3 de fevereiro de 2017 SUDãO DO SUL

Projeto Solidariedade com o Sudão do Sul

Cerca de 5 mil pessoas procuraram refúgio em uma propriedade do Projeto Solidariedade com o Sudão do Sul, onde vive o Ir. Christian Mbam e três irmãs de diferentes congregações, em Riimenze, para fugir da violência do exército e dos rebeldes.

Até o dia 26 de janeiro haviam chegado 5.056 refugiados, esperando receberem teto, alimento e cuidados médicos. O número continua aumentando.

Essas pessoas começaram a deixar suas casas depois que os soldados do governo assaltaram suas casas e mataram pessoas entre Yambio e Riimenze, no primeiro dia do ano.

Os soldados do exército diziam que eles eram colaboradores do Exército para a Libertação do Povo do Sudão, depois que esse grupo de rebeldes tentou recrutar pessoas no ano passado.

O Diretor Executivo do Projeto Solidariedade com o Sudão do Sul, o Ir. Bill Firman, lassalista, disse ao escritório de comunicação que “há muito medo no Sudão do Sul”.

“Tudo que essas pessoas querem é regressar para suas humildes casas e viverem em paz. E nós apoiamos isso”, escreveu no dia 29 de janeiro. “Penso que o que aconteceu em Rimenze aconteceu também em outras partes do país, mas não está sendo noticiado”.

Ele sublinhou que “tudo que o governo precisa fazer é deixar que o povo volte para suas casas e para suas plantações que lhe permitem sobreviver e pedir aos rebeldes que lhes deixem em paz”.

O Ir. Bill, que vive em Juba, disse que nem os soldados do governo e nem os rebeldes ameaçaram membros do projeto em Riimenze e nem tocaram a fazenda e seus animais. Espera-se que não entrem na propriedade.

O Projeto Solidariedade com o Sudão do Sul (www.solidarityssudan.org), uma colaboração que inclui 23 congregações religiosas, tem comunidades em Riimenze, Wau, Yambio e Juba. O seu objetivo primordial é a formação de professores, enfermeiras, parteiras, agricultores e líderes comunitários, mas atualmente tem também que se preocupar com a acolhida desses desalojados.

“Não é esse o objetivo previsto, mas ele, agora, nos desafia”, disse o Ir. Bill, que conhece muitas das pessoas envolvidas. “Rezamos para que a população possa voltar para casa antes que comece o período das chuvas”.

Os membros do projeto organizaram uma clínica provisória, com uma enfermeira e outros ajudantes. Também foram construídos 16 banheiros e 4 áreas para a higiene pessoal. Água potável é providenciada cada dia, em recipientes de plástico e membros de “Médicos sem Fronteiras” ajudam a distribuir cloro para purificar a água e vacinas. Outras ONGs também estão ajudando.

O Ir. Bill afirmou que “ainda existe muito medo, pois tanto os rebeldes quanto os soldados, às vezes, vêm e passam pelo campo e toda noite há fumaça em todos as partes, dentro e fora do campo, formando pequenas nuvens”. 

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