Carta de Marcelino – 258

Marcellin Champagnat

1839-07-17

Houve um mal-entendido entre o Bispo e o Padre Champagnat. Dom Bénigne, na carta do dia 21 de janeiro, endereçada a ele pelo Padre Champagnat, não prestou atenção ou esqueceu depois o seguinte detalhe: O Irmão irá para lá (Semur) cuidar dos postulantes, logo que V. Excia. julgar oportuno. E ficou aguardando ordens.
Vendo o Bispo que o Padre Champagnat não mandava ninguém, escreveu ao Padre Colin, o qual deve ter interpelado Champagnat. Daí, a carta que vamos ler.
Enquanto Champagnat aguardava a ordem do Bispo, ruiu parte da casa em Semur. Será que é preciso tirar os Irmãos de Semur?

Excia. Revma.,
O Padre Superior Geral de nossa Sociedade acaba de me fazer chegar às mãos uma pergunta que V. Excia. fez a ele ultimamente, com respeito ao castelo de Vauban. Após ter relido atentamente as minhas cartas, de 7 de janeiro deste ano e do dia 21, que foram respostas às cartas que V. Excia. houvera por bem dirigir-me, tenho a honra de assegurar-lhe que continuamos com idênticas disposições. Continuamos pensando em mandar um Irmão a mais para Semur, ao primeiro sinal que V. Excia. nos der, aguardando a Festa de Todos os Santos de 1840.
Nosso parecer é que a moradia dos Irmãos, em Semur, não foi achada em condições, visto que tudo tinha ficado na mesma. O que comprova aquilo que estou pensando é que chegou a seguinte notícia: Desmoronou uma parte do que servia de alojamento para os Irmãos. Estarei obrigado a retirar os Irmãos deste município até que arrumem uma casa ad hoc. Se V. Excia. quiser começar em Vauban, os Irmãos de Semur estarão à sua disposição imediatamente.
É com alegria que aproveito de mais esta ocasião para apresentar a Vossa Excia. minha respeitosa homenagem e reiterar o perfeito e sincero devotamento, com que tenho a honra de ser…

Edição: Marcelino Champagnat. Cartas - SIMAR, São Paulo, 1997

fonte: Daprès la minute, AFM, RCLA 1, p. 127, nº 153

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