17 de novembro de 2008 GUATEMALA

Jovens do Arco Norte se reúnem em Guatemala

O encontro de jovens do Arco Norte com o Ir. Seán Sammon, SG e seu Conselho, convocado para os dias 8 a 13 de novembro de 2008, iniciou na RUM (Residência Universitária Marista). Este é o nome dado ao antigo juvenato e Escolasticado da América Central. Essa propriedade, situada no centro da Guatemala, é hoje a Residência provincial, onde se anima a pastoral e toda a solidariedade provincial; é casa de convivência e residência dos Irmãos idosos. O encontro com os jovens do Arco Norte é a última reunião do gênero que o Conselho geral realiza, em seu mandato. Foi feito logo após o Conselho geral ampliado do Arco Norte, em Guadalajara.

Concluída a visita dos Conselheiros gerais à Região do Arco Norte – formada pelas Províncias do Canadá, Estados Unidos da América, México Central e Ocidental, América Central e Norandina ? o Ir. Superior geral e seu Conselho escutaram os jovens para refletir e partilhar sobre a realidade juvenil dessa região do mundo marista e seu compromisso cristão frente aos desafios que encontram em seus países. O encontro foi coordenado e animado pelo Secretariado das vocações do Conselho geral, com a colaboração dos delegados para as vocações de cada Província.

O grupo era formado por setenta pessoas, entre as quais uns vinte Irmãos maristas animadores dos grupos juvenis ou da pastoral. As mulheres constituem uma terça parte do grupo. Entre elas, a Irmã Verônica, marista de Champagnat, salvadorenha. A representação mais numerosa provém da América Central, com 18 participantes. A idade dos jovens oscila entre 20 e 30 anos. As línguas de comunicação foram o espanhol, o francês e o inglês, sendo os próprios jovens a prestar o serviço de tradução com o apoio de alguns irmãos.

No dia 8, os participantes chegaram à Casa marista de Guatemala, anexa à Casa provincial, procedentes de seus países. O Ir. Nicéforo Garrán, da Província da América Central, ajudado por uma equipe de irmãos, organizou a acolhida. No dia 9, foram visitadas algumas obras maristas da Província. Mediante ônibus os jovens foram a Chichicastenango, obra marista reservada a indígenas. Aí puderam partilhar com os alunos e alunas dessa obra educativa. Foi excelente oportunidade para se conhecerem e integrarem no grupo.

Apesar da diversidade de línguas, culturas e países, não houve maior dificuldade para que, desde o primeiro momento, se criasse um ambiente cordial, alegre e simples. O carisma marista permeia a vivência e anima a vida do grupo, ajudando a superar as dificuldades de língua e de cultura. A boa acolhida dos Irmãos e leigos da América Central facilitou o espírito familiar.

O Ir. Luis García Sobrado, Vigário geral, presidiu a abertura do encontro. Iniciou, agradecendo aos jovens a aceitação do convite para esse encontro. ?Nossas tarefas como membros do Conselho geral não nos permitem um contato direto e habitual com os jovens, disse o Ir. Luís; por isso, vocês constituem para o Conselho geral uma oportunidade privilegiada de escuta dos jovens desta Região marista?. E continuou: ?Estamos aqui para realizar uma bonita e profunda experiência de fraternidade e de aproximação. Gostaríamos de um contato com vocês para conhecer a realidade em que vivem, nesse mundo sempre mais internacional, e aprofundar em nós o chamado de Deus. Vocês foram escolhidos para vir até aqui. Certamente não são os melhores, por isso; mas foram enviados para ajudar os membros do Conselho geral a partilharem sua vivência, na missão que realizamos em comum?. Este evento se inscreve na proposta do Conselho geral de fomentar a internacionalidade e a multiculturalidade do Instituto, entre os jovens.

Em seguida, cada um dos Conselheiros expôs algumas lembranças e idéias de outros encontros, realizados pelo Conselho geral com jovens de diversas partes do mundo. O primeiro foi realizado em Sigüenza (Espanha), em 2005. Depois, em Nairóbi (2006) para a região da África. Em 2007, ocorreu na Filipinas, para a região da Ásia. Os jovens da região do Pacífico se reuniram em Sidney (Austrália), na semana anterior ao Encontro mundial dos jovens com o Papa. Recentemente, houve outro, em outubro último, com os jovens do Brasil e do Cone Sul, em Luján (Argentina). O presente encontro com os jovens do Arco Norte encerra esse tipo de atividades programadas para o atual mandado do Conselho geral.

Concluído esse relatório de cada Conselheiro, os participantes se apresentaram por grupos de Província. Os representantes da Província do Canadá destacaram as atividades dos acampamentos de verão e o trabalho com pessoas de rua. O grupo dos Estados Unidos da América relatou, em sua apresentação, a desestruturação da família, o encarecimento dos estudos e o crescente interesse dos jovens pela espiritualidade, enquanto cresce o desinteresse ou a recusa das religiões. O grupo do México Ocidental destacou a diversidade de procedência dos seus integrantes, seu trabalho na área da solidariedade e da promoção juvenil, através de vários movimentos da pastoral e das missões. O México Central sublinhou a problemática complexa em que vivem os jovens mexicanos e algumas respostas que os maristas estão trazendo, mediante a pastoral juvenil. Os jovens da América Central destacaram a multiculturalidade e a diversidade existente nos países que formam a Província, bem como a incidência que teve a guerra e a violência na vida da juventude. O grupo da Província Norandina aludiu aos problemas que vivem os jovens, tais como a pobreza, a desintegração familiar, a marginalização e a violência; e lembrou a necessidade de manter a presença dos Irmãos entre os jovens, como resposta válida para essas problemáticas.

O Ir. Hipólito, Provincial da América Central, regressando do México, onde participara do Conselho ampliado, proferiu palavras de acolhida e saudação, em nome de todos os Irmãos da Província da América Central.

O trabalho da tarde promoveu a partilha em grupos, com um Conselheiro em cada um deles, atendo-se aos sentimentos que a realidade juvenil de suas Províncias lhes provoca. Cada um teve a oportunidade de relatar as experiências Montagne que já viveu e os desafios que elas despertam.

O dia foi encerrado na capela, com uma oração diante de um grande mapa da América, elaborado com elementos da natureza. Houve um desfile de rostos que recordavam a realidade dolorosa que nos rodeia e que desperta interrrogações e apelos a nossas vidas. Grandes letreiros ajudaram a expressar as intenções da oração. Como ato final, foi rezada a Salve Rainha.

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