Carta de Marcelino – 061

Marcellin Champagnat

1835-07-12

Pode-se imaginar as dificuldades que o Irmão Théophile terá exposto ao Padre Champagnat. O nível de estudos dele era muito baixo. Passar de alfaiate a professor aos 24 anos não devia ser fácil. A saúde também não era lá das melhores.
O Padre Champagnat procura animá-lo, esperando que possa superar as dificuldades encontradas nas novas condições de vida e de trabalho.
Escrevendo ao Irmão Théophile, o Padre Champagnat se refere ao jovem Perret. Poderia ser Jacques Perret, natural de Marlhes, que depois recebeu a batina com o nome de Irmão Cyr, em 9 de maio de 1839. Ficou poucos anos no Instituto.

Caríssimo Irmão Théophile,
Coragem, meu querido amigo, tudo virá com o tempo, e mais ainda, o próprio Deus será nossa recompensa. Para que nos inquietar? Façamos de conta que estamos seguros de conseguir um bom resultado, e atribuamos toda a honra a Jesus e Maria. Você tem suas dificuldades, ou melhor: você não tem dificuldade alguma e, assim mesmo, se inquieta? Ninguém fala com você? Bendito seja Deus!
Gosto do Perret. Ah!… se pudéssemos recebê-lo! Digo-lhe que eu o receberia de boa mente; esperemos.
Diga ao Irmão Silvestre, diga-lhe, meu caro amigo, que gosto muito dele. Mil obrigados por tudo quanto ele realiza em Marlhes, pelo amor de Deus. Reze por mim.
Adeus,
Champagnat

P.S. Diga à mãe dos meninos Vialeton que me mande a Valbenoite quatro carradas de tábuas de Givors, de 7 a 8 pés e de uma polegada de espessura.

Edição: Marcelino Champagnat. Cartas - SIMAR, São Paulo, 1997

fonte: Daprès lexpédition autographe, AFM, 111.15

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