2 de junho de 2021 CASA GERAL

Publicado um novo número de Cadernos Maristas

Acaba de ser publicado pela Comissão Internacional do Patrimônio Marista o número 39 dos Cadernos Maristas. A continuação reproduzimos o Editorial, assinado pelos Irmãos Antonio Ramalho, Presidente da Comissão, e André Lanfrey, Coordenador da publicação.

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Este número 39 dos Cadernos Maristas é excepcional por mais de uma razão. Primeiro, porque celebra, com um pequeno atraso, o trigésimo aniversário da fundação dos Cadernos Maristas, dos quais o número 1 data de junho de 1990. Mas o ano de 2020 também viu a morte de seu fundador e primeiro redator: Ir. Paul Sester. Mesmo se esse fato nos entristece, 2020 é um ano significativo para todos os Irmãos que se interessam pela nossa tradição e trabalham para mantê-la viva, tornando-a sempre mais conhecida. Na verdade, a obra iniciada não corre o risco de desaparecer com o seu fundador, como o demonstra este número. A esta comemoração do Ir. Paul acrescentaremos a de Bernard Bourtot, Padre Marista, falecido também no ano de 2020, e que escreveu muito sobre as relações entre Padres e Irmãos Maristas.

Obviamente, a pandemia, que nos afeta a todos, perturbou nosso modo de proceder: o habitual encontro da equipe do patrimônio em Roma, no mês de junho, foi substituído por uma videoconferência no dia 8 de outubro de 2020, organizada pelos Irmãos Angel Medina e Antonio Ramalho, e presidida por este último. Fruto desse encontro virtual, decidimos continuar publicando os Cadernos Maristas na forma de revista, em quatro idiomas. Daí a edição deste n ° 39.

Ele traz a marca dos tempos de crise que vivemos, já que dois artigos (dos Irmãos Patricio Pino e A. Lanfrey) abordam os problemas de saúde e os perigos epidêmicos que o Instituto enfrentou ao longo de sua história. Mas esse dossiê de saúde, que mereceria desenvolvimentos importantes, é apenas o primeiro eixo dessa edição. Em segundo lugar, queremos comemorar, de forma diversa e criativa, os trinta anos da revista. Inicialmente, um artigo de fundo, do senhor Francisco J. Flores Sánchez (Chile), critica o conceito de Patrimônio Espiritual Marista e propõe outro; em seguida, uma nota sobre o Ir. Paul Sester (A. Lanfrey) relembra sua longa trajetória a serviço do Instituto e, mais particularmente, seu papel como fundador da erudição marista. Finalmente, uma série de índices dos C.M. n° 1-38 oferece aos pesquisadores uma visão de conjunto da produção desta revista de 1990 a 2020.

O terceiro eixo deste número inclui duas intervenções complementares sobre nossa história institucional: em primeiro lugar, a segunda parte da história da elaboração das Constituições dos Irmãos Maristas até 1903, do Ir. Antonio Martínez Estaún; depois, a apresentação, pelo Ir. André Lanfrey, de um artigo sobre os Irmãos Maristas, publicado em 1858 pelo jornal católico L’Univers, no momento em que o Ir. Francisco, em Roma, tentava obter o reconhecimento canônico do Instituto. Este é, sem dúvida, o primeiro documento que dá a conhecer o Instituto a um grande público e que está na origem de nosso nome canônico (Irmãos Maristas das Escolas) mas que vai perturbar os esforços do Irmão Francisco e provocar indiretamente sua demissão em 1860.

Finalmente, dois textos escapam aos nossos três eixos principais. O artigo do Sr. Ângelo Ricordi se situa no campo da espiritualidade. Ao evocar o Irmão Nestor, ele tem o mérito de trazer à luz um Superior esquecido e uma característica importante da espiritualidade marista: a devoção ao Sagrado Coração. Já a intervenção do Irmão Emilien Twagirayesu, de estilo mais acadêmico, aborda um novo tema em nossa Revista: a Educação Superior Marista.

Em suma, não é uma literatura de um tempo de crise que oferecemos aos nossos leitores, mas uma pesquisa marista em processo de diversificação quanto a seus autores e seus temas.

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