Carta de Marcelino – 273

Marcellin Champagnat

1839-09-19

As autoridades de Saint-Pol não simpatizam com o trabalho dos Irmãos. O Padre Champagnat, informado pelo Irmão Jean Baptiste, comunica esta falha ao Decano Padre François Robitaille (CF. Carta precedente).
Em muitas ocasiões é ao senhor Delbecque que se tem dirigido, e agora vai fazer intervir também o senhor Libersat, funcionário do Ministério da Instrução Pública.
Afinal, todo este pessoal sabe que a escola de Saint-Pol foi aberta a pedido do próprio Ministério. Por que, então, esta implicância das autoridades locais contra a escola?

Prezado Senhor,
Permita que venha uma vez mais pedir-lhe que me diga o que poderá ter conseguido a respeito da nossa autorização. O que é que lhe disse o senhor Delbecque? Que providências me resta tomar?
O senhor Salvandy tinha dito ao senhor bispo de Belley que se nós tomássemos os estatutos de uma Sociedade já autorizada, a nossa seria aprovada. Se assim for, não haverá de nossa parte dificuldade nenhuma quanto a isto; o de que fazemos questão mesmo é de formar bons cristãos e bons cidadãos entre os habitantes das zonas rurais.
Estamos tendo conhecimento de que em Saint-Pol o vice-prefeito departamental e o prefeito Municipal são contra os nossos Irmãos. Estou aborrecido por causa disto e sobremaneira surpreso, dado que abrimos este estabelecimento sob os auspícios do senhor Delbecque e com a aprovação desses senhores.
Não quero absolutamente suscitar entraves a nenhuma administração. Preferiria retirar nossos Irmãos, pois nem os temos em número suficiente para suprir as escolas de nossas regiões.
Queira aceitar etc.
Champagnat

Edição: Marcelino Champagnat. Cartas - SIMAR, São Paulo, 1997

fonte: Daprès la minute, AFM, RCLA 1, p. 134, nº 167, éditée dans AAA pp. 283-284

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