24 de agosto de 2017

Brasil Centro-Norte lança 28 publicações sobre economia solidária em Braille

Inéditos no Brasil, o material se destina a pessoas com deficiência visual, e os vídeos com janelas em Libras.

O Instituto Marista de Solidariedade (IMS), unidade de assessoramento da Província Marista Brasil Centro-Norte/PMBCN, lançou 28 publicações e vídeos relacionados à produção de conhecimento do projeto Centro de Formação e Apoio à Assessoria Técnica em Economia Solidária – Rede CFES Sudeste. O destaque são os conteúdos de economia solidária em Braille, linguagem adaptada a pessoas com deficiência visual, inéditos no Brasil, e os vídeos com janelas em Libras (Linguagem Brasileira de Sinais).

As publicações foram agrupadas em duas coleções, chamadas Trilhas Educativas e Trilhas da Inclusão. A primeira é voltada à formação dos educadores da economia solidária, com abordagens de aprofundamento conceitual e metodologias. A segunda se destina ao público do cooperativismo social, que inclui pessoas em situação de vulnerabilidade social, como deficientes, trabalhadores da saúde mental, catadores egressos do sistema prisional, dentre outros.

Segundo a diretora do IMS, Shirlei Silva, por meio da coleção Trilhas da Inclusão muitas pessoas poderão ter acesso fácil e serem inseridas na formação que o projeto promove. “Foi desafiante e ousado produzir os materiais. Nossa proposta sempre foi a construção de metodologias para multiplicadores da economia solidária. No entanto, a perspectiva marista é de sermos inclusivos, ao possibilitar que o maior número possível de pessoas acesse o conhecimento. Com a prática, percebemos que muitos estavam à margem e foi pensando neles que produzimos estes materiais”, explica a diretora.

De acordo com a professora aposentada de Braille, educadora da economia solidária e deficiente visual, Maria de Fátima Pinto Vulp, despertar no cego o desejo de querer ler e conhecer a economia solidária é um dos ganhos que as Trilhas da Inclusão promoverão ao público-alvo. “Acreditamos que o cego deve estar informado de tudo no mundo. A economia solidária está em evidência, está acontecendo e o cego não pode ficar à margem. É necessário que ele a conheça. A inclusão passa pela educação, portanto, o acesso é um primeiro passo para despertar nele o desejo de querer e de buscar”, explicou a professora que é moradora de Vila Velha (ES) e atua na Unicep (União dos Cegos Dom Pedro II).

O projeto Rede CFES Sudeste, que se encerrou em junho, foi executado pelo IMS durante oito anos e articulado em convênio com o governo federal, por meio do Ministério do Trabalho, com apoio e parceria dos fóruns de economia solidária e cooperativismo dos estados da Região Sudeste. Durante os anos de funcionamento, teve como objetivo principal promover a formação e o apoio à assessoria técnica em economia solidária, visando à promoção do desenvolvimento territorial sustentável, no intuito da superação da pobreza extrema na área de atuação.

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