18 de janeiro de 2010 HAITI

Informação do Ir. Sergio de Jesus Cáceres, do Haiti

No dia 13 de janeiro de 2010, o Ir. Emili Turú, SG, comunicava em breve nota que os Irmãos do Haiti estavam todos bem e que não houve problemas com sua integridade física, em consequência do terrível terremoto acontecido no país. Era o que se pôde saber logo após o terremoto. As dificuldades de comunicação impediram notícias mais concretas e mais rápidas. Pouco a pouco, surgiram alguns canais de comunicação; primeiramente, através do Ir. Gilles, da Secretaria provincial do Canadá, recebemos a mensagem elaborada pelos missionários Redentoristas, informando sobre religiosas e religiosos atingidos pelo terremoto no Haiti. Em seguida, o Ir. Eduardo Navarro, Provincial do México Occidental logrou contato com o Ir. Sérgio de Jesus Cáceres, residente no país, e foi quem pôde dar informações na web ?Haiti Marista?: http://hermano-scv.iespana.es Nela, inclui a informação que segue.

Informação sobre as Comunidades maristas no Haiti, depois do terremoto de 12/01
Depois de vários dias de chuva ininterrupta que não nos permitiu de retomar as aulas, depois das férias de Natal, na terça-feira, dia 12 de janeiro, o sol brilhava e parecia que tudo voltaria à normalidade; mas, não foi assim. Pouco depois das quatro da tarde, enquanto trabalhávamos em casa, três tremores de uns tantos segundos nos fizeram sair de nossa casa, correndo.
Para muitas pessoas do Haiti foi coisa muito rara o que vivenciaram. Há 250 anos, não ocorria um tremor de terra no país; toda a população estava assustada e desconcertada. Em nossa comunidade e povoado ?Dame-Marie?, não houve danos materiais. Imediatamente, as comunicações se bloquearam, quando todo mundo queria saber de seus familiares, na capital, Porto Príncipe, ou em outras regiões do país. As notícias foram chegando lentamente, noite a dentro e eram desanimadoras.
Através da internet, soubemos da catástrofe que ocorrera na capital e de que houve mais réplicas, durante a noite. Ninguém dormiu em sua casa; eu passei a noite ao relento com muitos vizinhos, até que a chuva nos dispersasse. Passei o resto da noite com o Irmão Frantzley, dentro da camioneta. Que noite terrível! Sem dormir, com chuva e com mais sete réplicas, sendo a última depois da meia-noite.
Na quarta-feira de manhã, as coisas não melhoraram; enquanto as pessoas conseguiam algum contato com seus familiares da capital, ouviam-se lamentos por todo o povoado. A comunicação por telefone celular, a mais usada no país, estava entrando em colapso. Até o dia de hoje, 16 de janeiro, há ainda muitas pessoas na angústia de não ter notícias de seus familiares.
Em nossas obras maristas (Dame-Marie, Latibolière e Jérémie) não percebemos nenhum dano grave, pois vivemos longe da capital. Nessas comunidades, os Irmãos estão bem mas sem saber exatamente o que fazer e como fazer. Também não sabemos se as aulas vão reiniciar na segunda-feira, dia 18, em nossas obras.
Até hoje, não temos contato direto com o Ir. Yvon Deschamps, que reside normalmente na capital e é o ecônomo do Setor marista de Haiti; mas soubemos por outros canais que está bem, embora a casa da ?Villa Manresa? tenha sido gravemente atingida, com a consequência, não confirmada, de dois feridos (segundo uma fonte) ou de quatro mortos (segundo outras fontes).
Em relação aos familiares dos Irmãos e formandos haitianos, sabemos, até o momento, que morreu o primo de um Irmão escolástico e o irmão de um postulante. A maioria já confirmou que seus familiares estão bem, mas alguns continuam sem obter notícias. Ontem à noite, o Ir. Frisnel foi até a capital para contactar seus familiares e os de outras pessoas ou Irmãos que aguardam por notícias. A viagem de mais de oito horas até a capital, em camioneta, deve ter sido muito difícil porque muitos sobreviventes vêm, em êxodo, da capital onde estudavam ou trabalhavam, caminhando rumo a seus povoados de origem.
Nesses dias estamos com a visita de seis Irmãos escolásticos haitianos do primeiro ano para ver suas famílias e para algumas práticas educativas em nossas obras; infelizmente, sua estada foi completamente alterada e nem sabemos se poderão deixar o país, no fim do mês, como estava programado, para continuar seus estudos universitários, no México.

Sabemos também que as populações, onde temos nossos centros de missão marista, serão afetados pela carência de recursos, mercadorias, combustível e alimentos que vinham da capital. Igualmente será difícil para as pessoas desses povoados que vendiam seus produtos agrícolas na capital. Desde agora, conseguir combustível em Porto Príncipe é um problema que chegará para nós, logo mais.

Ir. Sergio de Jesús Cáceres

O Ir. Emili Turú, SG, pôde contactar o Ir. Sérgio e enviar-lhe uma breve mensagem: ?Estimado Sérgio, obrigado pelas notícias. Vamos colocar algo disso na web do Instituto. Desde o início, tentei um contato telefônico com alguém de vocês, mas foi impossível. Apenas consegui fazê-lo através de Lalo (Ir. Eduardo Navarro). Diga a todos os Irmãos que estamos muito unidos a vocês, nesta hora tão difícil. Tanto eu quanto o Ir. Vigário-geral e os outros membros do Conselho-geral rezamos por vocês e lhes afirmamos nossa afeição, bem como ao sofrido povo de Haiti. Nossa Boa Mãe lhes faça sentir sua força e ternura para que possam, por sua vez, ser presença amorosa de Maria para tantas pessoas que sofrem.

Um grande abraço de seu Irmão?
Emili Turú, Superior-geral

Agradecemos às numerosas pessoas que se interessaram por nossos Irmãos no Haiti. Uma mensagem recebida pela web dizia: ?Desejo saber como estão os Irmãos, no Haiti, após o terremoto da terça-feira passada. Recebam todo nosso amor e apoio; e, no que pudermos servir, faremos o possível para ajudar. Realmente, gostaria de saber como estão.? Muitos outros perguntam como poderiam colaborar com os Irmãos.

As obras maristas do Haiti pertencem à Província do México Ocidental.

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