Maristas e marianistas compartilhando a vida

Se existe uma expressão que define a recepção que tivemos na Casa geral, em Roma, esta é ?bem-vindo?. Mas, outra palavra surge também em nossa mente, que é ?gentileza?. Todos foram muito acolhedores, todos muito gentis. Seja encontrando com o ex-superior geral, Ir. Seán Sammon, nos corredores e ser saudado nominalmente por ele, com um abraço; seja vendo o novo superior geral, Ir. Emili Turú, no elevador e ser acolhido rapidamente por ele; seja na saudação dos irmãos de língua espanhola e portuguesa do grupo da terceira idade; seja no café oferecido por um dos irmãos da comunidade; com tudo isso soubemos que estávamos em nossa própria casa. Não era mais importante se Manziana não estava disponível para nós, porque estávamos aqui como em nosso lar.

Nosso pequeno grupo se constituiu pouco a pouco, mas desde o primeiro instante ficamos muito ligados. Organizou-se a celebração da missa para nós, ainda que formássemos um pequeno grupo, presidida pelo nosso capelão escocês, padre Bernard Barlow, um servita e amigo do Ir. Brendan Geary. Preparou-se também, para alguns poucos, a caminhada nos arredores da casa, guiada por alguém com pouca experiência, mas em terra de cego… Um caminhava rapidamente, outro mais lento, mas nos organizamos para caminhar juntos.

Houve também algumas surpresas. Visitando São Pedro, por sorte dois irmãos puderam observar a nova estátua de Champagnat através da janela da sacristia, que eles abriram ?senza permissione? (aparentemente sem permissão) e conseguiram filmar este momento com uma câmera digital. Outro momento especial foi a despedida do Ir. Seán Sammon. Foi uma pequena, mas deliciosa celebração, em italiano, que nós pudemos compreender o sentido em geral. Foi um privilégio estar ali.

No dia 27 de outubro, às cinco e meia da tarde, estivemos reunidos para um simples, mas agradável evento entusiasmado e conduzido gentilmente pelo Ir. Barry Burns. Estavam presentes oito irmãos maristas, sendo quatro deles da Austrália, dois da Nova Zelândia, um do Japão e outro dos Estados Unidos; também três irmãos marianistas: dois dos Estados Unidos e um da Áustria, além do padre Bernard, nosso capelão. Os irmãos Barry Burns, da Nova Zelândia, e Antoine Kazindu, de Ruanda, (este último com aparência de 35 anos, mas admitindo ter 50!), guiaram o encontro.

No dia seguinte, fomos dar um passeio em torno da casa. A capela do Conselho geral foi muito bem reformada, ficando muito bonita com o seu surpreendente piso de mármore verde, com a revalorização dos vitrais comemorativos da beatificação e o acréscimo de um novo vitral para honrar a canonização. A capela coloca em relevo o altar de Champagnat e a estátua da Boa Mãe, e o segundo retrato do fundador, com os olhos bem abertos, feito por M. Ravery.

A quinta-feira foi o dia para partilharmos nossas histórias pessoais. A média de idade era de 70 anos, alguns com pouco mais de 60 e outros com quase 80, constituindo-se uma grande variedade de idades, de países e de duas congregações diferentes, de pessoas com uma vida religiosa avançada e bem estabelecida, contentes de envelhecer prestando serviço. Algumas histórias foram bem tocantes, com perdas e feridas, alegrias e êxitos, conversões e descobertas.

O grupo se constituiu de maneira satisfatória, e para isso contou com a atmosfera verdadeiramente acolhedora da Casa geral, que é repousante e agradável. Existe sempre uma espécie de festa em cada acolhida, em cada despedida ou em aniversários. Parece ser sempre dia de festa em algum lugar da casa, o que é realmente agradável para todos nós. Roma tem sempre algo a oferecer a todos. É a Cidade Eterna e um microcosmo de nossas próprias vidas e caminhadas. Fazemos votos de descobrir muitas boas coisas aqui nos próximos dois meses.
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Ir. Anthony Butler

Participantes

Irmãos Maristas: Ir. Anthony Butler, Ir. Julian Quinlan, Ir. Ian Mcombie, Ir. Martin Connell (da Austrália), Ir. Patrick McNamara, Ir. John Fitzgibbon (da Nova Zelândia), Ir. Joseph Yoshida (do Japão), Ir Robert Conley (dos Estados Unidos).

Marianistas: Ir. Daniel Stupka e Ir. Jeffrey Sullivan (dos Estados Unidos), Padre Eugen Mensdorff-Pouilly (da Áustria).

Capelão: Padre Bernard Barlow (da Escócia)

Equipe: Ir. Barry Burns (da Nova Zelândia), Ir. Antoine Kazindu (de Ruanda)