19 de novembro de 2020 CASA GERAL

20 de novembro, Dia Internacional dos Direitos da Criança

Continuamos a nos lembrar deste dia, e continuamos a fazê-lo porque temos razões para isso. Fizemos progressos? Acho que a resposta é sim. Chegamos ao fim deste caminho? A resposta é certamente não. O próprio Papa Francisco, na encíclica Fratelli Tutti 8, reconhece que foram feitos progressos, mas que isto não é suficiente.

Encontramo-nos em uma situação mundial, a pandemia, que sem dúvida leva a um retrocesso na implementação dos Direitos da Criança. A situação de crise sanitária também se traduz, em muitas partes de nosso mundo, em uma situação de crise econômica e social. E neste tipo de crise sabemos muito bem que aqueles que mais sofrem são as pessoas mais vulneráveis, particularmente crianças e adolescentes.

Na sua Encíclica, recentemente publicada, cujo título inspira os Direitos, o Papa menciona em várias ocasiões os direitos humanos em geral, focalizando, às vezes, particularmente os direitos das crianças. No número 29, ele se refere às crianças que sofrem as consequências da pobreza e da fome. Estes direitos decorrem da inegável dignidade humana, à qual não podemos renunciar em nenhuma circunstância.

No número 173 desta Encíclica ele refina seu pensamento, desde os mais altos níveis políticos, defendendo a reforma mesmo da Organização das Nações Unidas, a fim de alcançar “uma real concretização do conceito de família de nações”.

Como maristas de Champagnat, no século XXI, não podemos fugir de nossa responsabilidade de defender os direitos humanos básicos, e muito menos do nosso trabalho em prol dos Direitos da Criança. Há alguns anos, temos trabalhado nesta direção perante as Nações Unidas e perante órgãos governamentais, para defender, proteger e promover o cumprimento dos direitos de todas as crianças.

Queremos continuar crescendo neste sentido e queremos prosseguir dando respostas criativas, em colaboração com outros, comprometendo-nos “firmemente com a promoção e defesa dos direitos da criança”, como nos diz o quinto apelo do XXII Capítulo Geral. O trabalho em favor dos direitos da criança está aumentando nas Províncias e Regiões do Instituto, as colaborações com outras instituições também estão se expandindo e a busca criativa de novas formas de colaboração com outras congregações está ocorrendo tanto em nível local quanto em nível da Administração Geral.

Este tempo de pandemia pode nos ajudar a sermos mais sensíveis às necessidades do nosso mundo. Pode ser uma oportunidade de abrir mais “os nossos corações e ouvir o grito das crianças e dos jovens”. Podemos agradecer a Deus porque, pessoalmente e como Instituição, estamos dando passos decisivos nessa direção, tanto leigos quanto irmãos.

Peçamos a Deus, que é a Trindade, que nos conceda a graça de sermos sempre sensíveis às necessidades das crianças e dos jovens, e que nos dê a força para continuar a dar respostas especialmente àqueles que mais precisam delas.

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Ir. Ángel Diego – Diretor do Secretariado de Solidaridade


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FMSI é uma fundação criada pelo Instituto dos Irmãos Maristas para promover e cuidar dos direitos das crianças. Ela realiza a sua missão por meio de atividades de advocacy e de lobbying e com projetos em países nos quais os Irmãos Maristas estão presentes.

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