A missão comparilhada, irmãos e leigos – Entrevista com o irmão Joaquim Panini

12/10/2007

O Irmão Joaquim Panini é um irmão marista brasileiro, veterano nos campos da educação, com boa formação em Filosofia, Letras Neolatinas, Ciências Religiosas e Planejamento Educativo. Fala fluentemente o espanhol, o francês, o italiano e, evidentemente, o português; defende-se no inglês.
Foi diretor de Juvenato e de Escolasticado, membro do Conselho provincial em vários períodos, coordenador provincial do setor pedagógico-pastoral dos colégios, membro e coordenador das duas Equipes de Reflexão que assessoraram, por muitos anos, as Conferências de Provinciais: do Brasil (EMIR: Equipe Marista Interprovincial de Reflexão) e da América Latina (ELAMAR: Equipe Latino-americana Marista de Reflexão).
Foi Secretário executivo do Departamento de Educação do CELAM (DEC ), durante 4 anos. Assessor de mais de 50 Províncias ou Congregações Religiosas, em nível mundial, latino-americano e nacional, para processos de renovação da vida religiosa, por mais de 20 anos. Presidente nacional da AEC/BR (Associação de Educação católica do Brasil (Brasília), por 10 anos. Assessor da CLAR (Conferência Latino-americana de Religiosos) e da CRB/BR (Conferência dos Religiosos do Brasil), por mais de 10 anos.
Membro do Conselho da OIEC (Organização Internacional de Educação Católica (Bruxelas) por 5 anos. Atualmente é membro da Equipe do Laicato Marista e Diretor geral do Colégio Marista Arquidiocesano, de São Paulo, com 3.500 alunos.
Encontrei-me com ele, em Las Avellanes, durante o ?Encontro internacional sobre processos de formação conjunta de irmãos e leigos?e fiz-lhe uma proposta para que me desse sua opinião sobre alguns aspectos do tema que nos reunia. O trabalho se estendeu e ocupou-nos muito tempo. Por isso, pediu-me que lhe formulasse as perguntas por escrito. Entrementes, teve que ser hospitalizado por problemas cardíacos. Durante sua recuperação, redigiu o trabalho que, agora, lhes repasso.

AMEstaún. Irmão Joaquim, este ?Encontro internacional sobre processos de formação conjunta de Irmãos e leigos? foi convocado para intercambiar os programas de ?formação conjunta?de irmãos e leigos. O senhor que viveu tantas iniciativas como primícias, considera-o como uma feliz iniciativa?
Panini.
Sim e muitíssimo. Finalmente, Simeão pode morrer, pois está participando do amanhecer de uma ?nova era?, a ?MISSÃO COMPARTILHADA ? IRMÃOS E LEIGOS?. Nova era, não somente para a Congregação marista, mas para Igreja universal. Não mais uma Congregação dos Irmãos Maristas, mas uma ?Congregação Marista?, formada por irmãos e leigos maristas, em pé de igualdade, no essencial:
a) quanto à importância;
b) quanto à eficiência evangélica;
c) quanto à opção pelos valores evangélicos;
d) quanto à santidade.
Há uma diferença no modus vivendi: os Irmãos levam vida religiosa em comunidade, procurando ser sinal dos valores transcendentes e da vida futura. Os leigos, casados e solteiros, são chamados ser sinal da imanência ou presença de Deus: fermento de Cristo, na vida cotidiana e sinal da Igreja, no mundo.
Essa ?nova aurora?, anunciada pelo encontro, eu já a vivia, em tríplice modo:
a) por inúmeros contatos com bispos proféticos, da Igreja do Brasil e da América, especialmente os sábios e santos Dom Hélder de Barros Câmara, Dom Cândido Padim e Dom Luciano Mendes de Almeida;
b) pela participação ativa, na busca de renovação da vida religiosa, com seus líderes no Brasil (CRB) e na América (CLAR);
c) porque os superiores provinciais me permitiram realizar experiências muito originais de formação e missão compartilhada. Quinze anos antes da publicação da circular do Irmão Charles Howard, sobre o MChFM, já coordenava uma equipe nacional de irmãos e leigos animadores de 15 Fraternidades e 10 outras, em formação.
Meu sonho, é que na congregação não haja mais ?analfabetos maristas?, isto é, irmãos ou leigos que ignoram o carisma marista como dom e patrimônio, à disposição de todos, em vista da missão que Marcelino nos legou. Ignorar a comunhão e participação no carisma parece-me uma ?traição de lesa-identidade?, desfigurando a herança deixada por Champagnat e pelos primeiros Irmãos.

Como entende o que, neste encontro, vem sendo chamado de ?formação conjunta? de irmãos e leigos?
Os fundamentos que legitimam essa formação conjunta devem ser procurados na identidade do irmão e do leigo marista. São muito iluminativas as palavras do Irmão Superior Geral: O fundamento da parceria entre os leigos maristas, homens e mulheres, e os irmãos de Marcelino repousa sobre uma missão comum e um apelo profético que partilhamos, através do nosso batismo. Ser parceiros, significa muito mais do que trabalhar juntos; é partilhar uma mesma fé, amar profundamente Jesus Cristo e fazer a experiência comum de permitir que Marcelino Champagnat conquiste nossos corações e tome posse da nossa imaginação.? ( Encontro de Leigos Maristas e dos membros da Comissão do Laicato, Roma, maio de 2005)
O maior fundamento, no entanto, é o ?princípio teológico da universalidade do chamado à santidade? proclamado pelo Concílio Vaticano II. De fato, pelo batismo, todos somos ?consagrados? em Cristo, e ?vocacionados? ou chamados a conhecê-Lo, a segui-Lo e a assumir a responsabilidade pela missão de torná-Lo conhecido e amado.
Em nosso batismo está radicada a vocação universal à santidade e o compromisso missionário. Compartilhamos as políticas de formação e o testemunho de vida, enriquecemo-nos na intercomplementaridade e na reciprocidade, embora distintos na encarnação vocacional de nossa resposta ao Senhor. Ao descobrirmos conjuntamente nossa identidade, com os contornos que lhe são próprios, poderemos assumir processos de formação conjunta, na busca de novos paradigmas.
É importante examinar:
1.O que significa para nós, irmãos e leigos, compartilhar a identidade marista?
2. Que tipo de processos de formação conjunta isso implica?
3.Quais são os eixos que dão consistência à nossa identidade e ao processo de formação conjunta?

Ao propormos uma ?formação conjunta? para irmãos e leigos, significa que teremos uma formação específica para o leigo e uma formação específica para o irmão?
Sim e não, sobretudo hoje em dia com o aumento substancial de leigos da segunda geração, isto é, de leigos que nunca conviveram com os Irmãos e a diminuição do número de leigos da primeira geração, que conviveram longos anos com os Irmãos. Seja com for, é fundamental garantir que no processo da formação, tanto conjunta quanto específica, de Irmãos ou Leigos, sejam salvaguardados três princípios básicos de um processo de formação:
1. O princípio da realidade das pessoas, de acordo com sua história;
2. O princípio do conteúdo formativo que ?deve ser o de uma formação integral?, garantindo suas três dimensões básicas:
a) a dimensão humana e pessoal, no nível antropológico com os aspectos:
físico, psíquico, ético, moral e da espiritualidade humana;
b) a dimensão profissional subdividida em dois níveis:
– o nível acadêmico, professoral: ensino-aprendizagem;
– o nível educacional, pastoral, social e administrativo;
c) e a dimensão institucional marista em seus três níveis:
– em nível de carisma marista, dom conferido a Marcelino, mas patrimônio de todos;
– em nível de missão marista: ?Tornar Cristo conhecido e amado na escola de Maria?;
– em nível de espiritualidade marista, apostólica e marial.
3. O princípio da formação continuada entendida como formação em serviço, isto é, vivenciada no local de trabalho, irmãos e leigos em convívio diário. É nesse contexto concreto, que tudo pode ser vivenciado conjuntamente, facilitando uma formação como processo e não como um simples evento.

O senhor crê que, no futuro, teremos leigos como formadores responsáveis por processos de formação para irmão?
Sim e, dever-se-ia, intencionalmente, programar tais processos de formação com leigos formadores, talvez desde a formação inicial dos Irmãos e não só na formação continuada. Isso ajudaria, entre outras coisas, a prevenir-nos face à concepção de que apenas o Irmão é quem forma o leigo. Será enriquecedora uma equipe de formadores constituída por irmãos e leigos.
Talvez seja oportuno recordar aqui o grande princípio pedagógico de Paulo Freire: ?Ninguém forma ninguém. É cada um que se forma, mediado pela comunidade?. A equipe mista, de irmãos e leigos, somará experiências diversas, sínteses diferenciadas e concepções pluralistas. Não esqueçamos o que parece ser um consenso: ?A formação que não é filha da participação, será filha da perdição?.

Quais são os pontos de partida para fundamentar uma ?formação conjunta? de irmãos e leigos?
Resumiria esses ?pontos de partida?, em 11 pilares capazes de garantir um ?possível novo paradigma, no processo de formação compartilhada, irmãos e leigos, em vista da missão marista?. Aqui, posso apenas enumerá-las, sem explicitar seus conteúdos. Quem tiver interesse sobre a explicitação de cada um desses pilares, pode consultar o Secretariado dos Leigos: www.champagnat.org.

Para fundamentar uma ?formação conjunta? de irmãos e leigos, é imprescindível garantir:
1. um processo de formação, tendo clara a identidade de irmãos e leigos;
2. um processo de formação como educação integral;
3. um processo de formação permanente e continuada, levando em conta a distinção e a intercomplementaridade, entre ambos;
4. um processo de formação como experiência, não como simples curso acadêmico;
5. um processo de formação compartilhada;
6. um processo de formação iluminada pelo carisma, pela espiritualidade de Marcelino e pela missão que nos legou;
7. um processo de formação contextualizada;
8. um processo de formação assegurada por equipes provinciais e locais de formadores;
9. um processo de formação viabilizada por recursos humanos, materiais e financeiros, tanto em nível provincial como local;
10. um processo de formação assegurada pela unidade, em nível de princípios, procedimentos, linguagens, sentimentos e compromissos das pessoas;
11. um processo com mediações que o mantenham vivo e vitalizador.

O que já temos realizado, nesta questão da ?formação conjunta? de irmãos e leigos?
A resposta a esta pergunta precisa ser considerada em âmbito congregacional, provincial e local.
1. A meu ver, as conquistas, em nível de Instituto, são significativas. Permito-me enumerá-las:
a) O lançamento, pelo Irmão Charles Howard, do Movimento Champagnat da Família Marista, em 1990, quando nele percebe bênção e alegria, pelo fato de o carisma do Fundador crescer no coração de muita gente e provocar novas fontes de vida.
b) O documento do XX Capítulo Geral ?Escolhamos a vida? (2001), no item ?C?: Com os leigos: alargar o espaço da tenda – nele temos orientações sábias e corajosas sobre a missão compartilhada de irmãos e leigos.
c) A criação do Secretariado dos Leigos com o objetivo de criar condições para alargar o espaço da tenda das comunidades e acolher as inúmeras vocações leigas maristas que Deus nos envia generosamente.
d) O recente ?Encontro internacional sobre os processos de formação conjunta de irmãos e leigo para a Missão marista?. A meu ver foi um grande clarão que despertou o mundo marista, no sentido de rever seriamente o atual paradigma adotado pelas Unidades Administrativas, nos processos de formação conjunta.
e) O encontro de leigos maristas, provenientes de 20 províncias dos cinco continentes, com os membros da comissão internacional do laicato marista, realizado em Roma, de 26 a 29 de maio 2005, visando a três objetivos:
1. Ouvir alguns representantes que estão ativamente implicados na animação do movimento dos leigos;
2. Conhecer quais são suas aspirações e necessidades de apoio;
3. Pedir-lhes, ao mesmo tempo, a opinião sobre como proceder para caminhar juntos.
f) A última Circular do Irmão Seán D. Sammon, Superior Geral: ?Tornar Jesus Cristo conhecido e amado: a Vida Apostólica Marista hoje?, dirigida a irmãos e leigos. Nela, não fala em vida apostólica dos Irmãos, mas em vida apostólica marista, ou seja, dos irmãos e leigos que realmente queiram ser Champagnat, nos dias de hoje.
g) MISSÃO EDUCATIVA MARISTA ? Um projeto para o nosso tempo, documento oficial do Conselho geral para orientar a missão educativa do Instituto, em resposta ao mandato do XIX Capítulo Geral, de 1993.

2. Quanto ao nível provincial, as experiências – apresentadas no Encontro internacional sobre os processos de formação conjunta de irmãos e leigos, para a missão marista – revelaram esforços significativos das Unidades Administrativas, no sentido de investir na valorização e formação das vocações leigas maristas.

3. Com relação ao nível das Comunidades e das obras, há ainda muito a conquistar, a iniciar pela consciência de que é o nível mais importante da formação compartilhada e insuficientemente valorizada.

Poderia fazer uma avaliação pessoal dos programas de formação conjunta que foram apresentados, neste encontro?
Na percepção que tenho sobre os pilares que garantem um possível paradigma novo, no processo de formação compartilhada, irmãos e leigos, em vista da missão marista, já os elenquei, sinteticamente, na 6ª resposta desta entrevista. As experiências apresentadas no Encontro, em Las Avellanas, sinalizam aspectos positivos e, ao mesmo tempo, insuficientemente conquistados. Enumero os principais, na perspectiva de um possível novo paradigma no processo de formação compartilhada, irmãos e leigos.
1) Aspectos positivos comuns
a) Esforço das Províncias em torno da formação para os leigos;
b) Criatividade nos programas de acordo com as necessidades e possibilidades;
c) Significativas estruturas provinciais de apoio, inclusive de apoio local, em vários casos;
d) Tentativas de promover processos e acompanhamento, apesar de não terem sido tão freqüentes;
e) Todas as experiências centradas na pessoa de Champagnat, assim como no carisma, na espiritualidade e na missão que nos legou.
2. Aspectos insuficientemente conquistados
1. São insuficientes os processos de formação, quando falta clareza em relação à identidade dos irmãos e leigos. À luz do ?princípio teológico da universalidade do chamado à santidade?, proclamada pelo Concílio Vaticano II, precisamos aprofundar o que nos aproxima e o que nos distingue.
3. Pareceu-me insuficiente a integralidade, num processo de formação, levando em conta as três dimensões básicas: a humana (pessoal), a profissional e a institucional marista. O irmão e o leigo são maristas, com distinções, em cada uma dessas dimensões, no todo.

4. Considero insuficiente, de modo especial, o processo de formação permanente e continuada, levando em conta a distinção e a intercomplementaridade. É fundamental a ?formação em serviço?, vivenciada no local de trabalho.

5. Precisa ser reforçada a formação como experiência e como processo. Realmente, apenas o que é vivencial e participativo gera aprendizado significativo. Por isso, deve haver o cuidado de não privilegiar processos de formação simplesmente acadêmicos ou ministrados para, e não com, os leigos, pouco participativos e corresponsáveis.

6. Merece maior cuidado ainda, a garantia de que os processos de formação conjunta sejam assegurados, por uma equipe provincial e por equipes locais mistas de formadores, atualizados e sustentados, por sua vez, por mediações semanais e diárias que os mantenham vivos e revitalizados.

Esses programas refletem o caminho que os irmãos e leigos percorreram?
Creio que sim, mas não totalmente. Sim, porque as experiências apresentadas sinalizam uma caminhada já conquistada, pelo menos no sentido de ?maristizar? os leigos e as obras das diversas unidades administrativas da Congregação. Não traduzem, porém, a realidade total porque sei de províncias que já caminharam muito mais do que foi apresentado, ao passo que outras, somente agora, sentem-se chamadas a pensar mais seriamente na missão compartilhada, sobretudo pelo fato de a compreensão da identidade não estar muito clara. Com isso não faço acusações. Para planejar e promover um processo de formação compartilha é preciso ter claro ?o para quê?, sobretudo em termos de identidade, irmãos e leigos.

Que desafios tem, atualmente, o Instituto para dar uma resposta ao laicato marista?
A meu ver, os desafios que o Instituto precisa enfrentar, na atual conjuntura, a partir dos esforços e conquistas já realizados, encontram-se em três níveis: em nível de Instituto como um todo, em nível de Unidades Administrativas e em nível de Comunidades e obras existentes.
1. Os desafios em nível do Instituto poderiam ser, na perspectiva de minha visão:
a) Continuar a fortalecer o Secretariado dos Leigos em Roma, mediante uma equipe que inclua leigos; e estimular o acesso ao blog do Secretariado, para maior intercâmbio de reflexões e propostas.

b) Valorizar mais os pronunciamentos do Governo geral, com o objetivo de legitimar a ?nova aurora? que nasce, com relação à missão compartilhada, irmãos e leigos;
c) Continuar os esforços na elaboração aprimorada do documento sobre o Leigo a ser apresentado, no Capítulo geral de 2009.
2. Os desafios em nível de Unidades Administrativas:
Neste nível, deveremos superar programas e procurar gerar processos de formação conjunta, que levem à vivência e à missão próprias dos educadores maristas.
3. Quanto aos desafios em nível de Comunidades e de obras devemos convencer-nos que é aí que se situa a problemática e, portanto, o foco a ser atacado; e isso, por vários motivos: a diminuição dos irmãos, gerando dificuldades para a formação compartilhada; a importância da autoridade, legitimada pelo testemunho de vida e pela competência profissional; o acréscimo dos leigos que tiveram pouco contato com os irmãos; assim como o cuidado a ser dado aos processos locais de formação conjunta, evitando de confundi-los com programas e cursos.

Em algum momento parece-me ter ouvido dizer que os Irmãos dificultam uma feliz integração dos leigos nas obras maristas?
Sim, a meu ver, nós Irmãos deveríamos ser os protagonistas do processo de ?ampliar o espaço da tenda do carisma marista, desdobrar sem constrangimento as cortinas que abrigam, alongar as cordas e consolidar as estacas? (Is 54,2), pois somos os primeiros depositários desse ?dom e patrimônio comum? que Champagnat nos legou.
Entretanto, podemos ser vítimas de culturas tradicionalistas que prejudicam o processo da formação compartilhada, tais como: a visão piramidal da Igreja; a idéia de que a vida consagrada é um estado de perfeição e o laicato não o seria; a concepção de que somente o clero e os religiosos sabem e ensinam; e a insuficiente importância dada ao testemunho e à competência profissional, fatores básicos de confiabilidade, conforme afirma Paulo VI: ?Os homens e as mulheres de hoje escutam mais as testemunhas do que os mestres; e se escutam os mestres, é porque são testemunhas?.

Estamos a caminho para Mendes, para o I Encontro internacional da Missão marista. Como vê, Ir. Panini, esta iniciativa do Instituto?
Para mim, o I Encontro Internacional da Missão Marista vem a ser um convite e uma oportunidade para celebrar, aprofundar a corresponsabilidade e buscar novos caminhos para a realização da missão marista, no mundo de hoje: ?Tornar Cristo conhecido e amado?. Por isso, não tenho a mínima dúvida, de que este encontro de todas as províncias da Congregação, em torno da missão, constituir-se-á numa promissora ?nova aurora?, a proporcionar-nos:
a) novos horizontes;
b) processos comuns;
c) e a união de forças pela mútua ajuda, em nível nacional, regional e mundial.
Formulo os melhores votos para que, a partir de Mendes, se intensifique, em toda Congregação marista, um fluxo vital que revitalize toda a família marista, animada por um único Coração e uma única Missão. Que este coração seja irrigado por sangue purificado por dois possantes pulmões – os irmãos e os leigos ? revitalizando uma nova era da Missão Marista.

Que expectativas lhe suscitou, pessoalmente, o encontro, em Mendes?
Minha maior, para não dizer única expectativa, com relação ao ?Encontro Internacional da Missão Marista – um Coração, uma Missão? é que sejam conseguidos os objetivos pelos quais está sendo promovido. Despontará, então, uma NOVA AURORA no Instituto, anunciando um novo passo, uma nova era, na missão marista, assumida por irmãos e leigos, através de um compromisso compartilhado.
Para dar novo impulso ao compromisso que já vivemos, será preciso:
a) aprofundar a identidade do binômio Irmãos-e-Leigos;
b) conhecer e vivenciar o carisma legado por Champagnat e pelos primeiros Irmãos;
c) e, sobretudo, estabelecer processos de formação conjunta.

Que Deus, por Maria, nossa Boa Mãe, e São Marcelino, nosso Pai e Fundador, ajude os irmãos e leigos a contribuírem, generosamente, no fazer-acontecer a ?nova aurora?, que já desponta no Instituto marista:
– um só Coração uma só Missão;
– e missão compartilhada, irmãos e leigos.

São Paulo, 23 de junho de 2007
Irmão Joaquim Panini
Província Marista do Brasil Centro-Sul

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