Centro São Marcelino Champagnat em Bucareste
“Deixar-nos surpreender significa quebrar as correntes internas que nos prendem”
Marcelino Champagnat, no início do século XIX, deixou-se surpreender pelos acontecimentos da época, deixou-se surpreender pelas crianças e jovens da sua paróquia que se encontravam em dificuldades, deixou-se surpreender por Deus que o convidou a se juntar à obra do Reino. Da mesma forma, há mais de 200 anos, milhares de Irmãos e leigos se deixaram surpreender.
Em Bucareste, capital da Romênia, nós, Maristas, temos uma obra que cuida de crianças e jovens vulneráveis. É uma daquelas obras que hoje se chamam “27/4”.
- Uma dessas obras que querem, e conseguem, responder à necessidade de uma educação integral.
- Uma obra que atende meninos, meninas, adolescentes e jovens que não podem viver, por diferentes motivos, com suas famílias.
- Uma obra social, como existem tantas no Instituto, onde as crianças e os jovens vivem grande parte de sua vida durante os anos de formação.
- Uma obra educativa que incentiva as crianças a se sentirem respeitadas e amadas.
- Uma presença marista que nos fala de “família carismática global”.
Quem ler este artigo poderá dizer que não é “27/4”, mas sim “24/7”. Bem, sim, pode, talvez também pudéssemos falar sobre este último. Sem dúvida, estes números são apenas uma desculpa para trazer aqui e destacar o abrangente trabalho educativo que nossos Irmãos e leigos maristas de Bucareste estão desenvolvendo, para destacar a dedicação dos voluntários que dedicam parte do seu tempo a este trabalho, para colocar em evidência a vida de um grupo de crianças e jovens que querem crescer, desenvolver-se, viverem felizes.
Sim, trata-se de um “jogo de palavras”, ou melhor, de números, que nos lembra e nos mostra, a todos os Maristas de Champagnat, o testemunho encarnado do Evangelho de Jesus no século XXI, por meio dos que trabalham, frequentam e vivem no Centro São Marcelino Champagnat de Bucareste.
Aproveito estas linhas para agradecer a Deus o testemunho de tantos Maristas de Champagnat que, com suas vidas, conseguem tornar realidade o que nos lembrou o segundo chamado do XXII Capítulo Geral: “ser rosto e mãos de sua terna misericórdia”.
Aproveito esta oportunidade para dar graças a Deus por tantos homens e mulheres, por tantas crianças e jovens que souberam fazer das suas vulnerabilidades um caminho para chegar a Deus, para se deixarem interpelar por Ele, para sair ao encontro aqueles que estão necessitados.
“Aceitar as próprias vulnerabilidades torna-se espaço para a ação do Espírito”.
Ir. Ángel Diego García Otaola – Secretariado de Solidariedade