10 de março de 2014 BRASIL

Província Brasil Centro-Norte

A formação conjunta e a nova relação entre Irmãos e leigos foi o tema escolhido para o fórum realizado na quinta-feira (20/02), durante o Encontro das Áreas da Superintendência de Organismos Provinciais da Província Marista Brasil Centro-Norte (SOP/PMBCN). O evento terminou no dia 21 de fevereiro, com a elaboração do planejamento estratégico de 2014.

Realizado de 18 a 21 de fevereiro, em Águas Claras/DF, o encontro reuniu mais de 30 Irmãos e leigos que integram o Comitê de Pastoral; as comissões de Formação e Vida Religiosa, de Patrimônio e Espiritualidade e do Laicato; a Coordenação do Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM); as subcomissões de Formação Conjunta e do Acervo Histórico; a Coordenação de Animação Vocacional e o Conselho Provincial.

O Encontro da SOP teve cinco objetivos específicos, são eles: Favorecer a partilha e integração das áreas da SOP; Dar a conhecer o trabalho desenvolvido por cada área; Construir interfaces entre as áreas da SOP; Refletir e aprofundar o sentindo da nova relação entre Irmãos e leigos da formação conjunta e espiritualidade Marista; e, Iniciar a elaboração do planejamento estratégico da Superintendência.

Para o fórum foram convidados colaboradores da Creche Irmãozinhos de Maria, do Colégio Marista Champagnat de Taguatinga, do Escritório Central, e integrantes do Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM). No fórum, três importantes temas foram abordados, são eles: Vida Religiosa e Relação com o Laicato, palestra ministrada pelo Ir. Adalberto Batista da PMBCN; Espiritualidade e Formação Conjunta, com a palestra do leigo João Luis Fedel da Província Marista Brasil Centro-Sul (PMBCS). E Vocações e Ministérios na Igreja, com a assessoria de Sérgio Coutinho da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

 

Debates

Para a discussão em grupo, Ir. Adalberto Batista fez a explanação do tema “Vida Religiosa e Relação com o Laicato” a partir do contexto histórico acerca do surgimento da Vida Religiosa Consagrada (VRC). Segundo o irmão, a chegada da cristandade no século IV criou categorias na Igreja, estruturas que separaram o povo dos ministérios (clero). A vida religiosa consagrada do inconformismo dos povos em relação ao comportamento das massas cristãs do Império Romano.

“A vida religiosa na época era formada por público masculino e leigo, que vivia no deserto ou até em grutas”, lembrou. De acordo com o Irmão, ao longo do tempo, a vida religiosa consagrada deixa de ser individual e passou a ser coletiva. A opção era pela vida em comunidade. A luz das reflexões, ele definiu a relação entre Irmãos e leigos como um processo que deve acontecer em situação de igualdade, com claro protagonismo dos leigos, e com atitudes de conversão para a comunhão ser cada vez maior.

A segunda palestra, assessorada pelo leigo João Luis Fedel, do Setor de Vida Consagrada e Laicato da Província Marista Brasil Centro-Sul (PMBCS), abordou o tema da “Espiritualidade e Formação Conjunta”. Na ocasião, Fedel esclareceu que para os cristãos o estilo de ver o mundo e de se relacionar com as pessoas se passa a partir da experiência de Jesus. Na oportunidade, ele fez referência ao documento do Instituto Marista “Água da Rocha”, que define a espiritualidade Marista. “É Cristã, de modo Marial e apostólico. É a espiritualidade encarnada de Marcelino Champagnat”, completou.

Fedel citou, ainda, as características essenciais para garantir a formação conjunta entre irmãos e leigos: a experiência de amor, jeito de Maria (mãe e discípula), espírito de família e simplicidade, dentre outras. “O foco não é a formação em sentido de conteúdo, mas de descobrir o que nos une e nos diferencia. O grande desafio é o processo de discernir como fazer esse caminho”, acrescentou.

A última palestra do fórum foi apresentada pelo leigo Sérgio Coutinho, que acompanha as comunidades eclesiais de base na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Para iniciar o debate sobre o tema “Vocações e Ministérios na Igreja”, ele começa o diálogo a partir de dois questionamentos: o que são carismas e o que entendemos disso?.

Para esclarecer, Coutinho relembra textos do papa João Paulo II, que sintetizam carismas como “dons que podem assumir as mais variadas formas. “O Carisma de Champagnat teve a capacidade de movimentar várias obras de irmãos e também o movimento de leigos. É o carisma que inspira pessoas a assumir trabalhos e ofícios”, destacou. Coutinho finalizou explicando que o diálogo entre irmãos e leigos é a arte da unidade na diversidade realizada pelo espírito.

 

 Síntese

Após as palestras do fórum, seis grupos se reuniram para, a partir da reflexão sobre formação conjunta entre irmãos e leigos, apontar o que enxergam como necessidades e possibilidades. Os participantes apresentaram algumas da necessidades, dentre elas a relação de comunhão com o leigo, potencializar os espaços de convivência, e acompanhamento diferenciado das comunidades mistas. Dentre as possibilidades, foram destacadas a inserção comunitária, pensar os momentos de formação com espaços para partilhas de vida, e potencializar os processos formativos que já existem.

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