Lançado fundo de solidariedade
?Nós educamos nossos estudantes antes de tudo para a solidariedade, ao acolhermos, na mesma escola, jovens de diferentes religiões e contextos sociais, assim como estudantes carentes ou marginalizados.? (Uma perspectiva para a educação marista hoje, art. 152)
Menos de um mês depois de anunciar a instituição como Centro Universirário, foi preciso fortalecer uma das dimensões da espiritualidade marista: a solidariedade se torna de prioritária importância. O Centro Universitário Internacional Marista (MIUC) atingiu o estatuto das mais altas instituições de ensino, ao lançar o Fundo de bolsas MIUC, que zelará pelos necessitados na escola.
O Fundo de bolsas MIUC é uma iniciativa da equipe do colégio resultante de sua experiência com estudantes carentes que corriam o risco de ter que deixar a escola por causa da pobreza. Assim, a equipe formativa propôs esse belo projeto na Universidade, reunindo funcionários, estudantes e todas as pessoas de boa vontade em torno de uma ação generosa.
A ideia da criação desse fundo de bolsas é elogiável, e é sinal de que os leigos que trabalham conosco, de maneira exemplar, aprenderam o espírito de são Marcelino, pelo modo de demonstrarem abertura ao espírito de amor aos pobres e marginalizados entre nós.
O lançamento desse fundo, no dia 1° de outubro de 2011, superou nossas expectativas. Apesar de alguns participantes da iniciativa apresentarem algumas hesitações com relação aos objetivos do projeto, o evento tornou-se um retumbante sucesso. O tempo, que já estava bonito no início, ficou ainda mais belo no final do evento.
A cerimônia teve início com a celebração da Eucaristia, às 8 horas da manhã, prosseguindo com a chegada da autoridade convidada, Kizito Mughali, dirigente em Shinyalu Constituency. Em sua saudação, o diretor do Centro de Ensino Superior, Ir. Joseph Udeajah, fez um breve histórico da fundação do Instituto dos Irmãos Maristas das Escolas, enfatizando o objetivo principal da educação aos mais necessitados. Fez menção do nível da Universidade, que tem baixas tarifas escolares, comparando-se com outras universidades particulares. Apesar disso, muitos estudantes não têm condições de pagar essas taxas. Concluiu dizendo que, recentemente, o centro tentou encontrar recursos para atender a esses estudantes, colocando o interesse pelo ensino acima de tudo, mas isso comprometeu a escola, que opera no limite de suas possibilidades.
A autoridade convidada, por seu lado, ilustrou igualmente o objetivo do evento com a sua própria história, pois é originário de um contexto carente. Ele finalizou com o anúncio oficial do lançamento da iniciativa. Todos os presentes fizeram generosamente suas contribuições. A maior contribuição correspondeu a 300 mil xelins quenianos, feita por amigos dos Estados Unidos, coordenados pelo Ir. McDonnell, que ali viveu e conhecia alguns dos estudantes.
Alguns dos presentes ofereceram o que tinham, apesar de terem ficado sem nada. Todos estavam movidos pelo sentimento de oferecer o melhor de si, com grande espírito de generosidade, a uma das mais valorosas iniciativas do MIUC, enraizada profundamente nos corações da equipe do Centro Universitário e de seus alunos. Mais de 2,6 milhões de xelins quenianos foram arrecadados até o final do dia.
A ocasião motivou homens e mulheres de boa vontade a mostrarem seu amor a Deus e às pessoas. Nossa solidariedade com os pobres, expressa em palavras, deve significar também nossa generosidade para com eles. A generosidade é concreta e genuína se for expressão do coração, amando a Deus nos marginalizados, nos mais carentes. Nós nos tornamos suas vozes, e eles encontram em nós a esperança de uma vida digna.
Vivamos, nós, o sonho de Marcelino, e que o amor e o zelo do coração de nossa mãe Maria continuem a inspirar-nos em torno desta iniciativa.
MIC Digest