15 de janeiro de 2013 FRANçA

Joan Puig-Pey: Meu pessoal do canteiro de obras

A Comissão dos Lugares Maristas, com a aprovação do Conselho Geral, terminada a reestruturação da casa de Notre Dame de l'Hermitage, deu início à reforma da casa de La Valla. Os trabalhos foram confiados à mesma equipe de arquitetos que dirigiu as obras no Hermitage. Aqui apresentamos o testemunho de um deles, Joan Puig-Pey, sobre os trabalhos que se realizam em La Valla, escrito poucos dias antes do natal.

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La Valla en Gier, quinta-feira, 20 de dezembro. Ontem, quando chegava de Barcelona, nevava em l’Hermitage. O frio não era exagerado (-1°). O inverno começa nesta manhã; o termômetro acusa 1°. O boletim meteorológico da França anuncia bom tempo.

La O Natal se aproxima. Hoje ocorreu a última visita do ano.

A leve camada de neve que tudo recobria, na véspera, se derrete rapidamente. Os trabalhos, no entanto, não param. Podemos trabalhar no interior. O fogo é mantido com os restos de velhos barrotes de madeira. É confortador; mas, se toco a ferramenta, queima de tanto frio!

Cada vez que chego ao pequeno canteiro de obras, experimento uma emoção especial. Devido ao lugar em si, pela história que conheço e pelo próprio trabalho. Contudo, hoje, sou mais sensível com os operários, com meus homens.

Meu primeiro bom-dia é dirigido aos jovens que estão tomando seu café da manhã. Há apenas pedreiros porque estamos na fase da estrutura e da consolidação. Ainda não há soldadores e eletricistas (a segunda fase). Quatro pedreiros que trabalham como serventes e aprendem ao lado de Cristóvão, o chefe. Eles têm apenas vinte anos.
Vinte anos !
La Observo-os por alguns instantes, em silêncio. Imagino Marcelino, 200 anos atrás, aqui mesmo, preparando a argamassa e escolhendo pedras entre os operários…, seus jovens!

Sim. E meu olhar se volta a 2 de janeiro de 1817. Quando Marcelino e os dois jovens – Jean-Marie Granjon e Jean-Baptiste Audras – os pioneiros, iniciam seu projeto. E vejo Jean-Claude Audras que vai chegando…
… e Antoine Couturier…
… e Barthélemy Badard
… e Gabriel Rivat…
… e Jean Baptiste Furet…
… e … e …

E alguns sorrisos fazem com que eu retorne a 2012. Senhor arquiteto, quando vai fazer a foto de nosso grupo ?
Eu lhes disse que faria uma foto com eles. Faço questão que o mundo marista os conheça, ao menos o rosto deles. Surpreso e emocionado, um deles me diz: "Nunca um arquiteto me falou como o senhor e, menos ainda, me fotografou."
Esses são os rostos anônimos do canteiro. As pessoas que estão "na cozinha" dos trabalhos. E sabem que dois deles são manos? Como os dois irmãos Audras!

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Jeremy Flavin
o mais jovem, com 19 anos.
Matthieu Flavin
seu irmão.
Dorian Chatelus
     
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Valentin Bracco Abdel Beldjoudi Amar Tedjar

Os dois operários especializados são os de mais idade.

 
Maristes

E o chefe do canteiro de obras, Christophe Bracco

MaristesChristophe é um homem polivalente. Um presente para esta obra. Tem longa experiência na área da restauração do Patrimônio e de Prédios históricos. Ele desenha (aqui, a futura chaminé ou lareira do quarto de Champagnat) tão bem quanto talha a pedra natural; maneja o cinzel de escultor e prepara cornijas (molduras) em concreto.

… ou controla com seu chefe as conexões de aço no assoalho.

MaristesEis aqui o Diretor dos trabalhos, Christophe Lamouroux, da empresa RANC & GENEVOIS, conhecido dos Irmãos da região de Saint Genis Laval.

Como em todo álbum de família, não faltam as fotografias de grupo!
Todos eles estão ali, menos o chefe, Christophe Bracco, que, justamente hoje, está num curso de formação.
Com eles, os Irmãos Michel Morel e Heribert Pujolàs, representando a Instituição marista.
E os arquitetos: Stéphane Roulleau, Yves Poncet e Joan Puig-Pey.

Maristes

Na sala de reuniões do canteiro, uma visita inesperada: o Sr. Prefeito de La Valla en Gier, rodeado pelos Irmãos Guy Palandre, Michel Morel, Xavi Giné e Heribert Pujolàs. E o arquiteto Sr. Joan Puig-Pey.
O senhor prefeito, Jean-Claude Flachat, fez-nos uma visita de surpresa, nesse dia, para desejar-nos boas-festas.

Maristes

Antes de partir, subo ao segundo piso. Há três dias, fundimos a laje. Agora é preciso reparar o telhado. Logo mais, vamos ajeitar aqui dois pequenos quartos para acolher pessoas desejosas de viver a experiência de passar um dia, uma noite, na solidão, nesse lugar privilegiado.

Maristes

Aproximo-me lentamente da janela aberta. Imagino Champagnat, em 1823, olhando o vale e sentindo nascer em si a força para dar o segundo grande passo de seu jovem Instituto:

A construção de l'Hermitage!
Maristes

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M. Joan Puig-Pey, arquiteto

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