Cadernos Maristas 41
Foi publicado recentemente o número 41 de Cadernos Maristas. Abaixo reproduzimos a apresentação feita pelos Irmãos Antonio Ramalho e André Lanfrey, da Comissão Internacional do Patrimônio Marista, que coordena a publicação.
Editorial – Irmãos Antonio Carlos Ramalho &. André Lanfrey
Embora este seja o ano das vocações maristas, este número de Cadernos evocará este tema apenas indiretamente ao tratar da missão marista em vários territórios, províncias e épocas. Na verdade, muitos autores falam exatamente sobre a vocação marista coletiva. O irmão Georges Cellier nos lembra que o território do Ardèche era um lugar de recrutamento massivo, então de envio de irmãos das Províncias de St. Paul e Aubenas para os quatro cantos do mundo. O irmão Gérard Cuinet evoca os grandes momentos da Província de Constantinopla na junção da Europa com o Oriente Médio, da qual os irmãos da Grécia ainda hoje são os herdeiros; e o irmão Michael Green nos remete a dois outros territórios com presença marista desde o século XIX: Austrália e Irlanda. A nova Província Andina, mencionada por Francisco J. Flores Sánchez, e Coréia, fundadas por irmãos do México, nos lembram uma nova fase da missão no século XX, em um mundo muito diferente.
Na vocação marista não há apenas diversidade de províncias e territórios; há também diversidade de atividades. Sem um acordo prévio, vários autores nos falam de atividades extracurriculares que muitas vezes são esquecidas, em particular revistas como Présence Mariste, na France, herdeiro distante do Bulletin da Œuvre de Juvénats (Ir. André Lanfrey) ou Stella Maris, mencionado pelo Ir. Antonio Martínez Estaún, que distribuiu as circulares dos superiores em espanhol. Há toda uma área de nossas atividades que merece ser mais apreciada e explorada. Também merecem maior atenção as obras nos âmbitos da arte, da ciência e da pedagogia, como o herbário preservado em Pamplona, que nos é apresentado pelo irmão Victor Pastor.
De maneira um pouco extraordinária, nesta edição as pesquisas sobre nossas origens e sobre personalidades de grande importância ficam um pouco de fora. Mas acreditamos que eles são tratados a partir de um ângulo relativamente original. Assim, o artigo sobre o reconhecimento legal do Instituto apresenta o fundador como uma personalidade político-religiosa: um ângulo a partir do qual não estamos acostumados a considerá-lo. Quanto à carta do Irmão Francisco ao diretor da escola de Breteuil, perto de Paris (Irmão Antonio Martínez Estaún), composta de alta espiritualidade e realismo, não é uma bela antecipação do que chamamos hoje de liderança profética e servidora?
Uma novidade, para concluir. Desde a edição 40 de Cadernos Maristas (2022), o leitor deve ter percebido que incluímos um recurso tecnológico chamado QR Code (Quick Response Code). Esse recurso permite acesso a conteúdos adicionais: na capa, o QR Code convida para uma rápida enquete sobre o perfil do leitor e qual o caminho percorrido pelos Cadernos Maristas no mundo. Seremos gratos àqueles que se engajarem nessa enquete. Na abertura de cada artigo, o QR Code direciona para um vídeo que apresenta o autor e suas motivações.
Para acessar esse conteúdo interativo no caderno impresso, basta apontar a câmera do seu smartphone para o QR Code e aceitar o direcionamento sugerido. Para a versão digital do caderno, basta clicar no código.
Esperamos que o leitor aprecie a novidade e sinta-se motivado a interagir conosco.
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