O Irmão Peter Rodney preside a Comissão de Governo

21.08.2003

OS IRMÃOS ESPERAM QUE OS SEUS LÍDERES SEJAM HOMENS ACESSÍVEIS E COMPASSIVOS

Irmão Lluís Serra

Peter Rodney, 48 anos, nasceu em Brisbane, Austrália. Graduou-se em Espiritualidade na Universidade Gregoriana de Roma e em Psicologia no Centro Universitário de Baltimore, nos Estados Unidos. Trabalhou extensamente em programas de formação e pastoral. Ele exerce atualmente a sua atividade na Comissão de Governo do Conselho Geral.

A sua Comissão, por certo, é uma muito importante. Queira sumariar para nós o que representa hoje ser um líder marista.
Não há melhor definição do que aquela do próprio fundador Marcelino: ?Fortaleza e bondade de coração?. Os Irmãos esperam que os seus líderes sejam homens acessíveis e compassivos, especialmente em tempos de luta. Simultaneamente, contam com que eles tenham visão fulcrada na realidade e prontos para assumir desafios.

Por que em geral os conceitos de animação e governo estão ligados?
Ocorre que são aspectos geminados da liderança, ambos elementos essenciais dela. A animação é uma como visão que expressa as esperanças de um grupo, equipando-o para a ação e superando os seus receios. O governo efetivo assegura a ordem e a produtividade. De outra forma, haverá uma espécie de caos que solapa a energia com que se deveria trabalhar para realização da meta.

Como pode ser melhorado o aspecto de serviço do governo no nosso Instituto?
A resposta constitui tarefa difícil sem um bom conhecimento do Instituto. Penso que será pela prática adequada, com base no serviço. O relacionamento entre líderes e liderados é fundamental. A essência está numa comunicação efetiva, fundada na confiança e na escuta. As três devem ser recíprocas. Mais importante ainda: sem profunda espiritualidade pessoal, o governo não será uma liderança de serviço.

No Instituto Marista como avança o processo de reestruturação?
Provavelmente é cedo para ajuizar. Ainda assim, algumas coisas já são claras. O processo leva tempo e reclama planejamento cuidadoso, especialmente tratando-se de reestruturação em diversos países. A comunicação é fundamental, como a participação de todos os Irmãos. Em muitos lugares, a reestruturação despertou forças, energias e coragem, para surpresa dos próprios Irmãos. Antes, muitas Províncias estavam ajustadas em fazer as coisas de modo familiar e rotineiro. Com a reestruturação surgiu o questionamento das situações costumeiras. A reestruturação, particularmente no caso em que implica incorporação de Irmãos de línguas diferentes, abriu novos horizontes, com conseqüências positivas e saudáveis.

Você acredita que a reestruturação vai promover maior vitalidade?
Não automaticamente. A reestruturação já está produzindo algumas respostas criativas e corajosas para as necessidades reais que, provavelmente, não teriam sido promovidas sem a reestruturação.

Quais são os tópicos que a sua Comissão vai estar examinando?
O trabalho imediato da Comissão é facilitar os processos da reestruturação. Com o Irmão Juan Miguel Anaya visamos a um serviço por meio da partilha de experiência, oferecendo consulta e trabalho conjunto nas Províncias que estejam enfrentando desafios similares.

(FMS Ecos maristas 44, junho 2003)

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