11 de outubro de 2019 VENEZUELA

Escuela Granja Santa Catalina

A escola tem o nome do povoado onde ela se encontra. Santa Catalina tem uma população de 1.130 habitantes, localizada no delta do Orinoco, no Caño Manamo do rio. O único acesso é pelo rio, em canoas. Eles vivem da pesca, da criação de gado e de trabalhos públicos no povoado.

Este centro educativo se encontra no povoado de Santa Catalina, no Estado Delta Amacuro. A Escola Granja é propriedade do Ministério da Educação. Desde setembro de 1989 foi entregue em comodato aos Irmãos Maristas. A partir desse momento, os maristas passaram a consertar as instalações e a adaptar os espaços que estavam muito deteriorados: camas, portas, janelas, mesas, comprar gerador de eletricidade, bombas, tanques de água, utensílios de cozinha e pratos, etc. Esta escola acolhia indígenas Warao (mulheres e homens) em regime de internato. Os Waraos, habitantes do delta, não tinham escolas na maioria de suas pequenas comunidades; portanto, ir ao internato lhes proporcionava estudo, alimentação e educação integral.

Desde 2016, os Irmãos não puderam mais sustentar o internato. Portanto, nestes últimos anos, o internato não funcionou. Continuou, entretanto, a educação integral das meninas e meninos do povoado. Até 2008, a escola proporcionava o ensino primário e os três primeiros anos do ensino secundário. Os estudantes que desejavam continuar o curso tinham que ir para cidades próximas, o que representava um obstáculo econômico e a separação dos pais. Por esse motivo, em 2011, meninos e meninas foram convidados a terminar todo o curso secundário na escola.

Atualmente, quatro Irmãos Maristas, duas Irmãs de Ação Paroquial e um grupo de professores leigos possibilitam uma educação integral e promovem a evangelização na região. No ano acadêmico de 2017-2018, a sexta turma terminou seu curso. Os habitantes valorizam o processo educativo que é desenvolvido.

A realidade atual lança novos questionamentos, desafios e pesquisas. Esperamos, o quanto antes, reabrir o internato para os indígenas que vivem no interior do rio, fornecer alimentação com a ajuda financeira do Ministério da Educação, desenvolver treinamento em agricultura e pecuária, conseguir que a eletricidade chegue à população, como também a água potável. A formação em ecologia integral é outro campo a ser desenvolvido fortemente dentro do Projeto Educativo Integral da Escola. Fomentar a formação de professoras e professores é um desafio prioritário. A assistência médica também é um projeto que, juntamente com a comunidade local, temos que alcançar. Quem fica doente deve ser transferido em canoa por três horas e meia ou mais para a cidade mais próxima.

Tudo isso queremos realizá-lo juntamente com a comunidade local, pois todos somos responsáveis para que as pessoas tenham uma vida digna e trabalhem bem e responsavelmente.

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