16 de julho de 2020 CASA GERAL

Convenção dos Direitos da Criança: “Direito a ter uma familia”

A Convenção dos Diretos da Criança defende como um dos principais direitos dos meninos, meninas e adolescentes, o direito à vida e ter uma família. Hoje, como Maristas que somos, vamos nos focar neste ponto essencial para nossa maneira de ser e viver: o direito de ter uma família.

Sim, já sabemos, as crianças são sujeitos de direitos, e necessitam deles para poderem se desenvolver de maneira íntegra; por isso os consideramos como tais.

As crianças, para crescerem sãs e desenvolverem plenamente suas potencialidades, necessessitam do cuidado de adultos que os aceitem, os compreendam, os guiem e  lhes ofereçam segurança durante as diferentes etapas de seu crescimento.

A maioria das crianças contam com pais que cumprem com esta função, com um um núcleo familiar ampliado que lhes oferece as oportunidades necessárias para um desenvolvimento equilibrado. Porém, infelizmente, nem todas as crianças tem um grupo humano ao seu lado. Crianças órfãs, os imigrantes separados de seus pais, pais de famílias “tóxicas” que impedem que os filhos possam viver com eles, crianças abandonadas, crianças de rua… são uma realidade também neste século XXI.

Por isso, os  países têm o dever de comprometer-se com o cumprimento do direito de promover a vida desas crianças desprovidas de uma família biológica que os ame e proteja. A Convenção dos Direitos da Criança é o tratado internacional mais amplamente ratificado pelas diferentes nações. Ainda assim, essa realidade precisa ser melhorada, e nós, como maristas de Champagnat, devemos continuar a defendê-la nesse nosso mundo globalizado.

Presenças maristas junto às crianças em situação de vulnerabilidade e carentes de uma família (centros para menores, crianças migrantes não acompanhadas, crianças de rua…) fazem parte de nosso modo de responder a essa realidade segundo o Carisma marista. Significa “ser o rosto e as mãos da misericórdia de Deus” para eles diariamente. Além disso, a mensagem do XXII Capítulo Geral nos lembra nosso compromisso de “caminhar com as crianças e jovens à margem da vida”, e essas crianças que não têm uma família onde possam crescer de maneira sadia são um claro exemplo. Somos chamados a escutar seu “pranto”, evitando “aproximações paternalistas”.

O direito de ter uma família não significa somente uma relação de sangue, senão que vai muito mais além. Encontramos exemplos maravilhosos de pais e mães não biológicos que deram um lar de luz para centenas de crianças, mediante acolhimento periódico, permanente ou através de adoção; centos de acolhida para meninos e meninas qualquer que seja sua situação, oferencendo-lhes carinho, segurança e confiança.

Sim, amigos e amigas, os meninos e meninas têm o DIREITO a ter uma família. Está em nossas mãos o seguir trabalhando para que isso seja uma realidade.


Ir. Ángel Diego – Diretor do Secretariado de Solidaridade

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