Carta a Marcelino

Pe. Jean-Claude Colin

1836-03-01

O Pe. Colin mostra-se exigente com os Irmãos colocados a serviço dos padres: recusa quem não lhe agrada ou pede a sua transferência, como é o caso do Ir. Paulin, citado nesta carta. Essas questões causavam dissabor ao Pe. Champagnat, que não concordava em colocar os seus Irmãos Maristas a serviço dos padres, para os trabalhos caseiros, como queria o Pe. Colin e como o fazia com os seus ?Irmãos Coadjutores?, instituídos para tal finalidade; mas como os Irmãos Coadjutores não eram suficientes, ele exigia que fossem complementados pelos Irmãos Maristas. Com isso apareciam categorias entre os Irmãos e havia confusão quanto à finalidade específica e até mesmo sobre a veste religiosa. São temas já comentados nas Cartas nº 32 e nº 33.O tabelião Bertholey, do qual se faz alusão, era filho do prefeito de Mornant o sr. Antoine Bertholey. Temos uma carta do Pe. Champagnat endereçada a ele (Lettres, doc. 230).

Lião, 1° de março de 1836

Meu mui querido confrade:

Não temos necessidade, por ora, do Irmão Paulin. Admirei-me de que voltasse desta maneira. Ademais, creio que nunca possa convir às casas dos padres.

O arcebispo deseja que o Pe. Besson possa confessar, no período da Páscoa, em Izieux, porque o sr. pároco está enfermo. Poderia ir três dias por semana, se possível.

Não sei se ficastes com um papel, corrigido na margem, do último contrato da Sociedade. Não o encontramos aqui. Tende a fineza de no-lo enviar. Fiquei muito contristado por haverdes depositado o vosso documento de Sociedade no tabelionato de Saint Chamond. Era ato de confiança, que não podíeis depositar, porquanto é seu proprietário o sr. Bertholey.

Todo vosso, COLIN.

Edição: S. Marcelino Champagnat: Cartas recebidas. Ivo Strobino e Virgílio Balestro (org.) Ed. Champagnat, 2002

fonte: AFM 122.28

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