Um Encontro anual cheio de Emoção e Carinho

Villanueva del Río y Minas é um povoado da província de Sevilha. Seus habitantes viveram, durante gerações, do trabalho em minas. Um engenheiro-chefe quis que os filhos de mineradores tivessem a oportunidade de acesso à educação e, sobretudo, à uma educação cristã. Construiu um edifício e colocou-o à disposição dos Irmãos maristas; corria o ano de 1926.
Pouco depois, houve a crise do carvão e muitos habitantes do município se viram obrigados a emigrar. Em conseqüência, em 1976, foi preciso fechar o colégio e a presença dos Irmãos caiu no esquecimento. A associação do ex-alunos, criada nos anos trinta do século passado, continuou a celebrar seu dia, em coincidência com a festa de Cristo Rei, patrono da associação. Com isso, apesar de os Irmãos terem saído de Villanueva del Río y Minas, há mais de trinta anos, os ex-alunos continuam realizando essa reunião festiva anual, à qual convidam os Irmãos.
No último dia 26 de novembro, solenidade de Cristo Rei, ocorreu o encontro anual. A ordem do dia é quase sempre a mesma: visita ao cemitério, onde descansam os restos mortais do Ir. Faustino; junto ao túmulo entoaram uma Salve Rainha e depositaram um ramo de flores. Depois, celebraram uma assembléia no prédio que fora colégio marista, hoje administração do município, para tratarem de diversos assuntos. Em seguida, foi celebrada uma Eucaristia, na paróquia, com a colaboração de um coral, por eles contratado. A programação foi concluída com um almoço fraterno.
Em torno de cinqüenta ex-alunos participaram do encontro, acompanhados de um grupo de Irmãos, entre os quais o Ir. Manuel Jorques, Provincial da província Mediterrânea. Alguns já são de idade e, todavia, não poupam esforço para vir de 800, 600, 500 km.
O Ir. Rafael Hinojosa, também ex-aluno, assim resume a experiência desse dia: ?Foi um dia inesquecível. Todos os atos foram vividos com grande intensidade. Nota-se, entre esses antigos alunos, um carinho especial para com os Irmãos e pelo magnífico trabalho que desenvolveram, durante cinqüenta anos. Observa-se isso no modo de falar, no rosto e em toda sua pessoa. Parece que vibram, recordando a educação que receberam dos Irmãos. Alguns se emocionam e não o dissimulam. Carregam consigo uma grande carga afetiva e expressam-na.?
O Ir. Fautino foi destinado a Villanueva, em 1933, procedente de Barruelo – onde vivera com o Ir. Bernardo – e aí permaneceu até 1965. Em 1962, recebeu o título de cidadão do município. Morreu em Castilleja de la Cuesta (Sevilla), em 1973 e em 1992, os ex-alunos foram recolher seus restos mortais, porque desejavam que repousassem, no cemitério de sua localidade.