Da parte do arcebispado de Lião, o Pe. Cattet comunica ao Pe. Champagnat algumas concessões relativas aos sacerdotes maristas: aceitação do Pe. Fontbonne para atuar em Valbenoîte, onde já estava o Pe. Séon; autorização para que o Pe. Bourdin, do grupo de l?Hermitage, possa ir à diocese de Belley para lecionar no Seminário Menor. A autorização é restrita ao caráter de padre diocesano do Pe. Bourdin, sem entrar no mérito de Congregação supradiocesana, que a Sociedade de Maria pretendia obter. Quanto ao Pe. Chanut, ao qual a carta se refere, trata-se de outro candidato que o Pe. Champagnat conquistara para a Sociedade e que permaneceu em l?Hermitage durante certo tempo, em 1831.

Lião, 16 de setembro de 1831.

Senhor:

O assunto do Pe. Fontbonne estava mais adiantado do que imaginava, quando tive o prazer de ver-vos. O Pe. Fontbonne foi nomeado vigário de Valbenoîte. Espero que a Providência, que presidiu a este concerto, há de abençoá-lo.

Por solicitação do sr. bispo de Belley, o Conselho de Lião permite que o Pe. Bourdin ensine humanidades no seminário menor de Belley. É cessão que o sr. arcebispo faz do Pe. Bourdin, na qualidade de padre secular diocesano; sob qualquer outro título, não poderíamos assim agir neste momento.

Como estais satisfeito com o Pe. Chanut e como ele próprio se crê chamado à vossa obra e nela se compraz, estamos dispostos a deixá-lo convosco, mas cumpre que ele complete os estudos que ainda não fez. A nossa opinião é que avanceis com mais vagar nos empreendimentos, porquanto vivemos em tempos pouco propícios.

A minha amizade e toda a minha dedicação, CATTET, vigário geral.

Edição: S. Marcelino Champagnat: Cartas recebidas. Ivo Strobino e Virgílio Balestro (org.) Ed. Champagnat, 2002

fonte: AFM 124.09