Um programa composto de quatro grandes desafios

A Igreja sempre esteve engajada nas grandes causas, lá onde o homem sofre e espera, para lhe oferecer sua ajuda. Por esta razão, no início de cada ano, o Papa recebe os embaixadores dos países credenciados junto à Santa Sé para dirigir-lhes uma saudação, ao mesmo tempo que endereça a todos uma mensagem na busca de encontrar soluções face aos grandes desafios da humanidade.
O primeiro desafio, disse João Paulo II, é o desafio da vida. A vida é o primeiro dom que Deus nos deu; é a primeira riqueza da qual o homem pode beneficiar-se. A Igreja que anuncia o Evangelho da Vida espera que ela seja respeitada do início ao fim.
O segundo desafio é o do pão. Os dados sobre a fome no mundo são dramáticos: centenas de milhões de pessoas sofrem de desnutrição, e cada ano milhões de crianças morrem de fome. Foi dado o alarme, mas ainda será necessário maior sensibilização e mobilizar, sobretudo, os países onde o nível de vida é elevado.
Em seguida temos o desafio da paz que condiciona a realização de todos os outros bens. ?Quantas guerras e conflitos armados existem ainda! Eu intervi várias vezes e continuarei a intervir: à vontade de poder, usar a razão; ao enfrentamento pela força da confrontação, recorrer ao diálogo; às armas apontadas, a mão estendida; ao mal, o bem.?
Há, finalmente, o desafio da liberdade que é primeiramente o direito individual que permite cada pessoa de se realizar plenamente, porque a liberdade dá possibilidade de se fixar desafios e escolher os meios para alcançá-lo.