A autonomia econômica das Unidades administrativas
A Equipe de Finanças reuniu-se para trabalhar a 2ª recomendação do XXI Capítulo geral: elaborar um plano visando a conseguir, progressivamente, a autonomia econômica das Unidades administrativas e do Setor da missão ad gentes…
O encontro foi realizado em Lilongwe (Maláui), entre 17 e 21 de outubro de 2011, e teve a participação dos Irmãos Alberto Oribe, Roy Deita, Mario Meuti (FMSI), Nicholas Banda, Víctor M. Preciado e os leigos Rex Cambrey, Angela Petenzi (FMSI). O Prof. Marco Antônio Barbosa Cândido (PUCPR) foi convidado especial do Conselho geral como assessor dos trabalhos.
Como estratégia de trabalho, a equipe se propôs centrar as reflexões sobre a realidade da África e, para isso, foram também convidados, para as sessões dos três primeiros dias, os ecônomos provinciais da África e Madagascar: J. Antonio Ruiz e Oliver Tata (Distrito da África Ocidental), Francisco Baeza (África Centro-Leste), Nicholas Banda (África Austral), Matthew Mary Ogudu (Nigéria), Toussaint Randriamanantena (Madagascar), Vincent Chunga e John Bwanali (MIC), Straton Malisaba (Comissão Econômica do MIC). Francisco Baeza e Malisaba foram convidados a se unirem à Equipe, durante toda a semana dos trabalhos. Cooperou também o Ir. Teodoro Grajeda como tradutor.
Elementos da Agenda do Encontro:
1. “As realidades sócio-econômicas presentes na África – Exemplos de estratégias da mobilização de recursos”, a cargo do Dr. Thomas Chataghalata.
2. “Relatório de cada Província”. – Neste se consideraram elementos geográficos, econômicos, culturais e o relatório financeiro de cada Unidade administrativa, o tema da preparação dos Irmãos para a gestão administrativa, as obras que atualmente são autofinanciáveis e a apresentação de boas práticas de projetos que geram recursos.
3. Diálogo com os membros da “Fondazione Marista per la Solidarietà Internazionale” – FMSI. Através dos representantes da FMSI conheceu-se a nova imagem e os objetivos dessa instituição que organiza programas de solidariedade em todo o Instituto. Eles, por sua vez, receberam informação do relato e da experiência de cada Província, relativas à atenção financeira que é dada aos micro e macroprojetos.
4. Visita às obras em Likuni e M’tendere – Esta visita era parte do programa de trabalho com o fim de manter contato com a realidade educativa e pastoral marista, no Maláui.
5. Grupo de trabalho tomando como ponto de partida uma “Proposta preliminar de Sustentabilidade”, elaborada com a ajuda de vários Irmãos e um professor da PUCPR com experiência de voluntariado no Quênia e enriquecida com as contribuições surgidas dos quatro elementos enunciados previamente.
O exercício realizado durante esta semana conduziu à identificação dos pilares fundamentais de todo o plano de sustentabilidade, não apenas para a África e o Setor ‘Missão ad gentes na Ásia’, mas para qualquer realidade em que atue o Instituto marista:
Melhores práticas e modelos de governo;
Melhores práticas e modelos de administração – gestão;
Competência para desenvolver e executar projetos rentáveis, produtos e serviços;
A capacidade de arrecadação de fundos não reembolsáveis de fontes externas.
Como etapa final do trabalho foram incorporados exemplos de iniciativas e projetos que podem ser úteis, no começo, ou fortalecer um crescimento, em cada um dos pilares fundamentais, acima enunciados.
Com este encontro da Equipe de Financiamento se dão por cumpridas as duas recomendações solicitadas pelo Capítulo geral:
1. Elaborar um Modelo de Financiamento da Administração geral que incorpore o financiamento das atividades próprias e a solidariedade ad intra e ad extra, bem como o fortalecimento das aplicações de capital da Administração geral (fundos) para incentivar as ações de solidariedade.
Atualmente, esse projeto está sendo apresentado às Unidades administrativas para seu conhecimento e para ser melhorado. Concluído esse processo de diálogo, será apresentada a versão enriquecida do modelo ao Conselho geral, na próxima sessão plenária de janeiro de 2012, para sua aprovação definitiva.
2. O “Plano de autossustentação” para as Províncias” – Esta segunda tarefa será apresentada, proximamente, ao Conselho geral para sua aprovação.
Uma vez aprovados, ambos os projetos entrarão na etapa final, a implementação.
O mais sincero agradecimento ao Irmão Nicholas Banda e aos Irmãos do Maláui que prepararam o alojamento, o lugar de trabalho e proporcionaram a possibilidade de conhecer várias obras maristas do Maláui e de nelas conviver.
_______________
Roma, 28 outubro de 2011