No ano de 1832 o Pe. Champagnat viajou duas vezes a Paris com a finalidade de obter a aprovação legal do Instituto, sem lograr êxito no seu objetivo. Esteve na capital francesa de 10 de janeiro a 12 de abril e, depois, no período de 20 de maio a 23 de junho. Voltou a l?Hermitage decepcionado com o ministro da Instrução Pública sr. Antoine Nicolas Salvandy, que sempre inventava novas exigências para justificar o não reconhecimento oficial do Instituto. Os sacerdotes, bispos e autoridades civis das localidades, onde os Irmãos atuavam, forneceram declarações de plena satisfação com a atuação dos Irmãos nas escolas. Tais papéis e declarações engrossavam sempre mais a documentação que o Pe. Champagnat apresentava ao ministro Salvandy. D. Alexandre Devie, bispo de Belley, sempre apoiou o Pe. Champagnat, pessoalmente e por meio de pessoas influentes que conhecia em Paris. Nesta carta ele anuncia a aprovação imediata do Instituto, segundo o que ?ouvira falar?. Na verdade nada aconteceu e o processo continuou engavetado em Paris. Em carta posterior, D. Alexandre incentivará ainda o Fundador, sugerindo novo procedimento para o processo (Carta nº 175).

Bourg, 29 de agosto de 1838.

Senhor:

Não sei, sr. padre, em que lugar a minha carta vos encontrará. Dirijo-a a lHermitage para anunciar-vos que a aprovação dos vossos Irmãos vai ocorrer. É o próprio ministro que me diz isto por intermédio de Sua Excelência o bispo de Gap.

Devo estar em St. Didier ou arredores nos dias 7, 8 e 9 de setembro. Se fordes lá, teria muita satisfação em conversar convosco. Contai com a segurança da minha dedicação,

+ ALEXANDRE RAYMOND, bispo de Belley.

Edição: S. Marcelino Champagnat: Cartas recebidas. Ivo Strobino e Virgílio Balestro (org.) Ed. Champagnat, 2002

fonte: AFM 128.14