e pintado de acordo com a cena.

O Ir. Gabriel Michel refere-se à doença da cólera na França em 1832: “Para curar o doente de cólera deve-se aquecê-lo tanto externamente quanto internamente, rodeá-lo com ladrilhos aquecidos ao forno, friccioná-lo com urtigas, passar por cima de seu corpo uma prancha tão quente quanto seja possível. Depois que ele tenha vomitado, deve beber um copo de aguardente no qual se há acrescentado uma dúzia de grãos de pimenta bem triturados(Ir. Gabriel Michel, Um herói humilde: Ir. Francisco, 24)

5 – Irmãos Francisco e Louis-Marie chegam a Roma (11-02-1858)

Medidas: 50 x 32 cm. Vertical
Materiais: Cartolina para óleo sobre tábua
Cores: A óleo. Complementares matizados e secundários com branco

Cena imaginada, representando o Ir. Francisco e Louis-Marie em Roma. Completam a cena pessoas populares da rua de Roma, casas, pessoas individualmente, mãe e filho com cesta, crianças cantoras e um sacerdote distante. Vê-se o céu.

“Acompanhado pelo Irmão Louis-Marie, os dois partiram de Saint-Genis-Laval em 6 de fevereiro de 1858. Tomam o trem para Marselha onde chegam às 8 da manhã e, no dia 10, embarcam em direção a Civitavecchia. Dali partem para Roma onde chegaram no dia 11, às 2 da manhã”. (Ir. Gabriel Michel, Um herói humilde: Irmão Francisco, 39).

Quanto aos edifícios, ao fundo, a igreja do Santo Nome de Maria e a coluna de Trajano. Estamos no Foro de Trajano. Passamos a Praça dos 12 Apóstolos, bairro de Trevi; ao fundo vemos o palácio de Valentini, onde se hospedaram (os Padres Maristas tinham ali alguns quartos alugados). À direita, edifício e palácio. À esquerda, a igreja dos Doze Apóstolos e antigo palácio Colonna.

Nota: A ideia desta praça foi tomada de gravuras antigas. Hoje, está muito modificada.

6 – Ir. Francisco passeando pelo ‘Foro’ é cumprimentado por jovens

Medidas: 45 x 32 cm. Vertical
Materiais: Cartolina para óleo sobre tábua
Cores: A óleo. Complementares matizados e secundários com branco

Cena imaginada que representa o Ir. Francisco passeando pelo Foro de Trajano e é saudado à distância por alguns jovens de hoje, transportados no espaço e tempo. Um dele usa uma camiseta do grupo marista “Marcha”. Ao fundo a igreja do Santo Nome de Maria, com céu e pinheiro romano à esquerda. À direita, edifícios de Roma. As colunas, partindo da esquerda, marcam a figura central, Ir. Francisco, que começando da esquerda, seguindo a linha imaginária, rodeia o grupo de forma elipsoidal na vertical.

A igreja do Santo Nome de Maria, situada no Foro de Trajano, é a mais visitada por Francisco durante sua permanência em Roma. Ele a visitou em 36 dias diferentes. É difícil saber o motivo pelo qual tinha esta preferência, já que em nenhum lugar do seu diário aparece uma indicação explícita. Porém, podemos supor que uma das razões era a praticidade, uma vez que está situada perto de sua residência no palácio Valentini.  (Ir. Antonio Martínez Estaún, Folheto – Romeiros com o Ir. Francisco. Rota mariana 1. 2019 – 20, 6).

7 – Ir. Francisco com jovens em Santa Maria, na Via Lata

Medidas: 50 x 35 cm. Vertical
Materiais: Cartolina para óleo sobre tábua
Cores: A óleo. Complementares matizados e secundários com branco

Cena imaginada, que apresenta o Ir. Francisco instruindo um grupo de jovens que o rodeia, todos usando camisetas de grupos maristas. Ao fundo, o céu e a igreja de Maria na Via Lata. Vê-se também um personagem da Cúria e uma mãe com menino.

“Francisco esteve ali pelo menos em 5 ocasiões diferentes. A primeira em 12 de março, quando completava 50 anos.

Esteve também nesta igreja quando da celebração da festa da Visitação de Maria, celebrada com grande solenidade: Missa pontifical com canto e música pelos cantores do Papa. Os auditores da Rota participam com batina roxa e capuz vermelho. A tradição diz que neste lugar foi a morada de São Lucas, hospitalidade para São Pedro e prisão domiciliar para Paulo de Tarso enquanto esteve em Roma a espera de julgamento; uma declaração similar se faz também da igreja de São Paulo em Regola”.  (H. Antonio Martínez Estaún).

8 – Despedida de Roma do Ir. Louis-Marie (15-04-1858)

Medidas: 46 x 35 cm. Vertical
Materiais: Cartolina para óleo sobre tábua
Cores: A óleo. Complementares matizados e secundários com branco

Cena imaginada com os Irmãos Francisco e Louis-Marie. Ao fundo, a igreja dos Doze Apóstolos e o antigo palácio Colonna, à direita, que foram tomados de uma gravura antiga. Completam a cena, um casamento nobre, homem, mãe com criança levando um objeto, homem de alto cargo da Cúria.

O Ir. Francisco faz uma descrição da igreja:

“A igreja dos Santos Apóstolos, de origem Constantina, guarda no altar maior o corpo de São Felipe e São Tiago, o menor, irmão de São Judas e parente da Santíssima Virgem. (…) Tem um pórtico fechado com portas e grades de ferro; três naves divididas por colunas; tumba de São Clemente XIV, de forma piramidal. Cripta. Pequeno porão. Poço rodeado de grade”. (citado pelo Ir. Antonio Martínez Estaún, Folheto rota mariana 1. 2019-20, pág. 3).

O Ir. Louis-Marie volta para a França depois de uma segunda audiência, em 15 de abril de 1858.