30 de setembro de 2009 CASA GERAL

Quarta-feira, 30 de setembro

As agências de notícias madrugaram, hoje, comunicando a notícia de um terremoto de 8.3 graus de intensidade, no Pacífico. O sismo que sacudiu, nesta terça-feira, 29 de setembro, as ilhas Samoa Ocidental, Samoa Americana e Tonga originou um ?tsunami? que matou mais de 100 pessoas, número destinado a crescer, nas próximas horas. O Irmão Carl Tapp, natural da Ilha Sul de Nova Zelândia, que viveu mais de 20 anos em Samoa e é o atual provincial marista de Nova Zelândia (Fiji, Kiribati, Nova Zelândia e Samoa), motivou a oração da manhã recordando aos Irmãos capitulares as vítimas desse desastre natural. ?Falei com os Irmãos que vivem em algumas das ilhas atingidas pelo terremoto e disseram-me que estão bem, mas viram muitas pessoas que perderam tudo?.

Os trabalhos do dia começaram com um espaço de tempo para cada um dos grupos temáticos. Os secretários com seus grupos delimitaram as propostas de diálogo a serem levadas à assembleia, durante o dia de hoje. O primeiro grupo de trabalho que interveio é aquele que se ocupa da metodologia e dos procedimentos para eleger os Conselheiros-gerais. As eleições estão previstas para os dias 2 e 3 de outubro. Todos os capitulares receberam, em seus endereços eletrônicos, o documento elaborado pelo grupo de trabalho. O documento submete à assembleia o método para propor os candidatos e o subsequente procedimento de eleição. Os Irmãos capitulares dialogaram sobre a proposta e deram suas sugestões. Amanhã a assembleia aprovará por votação a redação definitiva dos procedimentos.

A missão marista em um mundo novo

O grupo de trabalho que estuda o apelo fundamental relativo à missão entregou aos Irmãos capitulares uma folha com 16 propostas concretas para ? missão marista em um mundo novo?. As propostas fazem referência à internacionalidade da missão, aos âmbitos em que se vão criar, desenvolver ou fortalecer as redes maristas internacionais ou regionais para a missão, nas áreas de evangelização, educação, obras sociais e solidariedade. Sugere também alguns meios para realizar essa missão, tais como a pastoral juvenil, o voluntariado ou a missão ?ad gentes?, aberta à participação dos leigos. Lembra a possibilidade de organizar, novamente, uma assembleia da missão, semelhante àquela de Mendes, de fortalecer a presença da ?Fundação marista de solidariedade internacional? e a promoção dos direitos da criança. Recomenda que se empreendam ações para que a gestão das obras educativas se organize de modo a incluir sempre mais Irmãos, diretamente implicados, na ação em favor das crianças e dos jovens. Deseja-se que a missão marista em um mundo novo transforme as obras educativas de modo a que os Irmãos e os leigos acompanhem as crianças e os jovens para se tornem pessoas comprometidas com a construção de uma sociedade justa e solidária. Todo esse material de trabalho foi colocado sobre as mesas para ser discutido, completado e melhorado com a contribuição de todos.

Metas intermediárias nos avanços do trabalho capitular

A oração mariana marcou o início dos trabalhos da primeira sessão da tarde. Os Irmãos, que animam a oração e a liturgia de cada dia, propuseram hoje a contemplação de cinco dons: o espírito de família e o sentido de pertença, a unificação do coração, a atenção confiante e o discernimento, ser homens e mulheres de Deus, e ser profetas da ternura. Cada um desses dons foi ilustrado com um texto das Constituições ou de outros documentos maristas. Os Irmãos rezaram com a ave-maria e com cantos marianos relacionados com esses dons.

A primeira sessão da tarde foi dedicada à análise das finanças. O Ir. Ecônomo geral apresentou uma síntese de temas e números que serviram para suscitar o diálogo nas mesas. A situação financeira do Instituto faz referência, sobretudo, à organização das finanças da Administração geral, o que implica todas as Unidades administrativas. O tema retornará ainda em sessões posteriores.

A segunda sessão foi dedicada á votação de algumas mudanças no texto das Constituições. É comparável à realização de uma meta intermediária, nos trabalhos do Capítulo. O grupo que estuda as Constituições concluiu uma parte de seus trabalhos. As alterações ao texto das Constituições, aprovadas nesta sessão, em sua maioria, são alusivas à enumeração, às referências ou à harmonização interna dos artigos, dando-lhes mais coerência. Outros, mais substanciais, regularizaram o que já é uma prática habitual no Instituto, como por exemplo, o relativo à figura dos ?Irmãos responsáveis pelas obras?.

Um segundo tema de trabalho, proposto pelo grupo que cuida das Constituições, é aquele que sugere ao próximo Conselho-geral de encontrar um modo de enriquecer as Constituições, nos anos vindouros, com textos vivos que reflitam o modo atual de entender a Igreja e a vida do Irmão consagrado. O caminho que o Instituto vai percorrer, com a preparação da celebração do bicentenário de sua existência, em 2017, poder ser ocasião para empreender uma retomada dos valores vitais que propõem as Constituições. Toda essa problemática vai sendo cozinhada no forno da sala capitular. Esperamos que a fornada resulte em pão saboroso a ser partilhado ?em torno da mesma mesa?, entre Irmãos, leigos e leigas, em comunhão!

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