Carta a Marcelino

Mons. Simon Cattet

1832-12-05

Vimos como o Pe. Champagnat estava disposto a fazer acordo com a Congregação dos Marianistas e que, para tanto, planejava encontrar-se com o Pe. Chaminade, seu fundador. Era uma possível solução para isentar os Irmãos do serviço militar. No documento de hoje encontramos o anúncio de nova solução: o Conselho Episcopal indica ao Pe. Champagnat a possibilidade de afiliar-se à Congregação dos Clérigos de Saint-Viateur, fundados pelo Pe. Querbes. Era Congregação que gozava de autorização legal e que apresentava a vantagem de ter sido fundada na diocese mesma de Lião. D. Gaston de Pins, que estava ausente de Lião neste dia, e que não participou da reunião do seu Conselho, exprimiu desacordo com a solução encontrada pelo Conselho e não endossou essa decisão, conforme se verá nas duas cartas seguintes.

Lião, 5 de dezembro de 1832.

Meu caro Pe. Champagnat:

Depois de ter refletido, o Conselho de hoje opina que aproveiteis da autorização real que possui a congregação de St. Viateur. Em lugar de sair da diocese e de vos dirigir ao Pe. Chaminade para vos afiliar e conseguir isenção do serviço militar dos vossos Irmãos por via legal, tendes na diocese caminho mais expedito e conveniente. Bastaria que vos entendêsseis com o Pe. Querbes. Não se trata de mudar os vossos regulamentos, assim como não o faríeis com o Pe. Chaminade. Excluída toda a prevenção, tendes nesse meio todas as vantagens que propúnheis, sem os seus inconvenientes.

Não vendo aqui senão o bem e a maior glória de Deus, apressar-vos-eis, meu caro Pe. Champagnat, em seguir esta idéia, tão judiciosa quão natural. Ponde muita fé em todos os sentimentos com os quais sou o vosso mui afeiçoado CATTET, vigário geral.

Edição: S. Marcelino Champagnat: Cartas recebidas. Ivo Strobino e Virgílio Balestro (org.) Ed. Champagnat, 2002

fonte: AFM 124.11

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