Carta de Marcelino – 322

Marcellin Champagnat

1840-02-14

Grande amigo do Padre Champagnat, o Padre Beurrier foi aquele que recebeu os Irmãos quando foram tomar conta do castelo de Vauban. Foi ele que, a mando do bispo Dom Bénigne, de Autun, vistoriou todas as dependências e dispôs tudo em ordem, antes da ocupação do castelo pelos Irmãos. Depois, tornou-se, por algum tempo, o capelão do noviciado, (cf. Carta no 278), cargo que a seguir foi preenchido com muito zelo e dedicação pelo Padre Ducharne.

Senhor Padre,
As camas que tínhamos combinado encomendar estão prontas. Mandei que as transportassem até Lião, no dia 17 de fevereiro, depositando-as na loja do senhor Bailly, sucessor do senhor Comte, Cour des Archers. Deixo a seu critério a maneira de mandá-las pegar naquele endereço, quando julgar oportuno, ou de entender-se com o bom pároco de Chaufailles que teve a gentileza de se oferecer para mandá-las chegar até a casa dele.
Senhor Padre, continuo a lhe recomendar de maneira particular o estabelecimento de Vauban. Sabendo do zelo, da prudência e todo o interesse que dedica a esta obra, conto com o senhor para a direção, seja do espiritual seja do material e lhe peço o favor de comunicar minhas diretivas aos Irmãos.
Estou plenamente convencido que o senhor fará tudo o que estiver a seu alcance para garantir o bom andamento da escola e favorecer o seu desenvolvimento. Por isso, mal posso testemunhar-lhe o quanto a Sociedade de Maria lhe é grata pelas muitas benemerências que o senhor tem para com ela. Quanto a mim, o que particularmente observo com a maior alegria é que quando o senhor Bispo louvou perante mim o seu zelo, a abnegação e habilidade em dirigir uma casa, nada mais fazia do que antecipar os sentimentos de estima e de gratidão de que tive confirmação pela minha própria experiência.
Senhor Padre, espero que o senhor encontre os meios de interessar nesta obra também os excelentes párocos da diocese de Autun e, por meio deles, aumentar o número de candidatos que estudam em Vauban. Esteja certo, senhor Padre, que de nossa parte faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para corresponder a seus esforços generosos, de modo a dar-lhe provas efetivas da sincera e respeitosa dedicação com que tenho a honra de ser…
Champagnat

Edição: Marcelino Champagnat. Cartas - SIMAR, São Paulo, 1997

fonte: Daprès la minute, AFM, RCLA 1, p. 174, nº 217

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