Carta de Marcelino – 257

Marcellin Champagnat

1839-06-27

Quem intercede agora para conseguir Irmãos em favor de Curis e Albigny é o Vigário Geral de Lião.
A paróquia de Albigny pedia há seis anos, mas tinha poucos habitantes, só uns 400, o que reduzia tanto o número de alunos que um Irmão sozinho daria conta.
Os cálculos que faziam dos gastos de fundação não tomavam em conta certas despesas, tão avultadas quer se tratasse de dois Irmãos, quer de um só.
Mais adiante, nas cartas no 301 e 302 o Padre Champagnat se encarregará de propor uma solução viável.

Não me lembro de ter feito nenhum convênio com Albigny. A obrigação que tenho em mãos foi assumida na minha ausência pelo senhor Souvanan, a pedido do Padre Loire, pároco de Curis, que, segundo o que contava ele mesmo, tencionava não fundar mais do que um estabelecimento para as duas paróquias. O Padre Marin, pároco de Albigny com quem tive a honra de conversar ultimamente, me disse que não poderia nunca arcar com as condições exigidas pelo nosso prospecto.
Senhor Vigário Geral, mesmo pelo direito natural, é necessário absolutamente que um funcionário, qualquer que seja o combinado, tenha comida e roupa.
Ainda que em nosso prospecto último, impresso em 1837, tenhamos elevado o pagamento de dois Irmãos para mil francos, ficamos mesmo assim bem abaixo do que exigem as outras instituições que têm o mesmo fim; mas, estamos vendo que em breve será necessário que nos equiparemos a elas.
Inúmeras razões teria a aduzir em favor disto, mas uma simples carta não me permite detalhá-las. Aliás, tenho esperança de ir vê-lo dentro em breve. O fato de ser Irmão de Maria não reduz as necessidades ordinárias da vida. Cada ano vemos com muito pesar aumentar o número de inválidos em nossas fileiras.
Digne-se aceitar a confirmação de sincero devotamento etc.
Champagnat

Edição: Marcelino Champagnat. Cartas - SIMAR, São Paulo, 1997

fonte: Daprés la minute, AFM, RCLA 1, p. 126, nº 151

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