Segundo dia do Simpósio Marista
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Na terça-feira, 5 de dezembro, durante o Simpósio Marista “Fontes e Mananciais”, foram propostas 3 palestras e, na última sessão, os participantes puderam escolher um entre três seminários sugeridos.
A primeira palestra foi a continuação do tema tratado no dia anterior pelo Ir. André Lanfrey, “A origem dos Irmãos Maristas na Sociedade de Maria”. A reflexão desse dia abrangeu o período posterior à morte de São Marcelino Champagnat, os períodos sob a tutela do Padre Colin (1840-1852) e a afirmação de sua própria identidade diante da autoridade papal e dos Padres Maristas (1852-1863).
Na segunda parte da manhã, Angelo Ricordi, da Província Brasil Centro-Sul, falou sobre a Espiritualidade do Coração. Ele trabalha como investigador ligado ao Memorial Marista de Curitiba e à Cátedra Ir. Francisco Rivat da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Sua tese “Uma leitura certeaunia das origens da Espiritualidade Marista” aborda a importância dos manuscritos do Fundador e dos primeiros Irmãos maristas na construção da espiritualidade do Instituto. Com essa conferência, Angelo quis realçar a importância do “retorno às fontes”, bem como de sua hermenêutica para a atualidade do que entendemos por espiritualidade marista em nosso tempo. Para isso, procurou demonstrar que todas as expressões utilizadas ao longo da história do Instituto para compreender a sua espiritualidade, tais como “o espírito do Instituto”, “espiritualidade apostólica marista”, “espiritualidade do padre Champagnat” e, agora mais recentemente, “espiritualidade do coração”, são releituras históricas e contextualizadas que podem ser englobadas naquilo que denominamos espiritualidade marista.
À tarde, os participantes assistiram à conferência do Ir. Manuel Mesonero Sánchez, que é professor no Colégio Villalba (Madri) e delegado dos grupos MarCha do Colégio. O Ir. Manuel publicou oito livros sobre Marcelino. Sua palestra foi intitulada “Das trevas à luz. A transição do ascetismo para o misticismo em Marcelino Champagnat” e apresentou a figura de Marcelino na transição do ascetismo para o misticismo. Situou Marcelino em La Valla e em l’Hermitage, mostrando as características de sua vida ascética, e depois narrou os acontecimentos que o levaram à “noite escura”. Finalmente, concluiu apontando o impacto que esses eventos tiveram sobre ele e o significado que deu a esse período quando dele saiu.
O final da tarde desse segundo dia do simpósio foi marcado por três propostas que se realizaram contemporaneamente. Cada participante escolheu participar em uma delas:
- Cartas pessoais do Ir. François – Ir. Antonio Martínez Estaún (Província de l’Hermitage)
- Patrimônio Espiritual Marista e identidade institucional: narrativas visuais, digitais e experiências multissensoriais – Dyogenes Philippsen Araujo (Província Brasil Centro-Sul)
- Mostra e explicação de obras do Arquivo Geral: Dorotea Cinanni (diretora do arquivo da Casa Geral) e Ir. Colin Chalmers (Distrito West Central Europe).
A celebração eucarística concluiu a última jornada do Simpósio.
