Um coração uma missão – Assembléia internacional da Missão

14/02/2008

Comissão preparatória e Conselho geral analisam o acontecimento

Nos dias 12 e 13 de Janeiro de 2008, sábado e domingo, esteve reunida a Comissão encarregada dos preparativos e da realização da Assembléia Internacional da Missão Marista, com o objetivo de elaborar o parecer avaliatório, a ser apresentado ao Conselho geral. Durante o dia 14, segunda-feira, os dois organismos trabalharam juntos.

O trabalho da Comissão consistiu em avaliar o processo – tanto nas assembléias provinciais e regionais quanto na Assembléia Internacional, em Mendes – e em oferecer algumas sugestões ao Conselho geral, sobre a continuidade a ser dada aos temas tratados e às iniciativas suscitadas.

A Comissão e o Conselho geral consideraram que os objetivos propostos para a Assembléia foram amplamente alcançados. A Assembléia foi uma bem sucedida experiência de conexão internacional com todo o Instituto. Um matiz que aflorava com mais intensidade era a descoberta do sentido de constituir parte de um Instituto internacional. Essa conexão foi importante e sê-lo-á, ainda mais, no futuro. Para algumas pessoas, inclusive, foi o momento de iniciar um processo de conversão e para muitas, ofereceu a oportunidade de renovar o compromisso pessoal e de fortalecer a paixão pela missão marista. Muitas pessoas reconheceram que o Espírito Santo estivera muito presente, ao longo de todo o processo. Sublinhou-se a dimensão da corresponsabilidade em que foram comprometidos, em nível igual, irmãos e leigos. Foram dados novos passos sobre a compreensão da vocação marista dos Irmãos e leigos, embora esse tema necessite de maior aprofundamento, no futuro.

Quanto ao processo escolhido – com a inclusão de fases locais, provinciais e regionais para concluir no encontro de Mendes – considerou-se que foi uma escolha acertada e, para muitas províncias e regiões, constitutiu um instrumento valioso. Também foi muito apreciado o material produzido para apoiar os processos de preparação. A avaliação, que os próprios participantes fizeram, em Mendes, antes da conclusão, também foi muito positiva e de geral satisfação.

A Comissão, entretanto, detectou alguns pontos fracos, que foram arrolados por escrito, para que sirvam de ajuda a quem, no futuro, se assim for decidido, tiver que organizar uma Assembléia com essas características.

No encontro da Comissão com o Conselho geral, foi muito sublinhada, no documento final de Mendes, a percepção da voz de Deus, com alguns chamamentos ao Instituto, hoje, e perante os quais temos responsabilidade.

O Conselho também recebeu algumas sugestões da Comissão. O próprio Conselho vai estudar o modo de dar continuidade a essa Assembléia e de manter presente esse acontecimento do Espírito, na vida do Instituto, nos anos futuros; com efeito, algumas iniciativas serão levadas a efeito, imediatamente.

Ao término da reunião, o Ir. Seán Sammon, Superior geral, agradeceu a cada um dos participantes a formidável colaboração, o notável esforço realizado e o grande sentido de equipe com que foi feito o trabalho. Em sua intervenção, o Ir. Superior geral sublinhou que houve dois acontecimentos recentes e altamente significativos, destinados a marcar significativamente a história recente dos maristas: a Assembléia de Mendes e a Beatificação dos irmãos mártires.

Participaram da avaliação o Ir. Alphonse Balombe (R. D. Congo); o Sr. Chema Pérez Soba (Espanha), a Sr.ª Dilma Alves Rodrigues (Brasil), a Sr.ª Érica Pegorer (Austrália), o Ir. Juan Miguel Anaya (Administração Geral), o Ir. Pau Fornells (Administração Geral), o Ir. Pedro Herreros (Administração Geral), e o Ir. Emili Turú (Administração Geral). Por motivo de saúde, não pôde participar o Ir. John Y Tan (Filipinas).

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Entrevista a Dilma Alves Rodrigues, membro da Comissão preparatória da Assembléia Internacional da Missão Marista.

Dilma Alves Rodrigues trabalha na área social da Província Brasil Centro-Norte e foi membro da comissão organizadora da Assembléia Internacional de Missão marista. É uma das duas mulheres que fizeram parte dos trabalhos preparativos da Assembléia e uma das pessoas que assumiu a coordenação dos trabalhos realizados em Mendes. Em um momento de descanso, depois de ter tomado um café, conversamos com ela.

AMEstaún. Qual foi sua experiência pessoal durante a realização da Assembléia?
Dilma Alves.
Como participante da Assembléia, vejo o encontro como um dom divino, uma graça que recebi, pois aqui estamos gerando um momento novo no Instituto. Tudo aconteceu com muita alegria, com muita fraternidade. Era um grupo muito aberto aos apelos de Deus, ao chamado do Espírito para construir algo juntos, abrindo mão dos próprios pontos de vista e inclusive de convicções pessoais para integrar-se ao movimento maior, que, creio, é um novo pentecostes no Instituto Marista.

Você participou da preparação do encontro e provavelmente tinha grandes expectativas em relação à realização da Assembléia. Essas expectativas se concretizaram?
O encontro, com certeza, superou minhas expectativas. Acreditava que sairíamos com algo muito significativo e revelador ao Instituto. Mas o espírito vivido e a intuição com que as pessoas saíram de Mendes superaram as minhas expectativas. Algumas coisas foram confirmadas e houve também um chamado grande para que muitas convicções, que já temos, saíam do papel e sejam encarnadas no nosso dia-a-dia, na vida pessoal e comunitária, nas obras educacionais, sociais e pastorais.

Quanto ao futuro, quais os caminhos que você pensa que se abrem a partir da Assembléia?
Nós que participamos da Assembléia e aquelas que estavam em casa, cada uma, dentro da própria realidade, caminhará de forma nova, abrindo novos horizontes. Fazemos caminho na medida em que vamos avançando. Todos, na própria realidade, ouvindo o apelo da Assembléia, encontrarão um modo de significar o que aconteceu em Mendes.

A Assembléia contou com irmãos e leigos. Sublinhou-se muito a palavra ?leigas?. Como foi a presença da mulher na Assembléia?
As mulheres, que aqui estiveram presentes, receberam um chamado especial de Deus. Eram em número menor, mas tinham muita vontade de participar e contribuíram de forma significativa e com muita sensibilidade para o sucesso da Assembléia.

O documento final recolhe aquilo que foi dito durante o encontro? Você acredita que é uma boa síntese?
Creio que sim. Cada grupo que trabalhou com um tema, ás vezes até abriu mão de suas próprias convicções e desejos para acolher aquilo que a Assembléia julgava mais importante. Pode ser que alguém tenha saído de Mendes não tão contente com o documento, mas certamente ele retrata aquilo que a Assembléia quis transmitir.

Maria e Marcelino estiveram muito presentes durante a Assembléia. Como você viu a presença deles?
Todos os dias, pela manhã, buscamos encarnar o espírito de Maria, o espírito de cuidado, o espírito maternal e seguir nos lembrando que estamos aqui porque seguimos o sonho de São Marcelino Champagnat. Esse foi o grande chamado.

A casa de Mendes, o local, trouxe algo de especial ao encontro?
Acredito que sim. O Ir. Claudino, provincial da Província Marista Brasil Centro-Norte, nos marcou quando disse que estávamos pisando um solo sagrado. Tivemos uma influência muito interessante do significado de Mendes para os Maristas do Brasil. Com certeza isto nos deu ânimo e um espírito novo.

Qual a sua impressão, a sua avaliação pessoal da Comissão que preparou a Assembléia? Como você se sentiu dentro dela?
Ao longo da minha vida trabalhei dentro de várias comissões, dentro e fora do mundo marista. Essa foi talvez a mais significativa pelo fato de ser uma comissão internacional. Somos muito diferentes no jeito de sentir e fazer as coisas e isso resultou numa integração maravilhosa. Já estou com saudade dessa comissão, agora que terminamos no nosso trabalho.

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